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Não dá para dizer que eu não avisei… No post de sexta-feira aqui no Voando Baixo, alertei para a irresponsabilidade que era marcar uma corrida na Malásia para as 17h locais, horário em que normalmente caem fortes tempestades e a luz natural diminui. Sem margem de erro para esperar a chuva passar, a direção de prova foi forçada a encerrar a corrida pouco depois da metade. Uma vergonha para a Fórmula 1.

Pela quinta vez na história da F-1 (clique aqui e saiba quais foram as outras vezes), uma prova terminou sem a contagem plena de pontos. Agora, o que vocês acham que vai acontecer em 2010? Bernie Ecclestone voltará com a largada para o horário convencional ou forçará a instalação de um sistema de iluminação na pista? Conhecendo o Harry Potter geriátrico, aposto na segunda, mais cara e atrativa para as TVs europeias.

Sobre a corrida, mais uma prova sensacional proporcionada pelo novo regulamento técnico da Fórmula 1. Apesar da interrupção, Jenson Button mereceu a vitória. O inglês sobrou no GP da Malásia e sempre teve uma boa vantagem para o segundo colocado, o alemão Nick Heidfeld. Mas, para mim, Timo Glock, seu compatriota, foi o maior destaque da prova. Para quem achava que ele não tinha habilidade na pista molhada, ele voou neste domingo. Com as apostas corretas, o piloto jantou os rivais na pista e fez várias ultrapassagens. Uma boa resposta para quem achava que ele entregou a posição no GP do Brasil para Lewis Hamilton.

Os brasileiros não tiveram um bom fim de semana na Malásia. O melhor deles foi, de novo, Rubens Barrichello, que vinha em um bom ritmo na prova, mas foi atrapalhado pela loteria dos pit stops no momento da tempestade. Não fosse isso, poderia ter feito mais uma dobradinha com Button. Mas é fato que a Brawn GP precisa melhorar muito os pit stops. Foram, de longe, os piores entre as equipes na Austrália e na Malásia.

Felipe Massa e a Ferrari acertaram na tática, mas foram atrapalhados pelo encerramento da prova. Ele estava em nono e, em caso de um reinício, poderia se assanhar a tentar uma vaga na zona de pontuação. Nada que atenuasse, no entanto, o pior início de temporada da equipe italiana desde 1992. Nelsinho Piquet, da Renault, fez uma corrida discretíssima. Alguém o viu pela pista? Ele foi superado em duas posições por Fernando Alonso, que correu com uma infecção no ouvido e rodou três vezes. Precisa comentar?

Clique aqui e assista à íntegra do GP da Malásia no GLOBOESPORTE.COM!

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