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No dia 17 de janeiro, penúltimo dia de pré-temporada em Pinheiral (RJ), jogadores e comissão técnica do Vasco receberam a visita de René Simões, diretor executivo do futebol, e Cristiano Koehler, diretor geral do Vasco. Eles viajaram com a missão de transmitir ao grupo a notícia da liberação da verba de patrocínio da Eletrobras, o que significava o pagamento de parte dos salários atrasados. Mas apesar do assunto sério, a reunião no CT João Havelange começou com um episódio no mínimo inusitado. A reunião havia acabado de começar quando alguns dos três celulares de René Simões começaram a tocar insistentemente. O diretor executivo interrompeu seu discurso e disse algo como:

- Desculpem. Isso é realmente inaceitável. No meu tempo, quem fazia isso pagava dez.

Surpreendentemente, ele se abaixou e começou a fazer flexões na frente de todos presentes à reunião. A maioria não se conteve e caiu na gargalhada. Cristiano Koehler olhou tudo com um certo constrangimento.

- Acho que o René roubou. Eu o vi pagando só seis – brincou uma das pessoas que presenciaram a cena.

(Thiago Fernandes) 

O Palmeiras negocia com o Vasco a inclusão de um ou dois jogadores na transferência do goleiro Fernando Prass. A lista de atletas negociáveis tem Luan, Vitor, Deola, Juninho e Maikon Leite. Aos 34 anos, Prass decidiu se desligar do clube cruz-maltino por causa dos constantes atrasos salariais e o Vasco facilitou a rescisão porque receberá um atleta em troca.

O goleiro entrou na Justiça para se resguardar caso não houvesse acordo amigável para sua saída, mas pretende receber apenas os vencimentos que lhe devem e o FGTS. Com o acordo, deve retirar o processo.

(André Casado e Raphael Marinho)

Tadeu Correia da Silva, novo vice-presidente Infanto-Juvenil do Vasco, é credor do clube na Justiça há quase dez anos. Não recebeu salários por oito meses quando foi diretor de núcleos e, após criticar a administração de Eurico Miranda, foi expulso do quadro de sócios pelo ex-mandatário. Por isso, além de se aliar ao MUV (corrente política que colocou Roberto Dinamite no poder) moveu dois processos. Um na área cível, para ser reintegrado e poder voltar a ser conselheiro, que lhe rendeu, por danos morais, cerca de R$ 40 mil. O dirigente afirma ter doado ao Vasco esta quantia. E outro, trabalhista, pela dívida, que ainda corre nos tribunais. Ele recebeu pouco mais de R$ 129 mil, em dezembro de 2011, de acordo com os autos.

Porém, mesmo assim ainda aparece na lista de credores e com a menção de penhora de patrimônio do Vasco, que não se mexeu mais após o pagamento. A razão pela qual a ação está ativa no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), no entanto, teria a ver com as correções de juros e moras que ainda demorarão a ser quitadas, explica seu advogado, Dr. Itamar Ribeiro. Sobre este montante – quando sair a sentença -, o plano é também repassar aos cofres cruz-maltinos, assegura o vice-presidente.

- Tenho orgulho de ter recuperado meu direito de ser sócio. Lutei contra ele (Eurico). É meu atestado de idoneidade – disse Tadeu.

(Gustavo Rotstein)

Nomeado diretor-executivo do Vasco por Roberto Dinamite, Franck Assunção deixou São Januário sem nunca ter assumido o cargo de forma efetiva. Mas mesmo assim, continua a aparecer usando o nome do clube. Da Europa, entrou em contato com o GLOBOESPORTE.COM para dizer que fechou um contrato de patrocínio para o Vasco. Segundo ele, trata-se da AFX Capital, instituto financeiro com sede no Chipre e com escritórios em Londres, Milão e Dubai.

Segundo Assunção, a AFX seria o patrocinador master do Vasco, que receberia € 100 milhões (cerca de R$ 250 milhões) por cinco anos.

Recentemente, o presidente Roberto Dinamite e outros dirigentes do Vasco estiveram na Europa para um encontro com Franck Assunção, que faria a ponte para um possível patrocínio. No entanto, as conversas não evoluíram e, segundo a diretoria, ele não está autorizado a negociar e nem a falar em nome do Vasco.

Por e-mail, Franck Assunção enviou até mesmo fotos suas com o logotipo da AFX. No Facebook, o vice de marketing do Vasco, Eduardo Machado, classificou a notícia como bravata:

-  A priori, é mais uma das bravatas dessa pessoa. Caso apresente algo formal, não hesitaremos em analisá-la com profissionalismo, mas até agora é só mais uma bravata. Quisera eu que fosse verdade.

Filho do técnico Ricardo Gomes, o advogado Diego Gomes seguiu a carreira do pai na área esportiva. Porém, ele atuará fora dos estádios. Diego foi empossado na última quinta-feira como procurador do Supertior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Ele atuará na 4ª Comissão Disciplinar e oferecerá denúncias disciplinares ocorridas em partidas de competições organizadas pela CBF.

- Sinto-me feliz e honrado pela indicação do Dr. Paulo Schmitt para atuar junto à este respeitado Tribunal, aonde pretendo contribuir para aplicação das regras e princípios contidos no Código Brasileiro de Justiça Desportiva, através de uma conduta técnica, imparcial e ética. Tenho a convicção de que se trata de uma importante etapa na minha atuação dedicada ao Direito Desportivo – disse Diego.

Atualmente, o filho de Ricardo Gomes é responsável pela área de Direito Desportivo do escritório Salomão, Kaiuca & Abrahão Sociedade de Advogados. Ricardo se recupera de um AVC sofrido há 11 meses e ainda não retornou ao trabalho como treinador do Vasco.

(Gustavo Rotstein)

Seja na Itália, na Inglaterra ou na França, as manchetes dos sites esportivos europeus colocam o Vasco como provável destino do meia francês Malouda, do Chelsea. Porém, em São Januário, a negociação é ignorada.

- É um jogador de qualidade indiscutível. Mas não houve sequer uma sondagem. Aliás, nem teríamos como dar esse passo sozinhos, precisaria haver um projeto. Não dá para sonhar com isso. Seria irresponsável da minha parte – disse o diretor de futebol cruz-maltino, Daniel Freitas.

Renato Silva e Dedé foram vítimas de ofensas racistas após empate do Vasco por 1 a 1 com o Libertad, do Paraguai. O incidente irritou muito dirigentes e conselheiros do Vasco que foram até Assunção e presenciaram tudo de perto na saída do Estádio Nicolás Leoz.  Segundo eles, torcedores do Libertad xingaram os zagueiros vascaínos de macacos quando os jogadores deixavam o vestiário e seguiam para o ônibus após a partida.

Os dirigentes vascaínos chegaram a procurar policiais na hora e mostrar os torcedores que estavam insultando os jogadores. Eles questionavam que isso, no Brasil, era crime. Mas os policiais que trabalhavam no estádio responderam dizendo que as leis paraguaias eram diferentes e, embora concordassem que a situação merecia uma punição, não poderiam fazer nada.

O Vasco já prepara o lançamento do seu novo terceiro uniforme, que vai ter predomínio azul. O evento será realizado em São Januário, dias antes da equipe estrear na Libertadores, no dia 8, contra o Nacional-URU. Apesar disso, está descartada a hipótese de o clube utilizá-lo na primeira partida da competição internacional. A “Penalty”, fornecedora do material, desenvolveu uma ação de marketing para aumentar a visibilidade do evento. Os uniformes 1 e 2 serão lançados, assim como na temporada passada, no meio do ano.

(Thiago Fernandes)

Mauro Galvão

O presidente Roberto Dinamite convidou o ex-zagueiro Mauro Galvão para assumir as divisões de base do Vasco. O ídolo cruz-maltino vai escutar a proposta para decidir se aceita ou não.

Após encerrar a carreira, Mauro Galvão chegou a ser técnico do Vasco em 2003. Ainda passou por Botafogo e Náutico antes de se tornar diretor de futebol no Grêmio, quando substituiu Rodrigo Caetano. Desenvolveu a função também no Vitória e no Avaí, no ano passado.

(com Rafael Cavalieri)

O Vasco pode começar o ano de 2012 com problemas com a Eletrobrás, principal patrocinador do clube. A diretoria vem encontrando dificuldades para renovar as certidões negativas de débito e deve parar de receber a verba de R$ 14 milhões. Nesta temporada, o clube precisou de liminares judiciais – com a ajuda do sindicato dos funcionários dos clubes do Rio e do sindicato dos atletas profissionais - para conseguir ter parte da receita. A manobra, inclusive, está sendo analisada pelo Tribunal de Contas da União. Por muitos anos o Flamengo encontrou problemas parecidos com a Petrobras e precisou romper o contrato já que não conseguia regularizar as dívidas tributárias com o Governo.