Perfil do torcedor brasileiro pela internet – Parte I

sex, 21/05/10
por Emerson Gonçalves |

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Há poucos dias o GloboEsporte.com publicou uma matéria bastante interessante, relatando os principais resultados da pesquisa do instituto Qualibest sobre torcidas de futebol (clique aqui e leia ou releia a matéria).

O Qualibest opera de forma diferente dos institutos de pesquisa tradicionais, realizando seus trabalhos pela internet a partir de questionários de auto-preenchimento – o próprio entrevistado responde às questões – e sendo acessados aleatoriamente dentro da base de dados do instituto. Os membros da base de dados têm seus dados conferidos (nomes e CPF são conferidos junto à Receita) e há controles sobre as respostas, através de conferências telefônicas e cruzamento de dados para verificar a existência de um padrão que revele fraude. Além disso, qualquer um que apresente um padrão de respostas que não seja sério, ou seja, faça “gracinhas” com a pesquisa, é imediatamente descadastrado.

Essa é uma modalidade de pesquisa que cresce rapidamente em todo o mundo, acompanhando a expansão da internet. Guardadas as diferenças e proporções, é um processo semelhante ao que ocorreu com a realização de pesquisas por telefone.

Naturalmente, esse filtro deixa de fora algumas camadas populacionais, mas ao mesmo tempo concentra seus estudos sobre a parcela da população que tem maior poder de consumo individual. Embora novidade para muitos, é grande o número de empresas e agências de propaganda que encomendam trabalhos de pesquisa por essa modalidade, o que, sem dúvida, comprova sua eficiência.

A base da pesquisa e as maiores torcidas

Como toda pesquisa, também essa tem suas amostras formadas em conformidade com os dados do IBGE, através da PNAD – Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar e as, cotas por sexo, idade, classe econômica (combinando com dados da ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa) e região de moradia são representativas da população internauta do Brasil. Essa parcela representa hoje 35% da população brasileira com mais de dez anos de idade, ou seja, cerca de 56 milhões de pessoas. Há uma maior concentração no Sudeste, em virtude dessa região concentrar o maior número de internautas – aqui consideradas as pessoas que acessam a internet com regularidade.  Evidentemente, essa concentração numa só região beneficia suas equipes.

O trabalho de campo foi realizado entre 11 e 16 de janeiro desse ano, e a amostra foi formada por 1.627 pessoas, com mais de 18 anos de idade, integrantes das classes sócio-econômicas A, B e C.

Como toda pesquisa, também essa tem uma margem de erro, que no caso é de 2,4 pontos percentuais e 95% de intervalo de confiança – se a pesquisa fosse realizada mais cem vezes, em 95 teria os resultados dentro desta margem de erro.

O trabalho feito pelo instituto nesse caso das torcidas é muito interessante, mas dado o volume de informações não há como colocar tudo num post. Selecionei algumas que julguei mais interessantes. Todos os dados levantados foram apresentados pelo total de respondentes e também por divisão entre homens e mulheres. Essa divisão mostra que a presença e importância do público feminino no mundo do futebol vem crescendo de forma acentuada.

Um ponto importante: o instituto detalhou as respostas somente para as cinco maiores torcidas: Corinthians, Flamengo, São Paulo, Palmeiras e Grêmio. Com 4% da preferência, Cruzeiro e Vasco empatam com o Grêmio, que ficou à frente por critérios de desempate. A tabela a seguir é a mesma da matéria do GloboEsporte.com:

Captura de tela inteira 21052010 101504

A próxima tabela mostra a distribuição das cinco maiores torcidas pelas diferentes regiões brasileiras.

Captura de tela inteira 21052010 020006

Como já foi apontado na matéria do GloboEsporte, fica nítido o perfil nacional da torcida do Flamengo, que mesmo no universo internauta tem 50% de seus membros na região Sudeste e o restante 50% nas demais regiões, com peso maior no Nordeste. No outro oposto, entre os times com perfil detalhado, temos a torcida do Grêmio, concentrada na Região Sul, com 91% do total de torcedores. São Paulo e Palmeiras têm maior distribuição nacional que o Corinthians, mais concentrado no Sudeste.

As influências – porque se torce por um time e não por outro

Essa é uma área interessante e que vem passando por transformações. Por experiência própria, sujeita a chuvas e trovoadas, portanto, acredito que a família era a maior influenciadora na determinação do clube do coração das crianças. Em algum momento, porém, a partir dos anos 70, essa verdade começou a tornar-se mais e mais relativa, acompanhando um certo esgarçamento nas relações familiares, a mudança no perfil da família, a maior e cada vez mais presente influência da televisão e, mais recentemente, da mídia de maneira geral, notadamente a internet.

Captura de tela inteira 21052010 020144

Não há grandes diferenças entre homens e mulheres em todos os quesitos, exceto dois: por influência de um jogador – que atinge os homens com o dobro de intensidade em relação às mulheres – e a influência do parceiro ou parceira, seja na fase de namoro, seja pelo casamento: apenas 1% dos homens declararam deixar-se influenciar pela paixão da parceira, contra nada menos que 13% das mulheres que foram influenciadas pela paixão do marido ou namorado.

A próxima tabela detalha esses fatores entre os cinco clubes:

Captura de tela inteira 21052010 020203

Nessa tabela, o ponto mais interessante, sem dúvida, está ligado à torcida do São Paulo. Como foi mostrado pela última pesquisa Datafolha, essa é a torcida de maior crescimento nos últimos anos, graças à forte base de jovens. Essa tabela da pesquisa Qualibest atesta esse ponto: enquanto as outras quatro grandes torcidas apontaram a influência dos pais com percentuais de 40% a 44%, no caso da torcida são-paulina esse fator despenca para 24% – quase a metade. Em contrapartida, o fator “assistir aos jogos do time”, que varia de 10% a 18% para corintianos, gremistas e palmeirenses, influenciou nada menos que 25% dos são-paulinos, com destaque, também, para os rubronegros cariocas, que apontaram esse fator com 24%.

As duas tabelas têm seu fator de multiplicidade apontado, ou seja, como são considerados mais de um fator, o resultado ultrapassa 100%.

Esse post termina por aqui. Entre hoje e amanhã continuarei a abordagem dessa pesquisa, toda ela muito interessante. Os próximos pontos serão a frequência com que esses torcedores vão aos estádios34% deles nunca foram – e as razões porque não vão. Ainda dentro desse ponto, como os torcedores vão aos jogos – apenas 25% utilizam transporte público coletivo. Outros pontos atraentes e importantes para o marketing dos clubes: o que os torcedores compram e quanto gastam. Já foi adiantado que o corintiano é o maior gastador entre os homens – R$ 106,05 – e pelas torcedoras são as palmeirenses as campeãs: R$ 95,60. Na compra de produtos a constatação do que vemos no dia-a-dia: as camisas são as preferidas. Mas a informação realmente importante é o percentual desses torcedores que não compram produtos dos clubes: 28% – quase a terça parte do total.

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31 Comentários para “Perfil do torcedor brasileiro pela internet – Parte I”

Páginas: [2] 1 »

  1. 31
    Gargamel:

    Show de bola essa pesquisa. Acredito que seja por aí a real, e inclusive o que mede o número de torcedores dos clubes. Aqui em Porto Alegre, a imprensa sempre coloca o Inter como parelho com o Grêmio em torcida, mas se sabe há mais de 15 anos o tricolor tem a maior torcida do SUL do Brasil. Mas mesmo assim, na mídia da internet, o que vinculam é a pesquisa DATAFOLHA que coloca o colorado ao lado do tricolor em porcentagem. E é esse que eles publicam. O Top Of Mind que é daqui, coloca uma diferença de quase 20% a mais para o Grêmio. Mas não é vinculado pela imprensa vermelha, claro. Isso faz o Grêmio perder em patrocinadores medrosos, com medo de seus produtos serem regeitados pelos vermelhos. E o que é pior, essa mesma imprensa que coloca o Grêmio como clube racista, sabendo que o pior tipo de racismo existiu no Internacional. Mas claro, a imprensa vermelha não vincula.

  2. 30
    Sponchi - Floripa:

    EG, teu post virou noticia no Site do GRÊMIO.

    https://www.gremio.net/news/view.aspx?id=10769&language=0

    Alias, no meu Blog fiz referência aos teus posts: https://querosersociodogremio.blogspot.com/2010/05/maior-e-melhor-torcida-do-sul-do-brasil.html

    Quando é que vc fará uma matéria sobre o Exército Gremista? Já vi em alguns comentários que vc esta citando o programa como o único que tende a dar bons frutos, se vc o conhecesse mais a fundo veria o porque ele está no caminho certo (estrutura, estratégia e parcerias).

    Abs

  3. 29
    LAERTE FERRAZ DA SILVA:

    Mais uma prova de que Flamengo e Corinthians possuem as maiores torcidas do Brasil não devido a sua competência, títulos ou história, mas sim devido ao enorme espaço dedicado nos programas esportivos diariamente a esses dois clubes do eixo, e ao exaustivo esforço da mídia nacional em expôr suas marcas de uma forma positiva, mesmo havendo tantos escandalos e podridão durante toda a história destes clubes!! Uma verdadeira lavagem cerebral!! Coitados dos semi-analfabetos e analfabetos funcionais do norte, nordeste e centro-oeste sem um grande clube para torcer e sem condições de enxergarem a manipulação escancarada da mídia se tornam presas fáceis!! Mais um motivo por que aqui no sul preferimos cantar o hino Riograndense ao invés do Nacional, nos identificamos muito mais com a seleção argentina do que a seleção brasileira, não queremos pactuar com as mentiras, e com toda a desgraça promovida e produzida pela mídia do eixo!!!

  4. 28
    Daniel:

    Muito interessante a pesquisa Emérson, inclusive coloquei uma enquete no meu blog para testar a mesma coisa e como sou de São Paulo e meu blog foi primeiro distribuido entre amigos próximos a coisa está assim:
    São Paulo
    28%
    Santos
    16%
    Corinthians
    16%
    Palmeiras
    3,9%
    Flamengo
    3,9%
    Atlético MG
    2,6%
    Vasco
    1,3%
    Botafogo
    1,3%
    Cruzeiro
    1,3%
    Grêmio
    1,3%
    Outro (ver abaixo)
    Ceará
    1,3 %

    A amostragem ainda é pequena mas ele crescerá

    Continue com o blog bastante interessante

  5. 27
    COCIFLAM:

    Emerson, um dado curioso.
    Cadê a Portuguesa de Desportos que na Datafolha tem mais torcida que Náutico, Santa Cruz, coritiba etc…
    Cad~e a torcida da Portuguesa de Desportos ?

    Se a Lusa não aparece aqui isso se deve à amostra e, muito mais que isso, ao próprio universo pesquisado, que é bem diferente do que é pesquisado pelo Datafolha.
    EG

  6. 26
    COCIFLAM:

    Emerson, essa pesquisa é tão furada que faltou até comentaristas.
    Pesquisa por telefone é invenção do César Maia e seus institutos GPP e Retrato Falado
    Nestes institutos César Maia e seus candidatos ganham tudo, quando chega a eleiçao a derrota é acachapante.
    Após ler uma matéria semana passada na VEJa sobre pesquisas tomei uma decisão.
    Pesquisas agora somente do IBOPE.
    Este instituto tem um nome a zelar.

    Todo instituto zela por seu nome, isso não é privilégio de um ou dois.
    Da mesma forma, todos são atacados a cada pesquisa divulgada, qualquer que seja ela.
    Essa pesquisa, conforme está explicado, não é feita por telefone e sim por e-mail. O telefone é usado na conferência.
    As pesquisas telefônicas foram criadas e desenvolvidas nos Estados Unidos, há um bom tempo (os caras já tinham telefone como utensílio tão comum e banal como um jogo de panelas para o arroz, feijão, bife e batata, enquanto nós pagávamos até dez mil dólares por uma mísera linha). Elas têm todo um protocolo, baseado em estudos, testes, etc.
    EG

  7. 25
    Robison Mick:

    Gostaria que um dia fosse feito uma pesquisa para ver, por exemplo quanto porcento desses torcedores conhece seu time, conhece o elenco atual, quantos conhecem a história do clube, sua tragetória, quantos sabem cantar mais do que apenas só o refrão do hino do clube, ou seja, quanto porcento desses milhões de torcedores são torcedores de verdade e quanto porcento diz que torce pra determinado time apenas pra dizer que torce pra alguém. Muitos não sabem nem qual o campeonato que seu time está disputando e muitos sequer foram ao estádio algum dia, e muitos torcem pro time que está ganhando ou para o time que tem mais espaço na midia.

    Se um dia fizerem essa pesquisa ai vamos saber realmente qual clube tem a maior torcida.

  8. 24
    PH TRICOLOR:

    Salve grande Emerson!
    Talvés eu possa contriuir contigo quanto a questão do flamengo no nordeste: estou no interior do Ceara a trabalho e constato que a grande maioria no estado é flamenguista, até o jornal Diário do Nordeste de Fortaleza destaca sempre o time do Rio. Acontece principalmente no interior, onde o sinal da TV através das antenas parabólicas vem direto do Rio de Janeiro, bombardeando todo o sertão e o norte do país com matérias de lá e principalmente jogos do carioca. Ninguém merece!
    Vendo isso, em minhas horas de laser, não tiro meu manto são paulino por nada, já temos local para torcer e observo que o SPFC fica atrás apenas do flamengo quando o assunto é sobre times nacionais. Vamos São Paulo!!!!
    Saudações.

  9. 23
    Leonardo "PATCH" Garcia:

    Emerson,
    Primeiramente, adoro seus tópicos sobre administração desportiva, só não sou fã (mas não deixo de ler) esses tópicos de ranking de torcidas.
    Segundo, eu continuo a atualizar os TOPs 30 em meu blog, passa lá e continue acompanhando.
    TOP 30: Jogadores Brasileiros: https://global-esportes.blogspot.com/search/label/TOP%2030%3A%20Jogadores%20Brasileiros
    TOP 30: Jogadores Estrangeiros: https://global-esportes.blogspot.com/search/label/TOP%2030%3A%20Jogadores%20Estrangeiros
    TOP 30: Seleções: https://global-esportes.blogspot.com/search/label/TOP%2030%3A%20Sele%C3%A7%C3%B5es
    Obrigado,
    Leonardo “PATCH” Garcia.

  10. 22
    Rogério Barreto Brasiliense:

    Roberto Campos dizia que pesquisa é como biquini, mostra tudo mas não o essencial. O saudos jornalista paulistano Murilo Antunes Alves dizia que estatística é a arte de se mentir com números.
    Em outro post sobre o tema abordei a questão do elevado contingente de pesquisados que não torcem para nenhum time (9%), o que há por trás desta informação? estes pesquisados não gostam de futebol? Se gostam como abordar este filão?
    Os números mascaram a direrença entre o torcedor e o simpatizante. O primeiro acompanha as notícias de seu time, vai ao estádio, discute futebolcompra camisas e badulaques do clube. Já o simpatizante tem uma postura bem mais discreta, o que de certa forma justificam o alto número de entrevistados que não compram produtos do time (28%) e que nunca frequentam estádios (34%) e acrescento, o programa da Band do horário do almoço em que grande parte das matérias é sobre o Coríntians e que dois terços de seus comentaristas tem fortes ligações com o clube, tem menos audiência que os desenhos do SBT.
    Olhar apenas para os números só aumenta o clima de intolerância que invade o blog quando o assunto é ranking de torcidas, pois, considero, que não existe torcida e nem torcedor de segunda classe.

    Tenho amigos malucos por futebol, totalmente malucos, que não põem os pés num estádio há mais de vinte, trinta anos. Outros, num grupo de discussão, bem mais jovens, sabem tudo sobre o clube do coração, sobre os adversários, sobre o futebol daqui e d’além-mar e, igualmente, não vão aos estádios há muito tempo.
    Achei essa marca de 9% qeu não tem clube ou gosta de futebol extremamente baixa. Nas demais pesquisas esse patamar situa-se, de forma consistente, entre 25% e 30%.
    As pesquisas foram folclorizadas, Rogério, uma forma bem brasileira de buscar desacreditar o que incomoda. Acredito que elas apresentam bons retratos da realidade e são plenamente válidas como ferramenta fundamental para o marketing e a propaganda.
    EG

  11. 21
    Rodrigo Floriano:

    Emerson, eu ja tinha pensado em uma pesquisa assim, pela internet pedindo dados cadastrais e tal. Ja ia mesmo escrever um comentário aqui, perguntando a voce porque ninguem ainda tinha pensado nisso, pelo visto ja pensaram. Mas idéia é um pouco diferente, me de sua opinião se é uma idéia viavel ou se alguem ja a teve.
    A idéia é essa: Todos os times fariam uma campanha para que todos os seus torcedores, e não apenas amostras, se cadastrassem em seus respectivos sites oficiais, poderiam disponibilizar quiosque para quem não tem acesso a rede, para que realmente TODOS fossem cadastrados. No cadastro o clube poderia ficar sabendo do perfil de cada torcedor e enviar uma proposta de sócio torcedor que se adequasse ao seu bolso, coisa que todo supermercado ja faz algum tempo. Sera que funciona?

    O Flamengo tem algo parecido, assim como o Grêmio, mas essas iniciativas, mesmo sem custos para os associados, não explodem como poderiam. O programa gremista está bem adiantado, tem uma grande base de nomes e poderá ser o primeiro, talvez o único, a trazer bons resultados para o clube.
    EG

  12. 20
    walter:

    ja disse aqui mesmo nesse espaço nao acredito em pesquisa alguma acho todas elas tendenciosas o dia que mostrarem nome e endereço e tel das pessoas entreevistas eu ate posso mudar de ideia essa tal pesquisa so confirmar o meu pensamente de todas as pesquisas sao tendenciosas,comoe que o fla e corintians sao lideres na internet se sao torcidas extremamente populares e o acesso da internet no brasil ainda nao e tao universal a internet ainda e um artigo de luxo nos lares brasileiros e nao adianta dizer que as lan houses estao em tudo que e lugar pois rebato logo 99% das pessoas que frequentas esses lugares sao para acessos de redes sociaias e jogos ninguem vai pagar para ficar respondendo pesquisas nao da,essa pesquisa com certeza e mas uma daquelas encomendadas sabe la por quem e com qual objetivo,sao pauilo,gremio e palmeiras sao times regionais nao tem tanto apelo fora de suas cidades corintians e fla realmente sao fortes em todo brasil mas dai dizer que sao os mas votados na internet nao creio se fosse na saida de jogos ai sim eu acredito

  13. 19
    Alfa:

    Por essa amostra dá para observar o “naipe” do torcedor do Flamengo. Os caras torcem ou porque assitiram TV ou porque viram o Zico jogar, na TV lógico. Ou seja, analfabetismo futebolístico. Pense num time vagabundo esse Flamengo…

  14. 18
    Carlos Antonio:

    O MAIOR PÚBLICO DA HISTÓRIA DO MINEIRÃO FOI EM UM JOGO DO CRUZEIRO X VILA NOVA (MG), DISPUTANDO UMA FINAL DO CAMPEONATO MINEIRO. NESTE JOGO HAVIAM MAIS DE 130.000 PESSOAS NO MINEIRÃO (POR FAVOR NÃO ME VENHA COM AQUELA HISTÓRIA DE “PAGANTES E NÃO PAGANTES”, O QUE INTERESSA SÃO AS PESSOAS DENTRO DO ESTÁDIO ASSISTINDO O JOGO).
    ISTO É FATO, NÃO PESQUISA.

  15. 17
    Ze Luiz:

    Somente os idiotas acreditam que “media de publico em estadios” serve para medir tamanho da torcida de um time de futebol.

  16. 16
    joão:

    Então como explicar o site netvasco ser um dos + acessados.

  17. 15
    Helio Arcanjo:

    Boa tarde geral.

    Apostas no Time do Coração da Timemania em 2010:
    01 Flamengo-RJ, 1.024.909 (7,30%)
    02 Corinthians-SP, 788.205 (5,61%)
    03 São Paulo-SP, 557.572 (3,97%)
    04 Palmeiras-SP, 556.117 (3,96%)
    05 Santos-SP, 544.451 (3,88%)
    06 Grêmio-RS, 541.242 (3,85%)
    07 Vasco da Gama-RJ, 480.483 (3,42%)
    08 Internacional-RS, 462.095 (3,29%)
    09 Botafogo-RJ, 415.181 (2,96%)
    10 Cruzeiro-MG, 397.708 (2,83%)
    11 Fluminense-RJ, 350.452 (2,50%)
    12 Atlético-MG, 338.949 (2,41%)
    13 Bahia-BA, 310.646 (2,21%)
    14 Fortaleza-CE, 244.881 (1,74%)
    15 Vitória-BA, 218.977 (1,56%)
    16 Goiás-GO, 216.228 (1,54%)
    17 Ceará-CE, 195.905 (1,39%)
    18 ABC-RN, 174.677 (1,24%)
    19 Atlético-PR, 169.117 (1,20%)
    20 Coritiba-PR, 162.553 (1,16%)

    FORÇA FOGÃO!
    Herrera neles!

    Abraço, caro leiteiro e sampaulino EG.

    https://voudekombi.blogspot.com
    ;)

    Abração, kombeiro Helio.
    EG

  18. 14
    Luís Carlos:

    Só acrescentar também que a torcida do Flamengo é forte no centro-oeste por causa de Brasília e suas cidades-satélites. Muitas pessoas mudaram-se do Rio de Janeiro para Brasília quando houve a mudança da capital. Em especial os funcionários públicos. A maioria dos habitantes das cidades-satélite são parentes dos milhares de migrantes que se mudaram para Brasília em busca de emprego. A maioria deles nordestinos, região onde o Flamengo ainda exerce enorme influência.

  19. 13
    Alexandre Neri:

    Olá Emerson,

    Parabéns pelo seu blog. Ainda não o conhecia, mas com certeza foi uma das minhas descobertas mais felizes na internet. Seus artigos são um prazer aos olhos – texto impecável, opiniões coerentes e assuntos sempre interessantes e tratados de forma extremamente profissional. Continue sempre com o bom trabalho!

    Essa pesquisa é de fato muito interessante, e traz à tona o papel da mídia como agente influenciador das novas gerações de torcedores. Pessoalmente, não vejo com bons olhos essa influência, pois acredito que isso favorece o aocntecimento de um fenômeno muito visto aqui no Nordeste: a idolatria de times do Sul-Sudeste (em especial de SP e RJ) em detrimento das equipes locais. Em minha humilde opinião, o gosto por uma agremiação esportiva começa no sentimento de pertencimento, na identidade do torcedor à realidade daquele clube. Não quero dizer que baianos estão fadados a torcer para times da Bahia, ou gaúchos a torcer para clubes riograndenses; só acho que está havendo uma deturpação dessa coisa toda. É triste ver nordestinos escarnecendo as equipes de sua terra, equipes oriundas do mesmo chão de onde eles vieram.

    Claro, essa é apensa a minha humilde opinião. Acho que a valorização de equipes locais só tende a engrandecer o futebol brasileiro. E acho que esse é o desejo de todo amante desse esporte.

    Saudações robronegras baianas

    Obrigado, Alexandre.
    Na verdade, o papel da mídia nesse assunto já é antigo e remonta à década de 40, ainda, com a Rádio Nacional. Sem dúvida, hoje, esse papel é importante, mas, ao mesmo tempo, os clubes locais têm, também, uma boa mídia à disposição. É fundamental, porém, saber aproveitá-la, principalmente com a manutenção de boas equipes, como fazia o Sport, como está fazendo o Vitória.
    Abomino essa história de escarnecer de quem torce pelo time da cidade, do estado. Muito triste, essa é a verdade. Por outro lado, no mundo de hoje com todas suas implicações, será cada vez mais comum um torcedor ter duas paixões (paixões relativas, digamos), uma local e uma de fora, até mesmo d’além-mar.
    Compete aos dirigentes tomar consciência disso (muitos, quase todos, já têm) e reforçar e consolidar seus clubes. Nada pior que os poucos altos e os muitos baixos de um clube para desestimular novos torcedores.
    Abraço.
    EG

  20. 12
    Hector:

    Só sendo muito tapado para usar média de público em campeonatos para medir tamanho de torcida.

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