Momentos decisivos para o Clube dos 13 e o futebol do Brasil

sex, 09/04/10
por Emerson Gonçalves |

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Minhas orelhas doem. Literalmente.

Em parte pelo excesso de tempo ao telefone nos últimos dias, em parte pelo excesso de coisas que ouvi e não gostaria de ter ouvido.


Na próxima segunda-feira, dia 12 de abril de 2010, o futebol brasileiro viverá um momento de decisão na eleição para a presidência do Clube dos 13. De um lado, o atual presidente, Fabio Koff, concorre à reeleição. De outro, o ex-presidente do Flamengo, Kleber Leite, que apresentou-se para a disputa contando com o apoio explícito do presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

Essas são as chapas:


Cargo Fabio Koff Kleber Leite
1º Vice-Presidente Juvenal Juvêncio – São Paulo Andrés Sanches – Corinthians
2º Vice-Presidente Patrícia Amorim – Flamengo Mauricio Assumpção – Botafogo
3º Vice-Presidente Vitorio Piffero – Internacional Syd de Oliveira Reis – Goiás
4º Vice-Presidente Marcos Malucelli – Atlético Paranaense Vilson Ribeiro – Coritiba
Conselho Fiscal Alexandre Kalil – Atlético Mineiro José Mandarino – Vasco da Gama
Conselho Fiscal Manuel da Lupa – Portuguesa Alvimar Perrela – Cruzeiro
Conselho Fiscal Marcelo Guimarães – Bahia Carlos Sampaio – Vitoria
Conselho Fiscal Silvio Guimarães – Sport Edmo Pinheiro – Goiás
Conselho de Ética Luiz Gonzaga Belluzzo – Palmeiras Luiz Alberto Bussab – Corinthians
Conselho de Ética Roberto Horcades – Fluminense Wellington Cerqueira – Conselheiro do Bahia
Conselho de Ética Leonel Almeida – Guarani Nelson Rocha – Vasco da Gama
Conselho de Ética Duda Kroeff – Grêmio Francisco Horta – sem clube


Inicialmente, essa eleição estava prevista para o final do ano. Entretanto, em entrevista ao portal Terra, em 23 de março (leia aqui), Kleber Leite anunciou que era candidato, com o apoio da Confederação Brasileira de Futebol, e que iria propor a antecipação da eleição para o mês seguinte, abril. Alguns dias atrás, o candidato que queria a antecipação reclamou e sentiu-se prejudicado, dizendo até que não tinha solicitado essa antecipação.

Uma das pessoas que contatei para escrever esse post foi Fabio Koff, atual presidente do Clube dos 13, que, sobre esse ponto, disse:

A proposta de antecipação das eleições foi feita pelo próprio candidato da CBF. No dia 23 de março ele deu uma entrevista a um portal dizendo que aspirava ser presidente do Clube dos 13 e que me proporia a antecipação do pleito para abril. Não entendo a reclamação dele. Os próprios aliados de chapa de oposição concordaram com a data ao votarem favoráveis na assembleia da última terça.”


Tão logo a entrevista de Leite circulou, vários presidentes de clubes conversaram e reuniram-se, alguns, no mesmo dia. Dessas conversas saíram dois abaixo-assinados: um, com 17 assinaturas, propondo a antecipação da eleição para a data de 12 de abril. E outro, com 14 assinaturas, propondo a reeleição do presidente Fabio Koff.

A partir de então começou um jogo de pressões. Para tentar entender um pouco do que acontece é necessário acompanhar o que vários jornalistas escreveram em sites, blogs e colunas e ouvir alguns participantes desse processo. Curiosamente, as informações só saíram com o compromisso do “off”, o que é bastante compreensível no mundo da bola tupiniquim.

O presidente do Goiás, por exemplo, estava na chapa de Koff, mas teria sido contatado pelo presidente da Federação Goiana de Futebol e aconselhado a mudar de lado. Como isso não funcionou, comenta-se que pressão mais forte veio do Rio de Janeiro, ameaçando o clube com abertura de processo a respeito do famoso jogo de 2007 contra o Internacional, quando a vitória de virada do Goiás levou o Corinthians ao rebaixamento para a Série B. Há poucos meses, um diretor do Goiás deu uma declaração muito estranha, agradecendo ao Internacional pelo jogo do Serra Dourada em 2007. A verdade é que, qualquer que tenha sido a pressão, ela surtiu efeito e o presidente do Goiás simplesmente mudou de chapa.

O Botafogo não resistiu às pressões que, dizem, vieram combinadas com um empréstimo de emergência de 3,5 milhões de reais. Isso selou a participação do clube na chapa Leite.

Diante de dez presidentes de clubes reunidos em São Paulo, o presidente do Coritiba disse que seu voto era de Koff, não importa o que acontecesse. Algo que importou aconteceu e ele agora está na chapa Leite. Não será surpresa se o Couto Pereira for liberado.

Enfim, comentários e informações as mais diversas não faltaram. Como relatei em post anterior, de repente Ricardo Teixeira, mentor da candidatura Leite, além de seu principal apoiador, começou a bater de frente com Juvenal Juvêncio, tanto no caso do Morumbi para a Copa, como no caso da “taça das bolinhas”.


Nessa manhã de sexta-feira o placar aponta Koff 13 x 6 Leite. Resta a definição do Santos, ainda, prevista para a tarde de hoje. Apesar disso, sabem todos que mudanças poderão ocorrer até a tarde de segunda-feira, na eleição, que será realizada com voto aberto. Eis aí um evento imperdível, simplesmente. Digno de transmissão ao vivo pela televisão.


Bom, e daí?

O que significam Koff ou Leite, CBF ou clubes, para o futebol de Pindorama?

É opinião deste Olhar Crônico Esportivo e é, também e felizmente, a opinião de muitos dos presidentes dos principais clubes brasileiros, que a CBF não pode e não deve interferir mais do que já o faz na vida dos clubes.

Uma federação deve ser tão somente uma ferramenta operacional dos clubes e para os clubes. Quando ela extrapola esses limites, passa a existir e trabalhar para si própria, em detrimento daqueles que são a sua razão única de ser: os clubes de futebol.

Duas vezes já, em 1988 e depois em 2001, os clubes tentaram criar uma liga nos moldes das ligas europeias. A esse respeito, Fabio Koff disse a este Olhar Crônico Esportivo:

Sou a favor da liga desde que assumi o Clube dos 13, em 1995. O maior entrave para sua realização sempre foi a CBF, principal cabo eleitoral do meu concorrente. Para isso ser possível, a legislação tem que ser alterada, pois a organização das competições está a cargo da entidade máxima do futebol.

Nas duas oportunidades a CBF jogou pesado, invocou a entrada em cena da FIFA, ameaçou os clubes com desfiliação e outras coisas terríveis. Todos refluíram, naturalmente. Na CBF os clubes perderam espaço e poder, com seus votos valendo hoje menos que antigamente. Embora protagonistas de tudo que o futebol proporciona, praticamente, são tratados como meros coadjuvantes, sem direito a voz e voto, em termos reais e não meramente formais. A CBF está blindada contra os clubes.

Por isso mesmo, seu presidente apoiar um candidato que sequer está exercendo função em um clube nesse momento, mais que estranheza, gera temor. Porque, repetindo o que já disse, não importa se bem ou mal, o Clube dos 13 é a única trincheira, o único canal de expressão dos grandes clubes brasileiros, livre da interferência da CBF e seu presidente, que em 2014 completará mais de um quarto de século à frente do futebol tupiniquim.

Que o Clube dos 13 não é perfeito e que algumas mudanças são mais que necessárias não é novidade. Tudo isso, porém, deve permanecer como exclusividade de seus sócios, os clubes.


Uma frase pinçada entre as muitas que ouvi dá uma boa descrição do que ocorre hoje e poderá ocorrer sempre: “Estou me sentindo violentado” – teria dito um dos presidentes de clube, a respeito de todo esse processo e pressões.

Fala-se em racha no Clube dos 13, mas um racha tem que ser ideológico, ele acontece quando quem diverge pensa de uma forma diferente. Pelas informações colhidas, não é o que acontece com pelo menos metade dos clubes que hoje apoiam a chapa de Kleber Leite e que o fazem por conta das pressões exercidas, aparentemente, pela CBF. Sobre esse ponto, o atual presidente do Clube disse a este blog:

Sinto uma insatisfação muito latente dos clubes com essa interferência desmedida da CBF. Acredito que isso vai fazer com o que o Clube dos 13 saia mais forte e unido das eleições.”

Sem dúvida, uma vitória de Fabio Koff segunda-feira poderá revitalizar a entidade e aumentar sua importância e força política.


Um ponto que é bom lembrar é que o candidato Kleber Leite tem negócios tanto com a CBF como com a Rede Globo, atual detentora dos direitos de transmissão. Não se trata de entrar no mérito dessas ligações, todas elas legais e legítimas, estou certo, mas eticamente não cabe ao presidente de uma entidade como é o Clube dos 13 manter negócios com empresas com as quais negocia os direitos de seus representados, ou com uma outra entidade cujos interesses podem chocar-se com os de seus associados.


Para as emissoras de televisão eu não acredito que Leite ou Koff vá fazer diferença. Primeiro, porque todas as decisões do Clube nesse caso são tomadas em assembleias, das quais participam todos os sócios. O presidente do Clube age por delegação, digamos em termos práticos, do que é decidido nas assembleias. Segundo, porque essa história de forçar valores mais altos para os direitos de transmissão, principalmente de TV, esbarra numa realidade simples, embora desconhecida de muitos brasileiros (inclusive alguns colocados nas mais altas esferas do poder): o mercado.

A Globo, ou a Record, ou a Band, ou a ESPN, nenhuma delas paga um só centavo aos clubes. Quem paga todas as contas é o tal de “mercado”, nesse caso o mercado publicitário, especificamente os grandes patrocinadores do futebol. E essas grandes empresas podem ser tudo, menos burras e mãos abertas: não pagarão um centavo de real a mais do que o valor que elas acreditam ser o correto em termos mercadológicos pela audiência que vão ter. Aqui, não é a vontade que conta, não importa de quem. É a realidade do mercado que dita as cartas. Isso não mudará com Kleber Leite ou Fabio Koff.


Portanto, aqui do meu canto e acompanhando toda essa história, tenho certeza de uma só coisa: tal como a confederação blindou-se contra os clubes, estes devem, de forma aberta e democrática, blindar-se contra a intromissão da confederação. Porque, infelizmente, nesse momento em que vivemos, os interesses de uma e de outros são conflitantes – esqueçam os discursos bonitinhos em que tudo é “divino maravilhoso”, que só funciona em letra de música.

E futebol é clube.

O resto vem a reboque.

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80 Comentários para “Momentos decisivos para o Clube dos 13 e o futebol do Brasil”

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  1. 80
    Fabio Robbe:

    Muito bom o post. Gostei mesmo. Até a parte em ue cita um ente misterioso: “o mercado”, ue aparentemente teria vontade própria. já discuti contigo várias vezes sobre isso e não encaro isso como um argumento sério. Simplesmente porque entre as coisas ue se pode realmente dizer do mercado, uma é que ele é movido a lucro. Eventualmente, se ele achar que acabar com os clubes é mais lucrativo, ele acabará com eles. Se permitido for. quem fatura com um mercado, não hesita em tirar dele tudo que puder e ocasionalmente mudar de mercado, deixando-o exaurido.

  2. 79
    Aquiles:

    Campeonato Brasileiro 1987

    Contexto da Competição

    Desde sua primeira edição em 1971, o Campeonato Brasileiro de Futebol já havia sido chamado de Taça de Ouro e Copa Brasil. O Campeonato Brasileiro de 1987 ficou conhecido como Copa União e tinha o nome oficial de “João Havelange”. “União” foi apenas um nome simbólico aproveitado posteriormente para ser usado em homenagem a um dos patrocinadores ao mesmo tempo em que representava aquele histórico momento de superação no qual se agrupavam os principais clubes de futebol do país em torno de um único objetivo, apesar de toda rivalidade que sempre existiu.

    O campeonato foi organizado pelos mais consagrados clubes de futebol do País, algo semelhante ao que acontece hoje com as famosas Ligas Européias que organizam a primeira divisão dos principais campeonatos nacionais deste continente como na Inglaterra, Alemanha, Itália, etc. 87 foi o ano da revolução no futebol brasileiro. Revoltados com o imenso prejuízo nos últimos anos, os treze maiores clubes do país bateram o pé, enfrentaram a CBF.

    Em 1987, a CBF passava por uma grave crise financeira e confusão administrativa devido a disputas políticas internas divididas entre os dois presidentes. A falta de crédito da CBF era tamanha que alguns clubes tradicionais até já ameaçavam não disputar o campeonato nacional caso a CBF ficasse novamente como “organizadora” da competição. Então em junho de 1987, Octávio Pinto Guimarães, presidente da entidade, anunciou publicamente via imprensa que a CBF não tinha condições de organizar o Campeonato Brasileiro daquele ano. Notícia que em seguida foi confirmada também pelo seu vice-presidente Nabi Abi Chedid que além de confirmar a situação deu todo o aval para que o presidente do São Paulo F.C., na época Carlos Miguel Aidar, tomasse a iniciativa de convencer os principais clubes do Brasil a fundarem uma associação que os representassem e teria como primeiro objetivo a organização do Campeonato Brasileiro de 1987.

    Na manhã de sábado do dia 4 de julho de 1987 no Morumbi foi fundado a “União dos Grandes Clubes do Futebol Brasileiro – Clube dos Treze” que reunia os representantes dos 12 principais clubes de futebol do país na época mais a inclusão do Bahia que também estava presente. Os membros fundadores da associação foram os quatro grandes de São Paulo: Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos; os quatro grandes do Rio de Janeiro: Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo; os dois grandes de Minas Gerais: Atlético-MG e Cruzeiro e os dois maiores do Rio Grande do Sul: Internacional-RS e Grêmio, incluindo o Bahia que de acordo com um levantamento feito pelo Jornal do Brasil representavam juntos na época 95% de todas as torcidas do futebol brasileiro. O idealizador do evento, Carlos Miguel Aidar, foi eleito também o presidente da nova entidade, permanecendo no cargo até abril de 1990.

    Reunidos na nova associação, apesar das ameaças de desfiliação por parte da CBF, com o respaldo da FIFA, agregaram um novo elemento ao mundo do futebol brasileiro, ou pelo menos inédito: o projeto de marketing. Patrocinados pela Varig (para os custos com as viagens), Rede Globo de Televisão (para venda dos direitos de transmissão), e a Coca-Cola que estampou seu logotipo na camisa de todos os clubes com exceção de Flamengo (Petrobrás), Corinthians (Kalunga) e Palmeiras (Agip), São Paulo (Bic) e Internacional-RS (Aplub), pois estes já tinham patrocínio próprio e deveriam cumprir contrato. Assim, o Clube dos 13 acabou com a dependência que o nosso futebol tinha do paternalismo governamental e da CBF, e organizou a Copa União, que representaria o Campeonato Brasileiro daquele ano com o apoio da própria CBF.

    Apesar das divergências e a inegável insatisfação histórica dos clubes com a Confederação. A criação da Copa União só surgiu após uma conciliação entre a CBF e o Clube dos 13, já que uma desobediência à entidade poderia provocar reações da FIFA.

    A única exigência da CBF para a realização da Copa União pelo Clube dos 13 era que se incluísse pelo menos mais três clubes de Estados diferentes. Cumprindo a exigência da CBF o Clube dos 13 pediu as Federações dos estados de Goiás, Paraná e Pernambuco, que cada uma indicasse um representante para entrar como convidado no torneio. Os outros tês clubes indicados pelas Federações Goianiense, Paranaense e Pernambucana foram respectivamente: Coritiba, Santa Cruz e Goiás que na época em suas respectivas regiões tinham melhor desempenho em campeonatos nacionais e também eram os mais populares formando assim um total de 16 participantes no torneio.

    Não houve critérios técnicos para a escolha dos outros três participantes e em contrapartida, deixaram de fora o Guarani-SP, e o América-RJ, respectivamente vice-campeão e 4ª colocado do ano anterior, ainda assim a CBF não fez qualquer objeção quanto a isso, pois excluir da disputa da competição do Campeonato Brasileiro os clubes com colocações regulares no campeonato anterior não seria uma prática exclusiva do Clube dos 13. Por diversas vezes, a própria CBF promoveu novamente clubes rebaixados, rebaixou clubes que não tinham caído para a segunda divisão e já havia usado até a melhor média de público como critério de classificação (sempre com o mesmo intuito de beneficiar os grandes clubes). Em outras oportunidades também a CBF não promoveu clubes que venciam a segunda divisão (como no caso do Villa Nova em 1971 não ter ido para a elite do futebol em 1972).

    A idéia da Copa União era de diminuir os prejuízos obtidos nos jogos sem importância contra clubes menores, pois como a CBF havia desistido de organizar o campeonato alegando falta de recursos para arcar com as despesas, então “quem pagaria a conta desses jogos menores seriam os grandes clubes”, por isso, a solução alegada pelos maiores clubes do país foi de selecionar os competidores conforme a tradição e popularidade que esses clubes tinham a nível nacional.

    Em 1986 a CBF não realizou a segunda divisão, os clubes da Série B disputaram o mesmo campeonato com os clubes da Série A. O campeonato nacional de 1986 ficou marcado por ser um dos mais desorganizados de todos, contou com a participação de 80 clubes e ficou meio confuso distinguir quem estava na primeira divisão ou não no ano seguinte. O Conselho Nacional de Desportos e a CBF decidem que os 24 melhores colocados da Copa Brasil de 1986 disputariam a 1ª divisão do ano seguinte. O CND como maior instância esportiva na época, era também a maior autoridade no Futebol, não tinha apenas função normativa, mas disciplinadora e reguladora de todos os esportes. Tinha poderes plenos para fazer intervenções no Campeonato Brasileiro de Futebol, revogar determinações da CBF, contrariar a entidade e decidir questões controversas envolvendo o desporto nacional, conforme o art. 41 da Lei 6.251/75. Em 1986, o CND, desfavorecendo a CBF, deu o ganho dos pontos em favor do Joinville na partida em que seu adversário, o Sergipe, teria disputado com um jogador dopado no empate de 1×1, o que obrigou a CBF a procurar outra solução para o caso, que foi de incluir mais três clubes já eliminados, já que essa resolução deixaria o Vasco fora da competição. Clubes que historicamente tinham um retrospecto regular na competição como Botafogo e Coritiba (campeão nacional de 1985) ficariam de fora dessa lista para o ano seguinte, mas se sentido prejudicados com o “inchaço” do campeonato entraram com um processo na Justiça Comum.

    Até 1986 ainda não existia o sistema de rebaixamento, esse critério só foi adotado, na Prática por imposição da FIFA, a partir da Copa União de 1988 (que foi vencida pelo Bahia), o único critério válido para se classificar para o campeonato nacional da primeira divisão, até então, era obtendo as primeiras colocações nos campeonatos estaduais (portanto, era possível que o vice-campeão ou o 4ª colocado não disputasse o campeonato da 1ª divisão no ano seguinte). Critério que a CBF várias vezes descumpriu (como fez com a promoção do Santos no ano de 1983, pois as vagas destinadas aos clubes paulistas eram até a 8ª colocação do Paulistão e o time da Vila ficou em 9ª. O Vasco também não teria atingido o índice em 83, mesmo assim permaneceu na Série A). Em 1993, já adotado o novo sistema de rebaixamento, a CBF teria descumprido mais uma vez com uma “virada de mesa” em favor do Grêmio. Em 2000 seria novamente o Clube dos 13 mais uma vez a descumprir o critério técnico recolocando o Fluminense na primeira divisão quando organizou a Copa João Havelange.

    Para prestigiar seus compromissos políticos com as demais federações nacionais em 1987, a CBF organizaria dois campeonatos que foram nomeados por módulos: “Amarelo”, que representaria a Segunda Divisão e os Módulos “Azul” e “Branco” que representariam a Terceira Divisão. Nos módulos “Azul” e “Branco” classificariam 12 equipes para a Segunda Divisão de 1988. Porém, esta edição da Série C não passou a ser reconhecida pela própria CBF como a Terceira Divisão do Brasileirão.

    A Segunda Divisão que desde 1971 já havia se chamado de “Taça de Prata” e de “Taça CBF”, dessa vez foi batizada da “Roberto Gomes Pedrosa”. Quando a CBF decidiu criar o chamado “Módulo Amarelo” em 87 (Segunda Divisão), a Confederação usou como critério a participação dos clubes de menor expressão que se classificaram entre os 28 da Copa Brasil de 1986 que não estavam disputando a Copa União, mas na hora de fazer a seleção faltou com o critério quando deixou de incluir a Ponte Preta em favor do Sport e do Vitória que participaram apenas como convidados.

    Mais adiante a Confederação passou a temer que os clubes de repente passassem a acreditar que ela não fosse mais útil. O que na prática ficou comprovado. Quando tudo parecia resolvido, apareceu outro grave problema. A CBF que já estava pressionada politicamente ficou ambicionada pelo enorme sucesso comercial da competição organizada pelo Clube dos 13 e se arrependeu de ter renunciada a responsabilidade de organizar a competição. Quando o campeonato já estava acontecendo, a CBF voltou atrás e quis mudar o regulamento em vigor da Copa União que já estava em disputa. Para isso, a entidade decidiu incluir de alguma forma na competição os 16 clubes do qual ela chamou de “Módulo Amarelo”.

    Para conciliar os interesses da CBF com o Clube dos 13, a Copa União passaria a se chamar “Módulo Verde” e, a princípio, esses clubes do chamado “Módulo Amarelo” que disputavam um campeonato paralelo à Copa União seriam apenas a segunda divisão do Brasileirão daquele ano, porém, no final deveria haver um cruzamento entre os campeões e vices de ambos os campeonatos para decidir quem seriam os dois representantes do Brasil que disputariam a Taça Libertadores da América no ano seguinte. Ainda que aparentemente fosse algo absurdo, não houve qualquer relutância quanto a essa proposta e o impasse se deu como resolvido. Curiosamente uma vaga na Libertadores não interessava tanto aos clubes nacionais quanto hoje (possivelmente, isso explica o motivo dos argentinos serem os maiores vencedores da competição). Mas em seguida a CBF muda seu discurso e a partir da quinta rodada deixa de considerar a Copa União como o Brasileirão, passando a considerar também o “Módulo Amarelo” como primeira divisão juntamente com a Copa União (chamada pela CBF de “Módulo Verde”). A mudança do regulamento proposta pela CBF seria de que nesse cruzamento entre os campeões e vices dessas duas divisões também fosse decidido quem era o Campeão Brasileiro de 1987. Porém, não houve o acordo e obviamente isso acabou gerando uma grande polêmica.

    O Eurico Miranda, vice-presidente de futebol do Vasco (na época) teria dado motivo para a confusão assinando em nome da associação um documento que previa o cruzamento proposto pela CBF quando ficou como interlocutor do Clube dos 13, mas representava apenas como delegado, não estava autorizado a tomar uma decisão que contrariasse os interesses da entidade, no entanto, o Clube dos 13 só tomaria conhecimento da notícia via imprensa no dia seguinte. Ainda assim, nunca houvera o entendimento entre as duas partes, o regulamento original foi mantido e o Clube dos 13 com os demais representantes dos clubes em disputa da Copa União jamais reconheceram ou assinaram qualquer documento aceitando a alteração do regulamento que foi proposto pela confederação do qual obrigava o cruzamento entre os participantes dos dois módulos. Tal hipótese sequer foi cogitada.

    O “Módulo Amarelo” era composto pelos seguintes clubes : América-RJ, Atlético-PR, Atlético-GO, Bangu-RJ, Ceará-Ce, Criciúma-SC, CSA-AL, Guarani-SP, Internacional-SP, Joinville-SC, Náutico-PE, Portuguesa-SP, Rio Branco-ES, Sport-PE, Treze-PB e Vitória-BA. Como forma de protesto América decidiu boicotar o campeonato organizado pela CBF, deixando de comparecer aos jogos e perdendo todos por WO, pois estava ciente de que os participantes da Copa União nunca iriam reconhecer o “Módulo Amarelo” como primeira divisão, e por isso, jamais iriam ceder ao cruzamento entre os dois módulos.

    Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo F. C. e do Clube dos 13 fretou um jatinho particular com dinheiro do próprio bolso para assistir a grande final no Maracanã, pois os aeroportos estavam em greve naquele dia. Achava que ele como representante maior da entidade não poderia deixar de presenciar o título pessoalmente.

    O Flamengo venceu o Campeonato Brasileiro e conquistou o seu Tetracampeonato derrotando o Internacional por 1×0 no Maracanã, com um gol de Bebeto o Rubro-Negro da Gávea levou a taça. O Inter tinha um grande time com Tafarell e cia, mas o elenco do Flamengo era constituído de Zé Carlos, Jorginho, Leandro, Edinho, Leonardo, Andrade, Ailton, Zico, Renato Gaúcho, Bebeto e Zinho. Dos onze titulares apenas o meia Aílton jamais fora convocado para a Seleção Brasileira.

    Foi uma época em que a grande maioria de nossos craques ainda estavam jogando no Brasil, mas só haviam casas lotadas em dias de clássico ou em jogos decisivos. Até então os grandes clubes do futebol brasileiro tinham as emissoras como inimigas Nº 1, pois a renda era sua maior arrecadação e eles temiam que as transmissões ao vivo fossem capazes de provocar a evasão dos torcedores nos estádios. Pela primeira vez, haveria um Campeonato Brasileiro com a tabela pronta e organizada de tal maneira que todos os clubes se confrontassem antes da próxima fase com os jogos começando pontualmente com dia e horário determinado.

    O Campeonato Brasileiro de 1987, (também intitulado de Copa União) organizado pelo Clube dos 13 foi sucesso de público, recorde de audiência e exemplo de organização. Derrubou o mito de que a TV afastaria os torcedores dos estádios. O que ocorreu foi justamente o inesperado: de forma surpreendente, mais torcedores passaram a frequentar os estádios. Sendo exibido em horário nobre teve recorde de audiência média de 43 milhões de telespectadores e teve público médio de 20.877 pagantes nos estádios, o segundo maior da história do campeonato nacional.

    Não por acaso, no mesmo dia acontecia a final do “Módulo Amarelo” organizado pela CBF entre Sport e Guarani-SP que após um empate na prorrogação e outro empate em 11 x 11 nos pênaltis os dirigentes dos dois clubes decidem dividir o título através de um acordo. Ironicamente, o regulamento imposto pela CBF que previa o quadrangular se tornou irrealizável já que não ficou definido quem era o vice-campeão deste módulo.

    Após o fim do campeonato a CBF volta a falar em mudança do regulamento. Alegando que o regulamento foi alterado à revelia do Clube dos 13, Flamengo e Internacional-RS se recusaram a disputar o cruzamento imposto pela CBF com o apoio do Clube dos 13 e de Carlos Miguel Aidar, na época presidente do São Paulo F.C. e também do Clube dos 13, que tinha como cúmplice e comparsa o atual presidente do time do Morumbi Juvenal Juvêncio. Jogar um quadrangular decisivo não foi uma simples escolha de Flamengo e Internacional, mas o cumprimento de uma determinação do Clube dos 13 e do regulamento da Copa União que fora criado pela mesma entidade. Logo, quaisquer dos clubes que chegassem à finalíssima deveriam fazer o mesmo

    O Internacional que se sagrou vice-campeão poderia se aproveitar da situação disputando outra final só para ter uma nova chance de ser reconhecido como campeão nacional daquele ano pela CBF, porém preferiu manter o acordo que já havia firmado com os demais clubes, reconhecendo o título em favor do Flamengo e demonstrando extremo exemplo de compromisso e dignidade com a entidade da qual fazia parte.

    No ano seguinte, o Conselho Arbitral é convocado e julga o caso em favor do Flamengo. Dos 15 participantes do próprio “Módulo Amarelo”, todos reconheceram o título do Flamengo como legítimo, com exceção apenas de Náutico, Sport e Guarani. As federações não tinham autonomia para dar a última palavra em questões jurídicas, em 1988 ainda vigorava a Lei 6251/1985 que firmava o CND (Conselho Nacional dos Desportos) como máxima instância esportiva da época (portanto, superior à CBF). O CND (atual STJD) votou em reunião extraordinária através de seu relator Álvaro Melo Filho e sobre a presidência do vascaíno Profº Manoel Tubino (já falecido) com decisão unânime, que o Flamengo era campeão, legitimando assim o Flamengo como campeão do Campeonato Brasileiro de 87.

    Apesar da Justiça Desportiva oficializar o título do Flamengo. A CBF descumpriu o feito desacatando a deliberação do seu órgão supremo, sobretudo através de seu vice-presidente Nabi Abi Chedid (inimigo político de Márcio Braga que era presidente do Flamengo na época) e insistiu na imposição de mudar o regulamento anunciando a tabela do tal quadrangular para janeiro de 1988. Sabendo que não haveria jogo algum, a CBF mantém o tal cruzamento, mas inverte os mandos de campo definindo que as partidas sejam realizadas simultaneamente em Recife e Campinas. Ao mesmo tempo as Federações pediam o “Impeachment” de Octávio e Nabi sob a acusação de negligência e de usar indevidamente o dinheiro da CBF, configurando-se a malversação de verbas.

    A CBF de forma desonesta e equivocada considerou o Sport como vencedor do campeonato após o Sport derrotar o Guarani em Recife e se tornar vencedor do suposto cruzamento sem vices que ocorreu sem a participação de Flamengo e Internacional, gerando dessa forma uma polêmica que persiste até hoje. Em seguida o Sport leva o caso a Justiça Comum, o Flamengo não dá a menor importância ao processo, pois, todavia (ainda que a diretoria da CBF tenha caído em contradição), tanto a própria CBF quanto a FIFA condenam os clubes que recorrem a Justiça Comum. A FIFA não interfere julgando ou determinando os títulos de qualquer clube de qualquer país que seja, mas ela também não considera que a Justiça Comum seja um órgão competente em julgar causas esportivas e costuma punir os clubes que acionam a ela.

    Apesar do desmando da CBF ao órgão do qual ela era subordinada, o título já havia sido legitimado em última instância esportiva em favor do Flamengo, dessa forma, sendo o Flamengo campeão de fato e de direito do Campeonato Brasileiro de 1987.

    No ano seguinte, a CBF entra em acordo com o Clube dos 13 e retoma a responsabilidade de organizar a competição. O Campeonato Brasileiro novamente viria a ser chamando de Copa União, mantendo assim, o mesmo nome do campeonato que foi realizado pelo Clube dos 13.

    Em 2000, o Clube dos 13 novamente realizaria o Campeonato Brasileiro de Futebol que foi chamado de Copa João Havelange, pois a CBF estava impedida pela Justiça. Ironicamente no mesmo campeonato havia um enunciado da tabela com um cruzamento entre clubes da primeira com a segunda divisão, porém seria uma situação bem contrária daquela que aconteceu em 1987, o cruzamento desta vez não seria imposto, já estava previsto no regulamento e plenamente acordado entre os clubes participantes desde o princípio.

    Apesar de continuar com o mesmo nome, o Clube dos 13 conta atualmente com 20 membros associados. Estão hoje filiados pela entidade: Portuguesa-SP, Coritiba, Goiás, Atlético-PR, Guarani-SP, Vitória-BA e o próprio Sport Recife que inclusive ocupa o cargo de quarta vice-presidência da liga.
    Embora com o tempo o Clube dos 13 tenha perdido o seu verdadeiro propósito pelo qual foi criado, (pois hoje se limita apenas a negociar a venda dos direitos de transmissão das partidas), se não fosse pela iniciativa dessa associação, muito provavelmente, o Campeonato Brasileiro de 1987 nem teria existido.

    Questionar o mérito do Clube dos 13 em organizar Campeonato Brasileiro de Futebol ou o mérito do título do Flamengo no ano de 87 seria o mesmo que questionar se existiu Campeonato Brasileiro no ano de 2000 ou ainda afirmar que um clube pode ser Campeão Nacional sem disputar pelo menos uma partida contra um dos principais clubes de futebol do país.

    https://www.flamengo.com.br/flapedia/Copa_Uni%C3%A3o

    “Crise, revolução e traição” – Artigo do portal Trivela elucidando os fatos sobre a Copa União de 1987

    https://www.trivela.com/Futebol.aspx?secao=45&id=16544

    Juca Kfouri explica Copa União 1987

    https://www.youtube.com/watch#!playnext=1&playnext_from=TL&videos=KXCqHdNuUGk&v=LVuhTLNkmD0

    Trecho da entrevista com o vascaíno Profº Manoel Tubino, presidente do CND (órgão de última instância desportiva em 1987).

    https://www.youtube.com/watch?v=vG_phvdntcY

    Juca Entrevista – Carlos Miguel Aidar – Parte 1

    https://www.youtube.com/watch?v=Jvyau2ziMvU&feature=PlayList&p=32B79EDEE8EAA30A&playnext=1&playnext_from=PL&index=13

    Juca Entrevista – Carlos Miguel Aidar – Parte 2

    https://www.youtube.com/watch?v=obuNvEhz2fY&feature=related

    Juca Entrevista – Carlos Miguel Aidar – Parte 3

    https://www.youtube.com/watch?v=ci-UFkQR1sA&feature=related

    vitoria, sport e bota rebaixados no Brasileirão 1986

    https://www.youtube.com/watch?v=XIfb1-LdaP0

  3. 78
    jadiel alves de alcantara:

    Emerson gostaria de agradecer por postar meu comentário anterior onde eu fiz algumas observações com relação ao sr. Fábio Koff e ao que não foi surpresa receber uma resposta de um torcedor do gremio ,resposta esta de uma pessoa totalmente equivocada e sem base . peço a este sr. antonio jr. para rever seus conceitos pois as pesquisas estão ai é so pesquisar na internet qual a torcida que mais cresce em todas as faixas etárias que é claro que é a torcida do flamengo e o gremio fora do sul não consegue atingir nem 3 por cento na última pesquisa realizada no brasil pela data folha órgão paulista e não carioca o seu gremio é o setimo empatado com o internacional com treis por cento cada . Estes sete por cento ao qual você se refere deve ser na sua família se você não é do sul ou então volta pra escola sai deste seu mundinho de globo isto globo aquilo porque o gremio não ganha um título brasileiro a quatorze anos e eu sei bem o que é isso pois fiquei dezessete anos na fila porém eu já era penta e você só é bi e bi por sinal é uma coisa que dizem as más linguas o gaucho gosta de ser não é verdade . e quanto a produtos licenciados em seis meses a nike vendeu mais produtos do flamengo do que seu gremio em uma década portanto fique aí no seu lugarzinho e respeite a hierarquia nós somos a maior torcida , a que mais consome produtos licenciados , a que melhor abrilhanta uma festa de arquibancada comemorando como nenhuma outra e o nosso time é ao lado do são paulo quem mais títulos do brasileirão possui .

  4. 77
    marcos maia:

    Caro EMERSON nao eh soh coincidencia essa chapa de oposicao ao atual presidente do clube dos 3 terem SANCHES do Corinthians o ALVIMAR PERRELLA do Cruzeiro e nao duvido de ter EURICO MIRANDA apoiando tambem, se tiverem um pouquinho de trabalho e ir no hotel da Policia Federal aonde esta hospedado o presidiario ex-governador de BRASILIA. JOSE ROBERTO ARRUDA o mesmo tamben apoia do KLEBER LEITE, isso nao eh soh coincidencia nao eh um PILANTRA apoiando o outro para terem certos favores $$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$, a custa dos trouxas torcedores brasileiros, espero que os 2 candidatos percam + como isso nao eh possivel que ganhe o menos pior que eh o atual presidente, SDS

  5. 76
    Daniel Gustavo:

    EG,

    Primeiramente, venho parabenizá-lo pelo excelente blog, pois além de muito informativo, foge um pouco da mesmice de todos os outros blogs sobre futebol e entra em questões mais contundentes e polêmicas.

    Em relação a este post, também não confio no Kleber Leite para assumir este cargo, ainda mais quando ele tem o total apoio da CBF, pois com certeza poderá descaracterizar, privar o Clube dos 13 de ser uma instituição independente, mas ao mesmo tempo, tenho receios quanto ao apoio do Juvenal Juvêncio na chapa do Koff, pois aquele se caracteriza por ignorar acordos feitos pelo próprio Clube dos 13, vide caso da Copa União de 1987.

    Sou flamenguista e claro que grito a todos os ventos que meu time é Hexacampeão, mas não espero o reconhecimento do Sport ou da CBF, pois na justiça eles brigaram e tiraram este título de nós (afirmo que só na justiça e na FIFA, para a memória do futebol brasileiro este título é tão nosso quanto do Sport), O que esperava é que o sr. Juvenal, como dirigente, presidente e homem que ERA, recebesse a taça de bolinhas da CBF e na maior cara de pau, entregasse ao Flamengo, numa demonstração de respeito aos compromissos firmados outrora. Por esse motivo duvido da sua integridade e honestidade no momento de conduzir, ou no caso, está juntamente a frente do Clube dos 13, pois em qualquer momento, quando lhe parecer conveniente, ele poderá descumprir acordos. Além disso, o sr. Koff não fede nem cheira, por isso tb tenho minhas desconfianças sobre o papel que ele exerce a frente do Clube, pois não teria pulso forte para comprar brigas. A Patrícia Amorim, coitada, acho que ainda está no meio do tiroteio, quem nem cega, pois não tem uma posição forte para que lado ficar, pois as opções são os lados: Mal-caratismo ou Desonestidade.

    Afirmo que não tenho o total conhecimento e domínio de todas as informações para ser considerado uma opinão forte sobre o assunto, mas esta é a minha opinião.

    Continue com o excelente trabalho.

    Abraços

  6. 75
    jefferson gomes:

    Na véspera do clássico contra o Vasco, Flamengo ferve. Mas na área política

    Reunião na casa de Hélio Ferraz pressiona Patrícia Amorim a apoiar Kleber Leite na eleição do Clube dos 13, que acontece segunda-feira

    Enquanto o time do Flamengo passa a noite de sábado concentrado à espera da semifinal contra o Vasco neste domingo, os caciques rubro-negros reuniram-se na casa do ex-presidente Hélio Ferraz. Na pauta do encontro, a eleição do Clube dos 13, que acontece na próxima segunda-feira.

    Kleber Leite é candidato. Entretanto, a presidente Patrícia Amorim é vice na chapa de Fábio Koff. No encontro desta noite, todos os presidentes de poderes buscaram uma maneira de pressioná-la a mudar de voto. Algumas correntes políticas ameaçam, inclusive, romper com a dirigente caso ela mantenha-se contra o ex-vice de futebol.

    Na última sexta-feira, Marcio Braga, um dos cardeais da política rubro-negra, divulgou uma carta pedindo para Patrícia apoiar Kleber Leite.

    ******Emerson você acredita que a patricia irá ceder a pressão dos dirigentes?? Ao meu ver se ela ceder mostrará fraqueza,mas se se manter assim irá ganhar um kilos de problemas a mais…. mas é o preço de presidir o flamengo***********

    Muito estranho tudo isso. Mudaram o Helinho e o Braga ou mudou o Teixeira?
    :)
    Presidir uma entidade traz consigo os prazeres do cargo, mas traz também o ônus de decidir.
    Ela tomou uma decisão consciente e faz parte de uma chapa. Ceder às pressões políticas internas irá provocar desgastes enormes, não só externamente, mas também internamente.
    E mais: um sinal será passado, nesse caso. Futuramente, qualquer decisão que não agrade a esse grupo poderá motivar mais reuniões na casa de Helinho e pronto. Vai ficar difícil presidir.
    EG

  7. 74
    Matheus Signori:

    Sou da mesma opinião do Danilo (18), meu maior medo é acabarem com essa fórmula de pontos corridos (pois ganha o melhor time, o mais organizado e regular – exceto 2005 quando o campeão assumiu a liderança na caneta). Pois os cariocas são contra essa fórmula ( isso antes de 2009 -basta assistir o programa esportivo de domingo na TV Brasil, onde tem um comentárista – não me lembro o nome – que é contra) e o Kléber Leite é carioca. Já sobre a liga independente, sou a favor, pois é a marca registrada do campeonato (os clubes da Europa usam nos campeonatos nacionais – nas mangas – o logotipo). Aqui vai outra questão sobre a CBF que engana os clubes. Em 2008 a CBF divulgou que a fórmula do campeonato brasileiro da série C passaria a ser em pontos corridos com vinte clubes(garantindo calendário o ano todo para os clubes que disputariam essa divisão) e criaria o brasileiro da série D (isso ideia do vice da CBF – presidente da Federação Gaúcha – Francisco Noveletto) com quarenta clubes. Chegou 2009 e a CBF mudou a fórmula da série C onde foram divididos em quatro grupos (regionalizados) de cinco. O presidente do Rio Branco (Acre) disse que a CBF havia enganado os clubes. Já sobre o aumento de clubes na série A, para trinta não tem cabimento, vinte está ótimo. P.S. As fórmulas estão quase perfeitas. só falta a série C passar em ser em pontos corridos (se os clubes não tiverem condições, que se repita a fórmula da série B de 2003 a 2005 – todos contra todos turno único, os oito melhor passam de fase e são divididos em dois grupos de quatro, os dois primeiros de cada grupo subiriam para a série B e os campeões de cada grupo decidiriam o título – ou um octogonal final como era a fase final da série C em 2006 a 2008). A serie D passaria a ter quarenta clubes ou sessenta e quatro (regionalizados) clubes, onde teria a fórmula somente com grupos até sobrar oito clubes onde haveria na fase final um octogonal onde os quatro melhor subissem para a série C . A classificação para a série D seria através dos estaduiais ou Copas estaduias no segundo semestre como é em SC – Copa SC, RS e SP. Essas copas servem para que os clubes que não disputam as séries A, B, C e D tivessem calendário o ano todo.

  8. 73
    jefferson gomes:

    Obrigado pelo esclarecimento Emerson em relação as “propostas milhonárias das Emissoras”,….

    Eu sinceramente torço para que os clubes consigam aumentar o valor dos direitos de trasmissão,mas torço para que a atual detentora dos direitos (globo) continue trasmitindo os jogos,mesmo que em parceria com a band,como acontece atualmente.

    È uma opinião unica e exclusivamente minha, que somente a rede globo tem capacidade para trasmitir os jogos,devido a sua experiencia e a qualidade do seu trabalho durante todos esses anos. Eu sinceramente não acredito que a record manterá o padrão globo de qualidade nas trasmissões;;;

    Espero que seja como foi em 2008, com somente a globo presente nas negociações para renovação do contrato,mas que ao mesmo tempo o mercado permita que a tv pague mais aos clubes e que estes consigam aumentar o valor pretendido…é dificil e não impossivel….

    lembrando isso é uma opinião minha,não tem nada de conspiração da rede globo ou algo parecido..so acho que ela é unica que tem capacidade para continuar trasmitindo os jogos…

    JG

  9. 72
    Hugo D´A liguieri:

    Fora de tópico….

    Atenção! O REI FALOU…TÁ FALADO!

    ” Messi, Maradona? ‘Quando um argentino marcar mil, a gente compara’, ri Pelé ”

    8)

  10. 71
    Allexsandro Oliveira:

    Bem, primeiramente eu acho um absurdo um campeonato como Brasileirão, ganhar míseros 250milhoes da TV aberta(da Globo mesmo)… sem citar os canais fechados é claro… mas claramente, existe uma mutreta muito grande por tras de tudp isso… Primeiro é bom salientar, que na turquia, veja bem TURQUIA, o direito de transmitição do campeonato é de 650milhoes, anos-luz à frente do “badalado” campeonato brasileiro… até ai vc pode dizer, bem mas se niguém tem condiçoes, se faz o que pode… o grande problema é que a rede record, ofereceu 450milhoes para o direito de transmissao(independente de patrocinador), ela garante esse dinheiro… e surpreendentemente, a CBF nao aceita… prefere os 250milhoes da rede globo, o que gera um prejuízo enorme pros clubes brasileiros… o que deve existir por trás, é que a rede globo compra(paga anualmente, ou mensalmente) um dinheiro grande(para uma pessoa, ou algumas), para elas preferirem a transmissao de quem paga menos, em detrimento exclusivo dos clubes brasileiros! Acho isso uma completa falta de respeito com a populaçao e os clubes principalmente, que investiriam mais, já que o direito de transmissão televisiva, é uma grande fonte de renda para muitos clubes brasileiros……. nesses ultimos anos, os patrocinios vem aumentando astrologicamente,, compare o que o flamengo ou corinthians ganhavam anos atras de patrocinio,e o que eles ganham hoje… só a bendita concessao televisiva que nao pode ser aberta à comcorrencia, o que geraria lucros absurdos aos clubes… a rede globo quer acabar com o brasil?! ja nao basta querer mudar os horarios pras novelas?! Serio mesmo, me sinto sem poder fazer nada.

  11. 70
    arno:

    O primeiro campeonato realizado pelo então Clube dos Trezes , a Copa União, o Flamengo foi o campeão e até hoje ainda se discute a validade desse torneio, um dos melhores realizado no país, por isso pergunto qual a credibilidade dos clubes perante a CBF? Primeiro respeitem seus ideiais para fazer valer suas forças, Juvenal Juvêncio é um grande exemplo de contradição.

  12. 69
    armando machado de oliveira:

    Apesar de sermos campeões do mundo em várias oportunidades, os dirigentes são amadores e nada representam para os clubes, é uma bagunça só, até quando teremos de aturar essas pessoas que nada dignificam o esporte no país.

  13. 68
    Albenzio:

    Este Fabio Kof, já esta no poder a muito tempo. Eu não tenho nenhum conhecimento das propostas dos dois Candidatos. Eu só sei que alternância de poder é sempre importante! seja na politica ou quarquer outra Federação. Sendo assim! eu torço para que mude no minimo o Presidente! Que me parace estar, a cinco ou seis eleições; sendo reeleito para o mesmo Cargo. Abs.

  14. 67
    JONES VIANA:

    EG , MAIS UM OTIMO ASSUNTO PARA SER DEBATIDO, LEGAL.
    VOCÊ TEM ALGUM LEVANTAMENTO DOS CLUBES DA ARGENTINA, MEXICO, EUA, LESTE EUROPEU E ASIA.
    PRA GENTE FAZER UMA COMPARAÇÃO DE LOGISTICA, MERCADO E O PIB DE CADA PAIS CITADO, NÃO SEI SE VOCÊ VAI TER TEMPO PARA FAZER ISSO, POR VOCÊ TEM VARIAS OUTRAS COISAS PARA FAZ.
    SÓ UM PITACO QUE EU FASSO SOBRE PAIS LATINOS, CARO EG A ARGENTINA QUE PASSA SEU JOGOS DE TV ABERTA É O GOVERNO, PELO FATO DOS CLUBES TENTAREM OBITER MAIS LUCROS DAS TVS ABERTAS GERARAM UM CHOQUE DE MERCADO LOGISTICAS E PATROCINIO TAM GRANDE QUE AS TVS ABERTAS NAÕ CONSEGUIRAM COBRIR NEM AS OFERTAS INICIAIS, ESTA INFORMAÇÃO QUE ESTOU TE PASSANDO FOI DIVUGADA NA MIDIA ARGENTINA AGORA NÃO ME RECORDO O ANO E A DATA BELEZA.
    COMO VOCÊ SABE A GENTE NÃO PODE FAZER COMPARAÇÃO ENTRE PAISES, PELO FATO DO PIB DE CADA PAIS A RENDA PERCAPITA, MAIS VAMOS FAZER SÓ UMA MERA EXPECULAÇÃO TA.
    SE VOCÊ PODER COLOCAR ALGUMA COISA SOBRE ESSE ASSUNTO QUE COLOQUEI PARA VOCÊ, DESCULPE PELA SAI JUSTA.
    ABRAÇOS, SÓ PARANAENSE DE MUNHOZ DE MELLO E SÃO PAULINO.

    Jones, Dona Cristina Kirchner está usando o dinheiro do povo argentino, arrecadado por meio de impostos, para pagar clubes de futebol para jogarem. Um absurdo total.
    EG

  15. 66
    Caio Calazans:

    Grande Emerson!

    O Clube dos 13 já nasceu viciado aqui no Brasil. Sua premiére foi a Copa União, que até hoje não se sabe que é o campeão.

    Essa mistura de CLube dos 13 e CBF só interessa para a CBF e para a globo (que quer manter o dominio das transmissões).

    Espero eu que um dia nossos clubes percebam o tamanho da sua força e se livrem dessas algemas, para o bem do nosso futebol.

    Um abraço Emerson.

    Deixo o convite para a visita ao Caixapretafc: https://caixapretafc.wordpress.com

  16. 65
    carlos:

    clube dos 13 e CBF são tudo farinha do mesmo saco, discriminam o futebol nordestino,

    Se pudessem faziam um campeonato só com os times dele, como fizeram em 87, e a impresa do sul/sudeste
    tmb entra nesse rol de nos discriminar, cuidado meus caros, o mundo não é feito só de futebol.

  17. 64
    Silvio Frazao:

    Tenho muitas restrições relacionados aos jogos que passam na tv aberta, não sei porque eu, moro no Acre sou obrigado a só assistir campeonato Carioca. Só carioca, porque não passa, uma vez ou outra, jogos de outros campeonatos. Sei que a maioria da torcida aqui é dos times cariocas. Mas poderiam passar outros campeonatos, pelo menos os principais classicos Paulista, Gaucho e Mineiro. Ou outra forma que poderia ser feita é uma emissora passar um campeonato e a outra(Band) que tem os direitos passar outro.
    Depois deste desabafo, se o Kleber Leite conseguisse pelo menos mudar isso seria ótimo. Mas já sei que não é o plano dele, mas sim ser um pelego da CBF. Ricardo Teixeira esta a quanto tempo como presidente da CBF, segue um caminho Castrista, Chavista? desde que eu me lembro como gente, ele continua presidente. A CBF é uma federeção que tem como principal base lucrar, em cima da seleção e clubes.

    Não sei o que será melhor, mas acredito fortemente que com Kleber Leite será pior.

  18. 63
    Pedro:

    muito interessante, jornalisticamente falando (claro!), um artigo da Globo ouvir apenas um lado!!!

    Por que não ouvir o Presidente do Corinthians, vice na chapa, já que o Kleber não é presidente de nada?

    Tenho a sensação de que o Koff intere$$a mais à Globo do que… por que será?

    Hummmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm…
    O post não é da Globo, Pedro, é meu e meu nome é Emerson Gonçalves.
    Eu assino, eu respondo por ele e por tudo o mais que escrevo.
    EG

  19. 62
    Luís Carlos:

    O feudo do Koff?

    Sei lá, só sei que o presidente da CBF, da FPF e do Clube dos 13 são os mesmos faz tempo. Se há feudalismo na CBF e FPF, há também no C13.

    Em minha opinião, repeitando as opiniões diversas, quando alguém com cargo eletivo fica muito tempo no poder é porque é muito bom ou muito ruim. Não há meio termo.

    Há diferenças, Luís Carlos.
    O C13 é uma empresa e não um órgão político, como a FPF e a CBF.
    Os vinte donos do C13 acham mais cômodo e interessante ter um executivo para tocar o dia-a-dia.
    O presidente do Clube age por delegação dos associados na teoria e na prática.
    Nas federações de futebol isso é uma teoria distante, perdida no tempo e no espaço.
    Cada presidente cria seu próprio grupo e busca perpetuar-se no poder.
    No C13, para você ter uma ideia, nunca houve uma disputa pelo cargo, essa será a primeira vez.
    Sinal que a maioria dos vinte sócios concordava com o trabalho de seu presidente.
    São Paulo e Flamengo há anos opõem-se à maioria no Clube e agora os dois estão na chapa da reeleição.
    É claro que a atuação do presidente do Clube é importante e atrai atenções, mas ele, como eu disse, é um executivo. Por isso mesmo essa história de proibir reeleição é mais mise-en-scéne que qualquer outra coisa.
    EG

  20. 61
    Zeno de Almeida:

    É mais uma picaretagem do Ricardo Teixeira! Quando vão botar ele na CADEIA?

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