Entendendo os royalties sobre as camisas

sáb, 27/03/10
por Emerson Gonçalves |
categoria Marketing, Vasco

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Já estava com o post anterior pronto, com uma breve menção ao preço e aos royalties recebidos pelo Vasco na venda das novas camisas, quando vi que o Thiago Lavinas, no excelente Primeira Mão – comentava o mesmo assunto, quase com as mesmas palavras que eu tinha no meu rascunho. E o que levou-o a escrever foi a mesma motivação: as reclamações de torcedores sobre o valor dos royalties. Vamos, então, esticar um pouco e procurar entender essa questão.
Em tempo: não deixem de ler o post do Thiago sobre o programa de sócio-torcedor do Vasco. Com um lembrete: a realidade do programa vascaíno é a mesma de outros programas semelhantes.

O valor de R$ 7,56 obtido pela divisão de R$ 526.000,00 por 70.000 unidades vendidas, é muito baixo, tanto para cada camisa como pelo total de peças vendidas. Percentualmente, equivale a 3,75% de royalties.
Baixo, sem dúvida, ainda mais quando é comum dizer-se que esse percentual é de 10%. Mas, é isso mesmo?

Nem tanto, nem tanto.
Primeiro, o percentual de royalties no mercado varia entre 7 e 10% por unidade vendida. Às vezes um mesmo contrato pode ter diferentes percentuais para produtos ou situações, mas o que importa sabermos é que essa taxa varia dentro desses limites.

Segundo e mais importante: o valor pago ao clube tem como referência o preço de atacado, o preço que a fábrica cobra dos lojistas que vão vender a camisa e outros produtos aos torcedores. E esse preço, pessoal, nesses casos, é geralmente a metade do preço sugerido de venda. Ou seja, uma camisa que a loja vende por 200 reais custou a metade – 100 reais. E os royalties do clube, naturalmente, saem desse valor.
Portanto, a mesma conta lá de cima tendo por base o preço de atacado, dá-nos o percentual real dos royalties recebidos pelo Vasco: entre 7,5 % e 8%.
Ou seja, absolutamente dentro dos parâmetros de mercado.

Quanto aos preços de venda, por favor, antes de dizerem que são extorsivos, etc, lembrem-se que o vendedor agrega ao seu preço de compra:
- impostos;
- custos operacionais;
- custos financeiros;
- lucro.

É isso.
Ah, sim, quanto a reclamações a respeito desses preços, sugiro endereçarem-nas à Sra. Dilma Rousseff ou ao Sr. José Serra, um dos quais, muito provavelmente, será o próximo presidente de Pindorama. Ao escreverem a reclamação não deixem de citar “Custo Brasil” ou simplesmente “Carga Tributária” como o fato gerador da mesma.
Acreditem, eles sabem do que se trata, embora nada façam e dificilmente venham a fazer algo a respeito.

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43 Comentários para “Entendendo os royalties sobre as camisas”

Páginas: [3] 2 1 »

  1. 43
    FUNIOR SANTISTA:

    EMERSON, NÃO SEI SE VC VAI LEMBRAR, MAS DEIXEI UM POST ALGUNS DIAS ATRÁS SOBRE A PÉSSIMA QUALIDADE DOS UNIFORMES, PRINCIPALMENTE DO CORINTHIAS MOD 2 E 3. HOJE EM DIA SÃO RARAS AS EMPRESAS QUE TRABALHAM COM REVENDA E GANHAM 100% DE LUCROS EM CIMA DE SEUS ARTIGOS. A CARGA TRIBUTÁRIA REALMENTE É ALTA, MAS ACHO QUE EXISTE UM CERTO EXAGERO DAS LOJAS TAMBEM, QUE ABUSAM DA NOSSA PAIXÃO PELO NOSSO CLUBE. O QUE O GOVERNO PECA, E QUE EU SEMPRE ACHEI O MOTIVO DO AUMENTO EXAGERADO DOS PREÇOS DOS ARTIGOS DOS CLUBES (LEMBRO QUE COM R$ 200,00 A ALGUNS ANOS EU COMPREI AGASALHO, CAMISA, CALÇÃO, MEIÃO E BONÉ DO SANTOS F.C.) É O COMBATE QUASE CONINVENTE COM A PIRATARIA. COM ESSA PRAGA, MUITOS (QUE AS VEZES NÃO SABEM OU NÃO LIGAM O QUE VEM POR TRÁS DELA) DEIXARAM DE COMPRAR ARTIGOS ORIGINAIS. POR SUA VEZ, AS LOJAS COMEÇARAM A GANHAR MAIS EM CADA PRODUTO, E NÃO NA QUANTIDADE…. E COMO UMA ENORME BOLA DE NEVE, QUEM HOJE NÃO TEM CONDIÇÕES DE COMPRAR UMA CAMISA ORIGINAL, COMPRA UMA PIRATA, FAZENDO COM QUE ESSE PROBLEMA NUNCA TERMINE. TALVEZ SE O GOVERNO FOSSE MAIS INTERESSADO EM ACABAR COM A PIRATARIA, QUEM SABE AS EMPRESAS PODERIAM ABAIXAR OS PREÇOS OU LANÇANDO MODELOS ECONOMICOS COMO TEM NA EUROPA, E TUDO VOLTA-SE COMO ERA ANTES !


    Eu diria para você que uma loja ganha de dez a vinte reais, se tanto, por unidade. Porque, dos 200 reais, metade é o custo de compra. Sobre os outros 100 reais, você tem os custos da loja – aluguel, luz, água, seguro, segurança, uma infinidade de coisas e coisinhas – e os custos de pessoal, em parte pagos por comissão, geralmente. E tem os impostos, é claro, a única certeza da vida, além da morte.
    Ops, isso é válido para os Estados Unidos.
    :o )
    Ah, e os custos financeiros, claro. O lojista que vende por 200 em dez vezes sem juros no cartão, recebe quanto da administradora?
    Essa situação deve mudar à medida que o mercado crescer e, com ele, os ganhos de escala.
    EG

  2. 42
    COCIFLAM:

    Errei na conta e errei vergonhosamente.
    Na verdade, se o Flamengo vender um milhão de camisas por mes, faria 8 milhões por mes e aí sim a torcida seria a maior patrocinadora do clube, porque o clube iria faturar 96 milhões de reais.

  3. 41
    Herbert:

    A terceira camisa ficou muito bonita, tanto que já adquiri a minha. Não está tão cara assim como dizem, mesmo se tivesse compraria para ajudar o clube.
    Quanto à sua matéria Emerson Gonçalves, está muito boa. Sempre gostei de como argumenta de maneira consciente e preparada.
    Quanto ao comentário 39 do ******* flamengueiro “Leo Freitas”, sem comentário para você meu caro… além de não conhecer nada de futebol, de terceiras camisas e não ter bom gosto, ainda quer dar uma de grande empresário só porque está empolgado com sua empresinha de merda. Vai quebrar pra lá, *********! Nãó é assim que se replica um comentário do EG, precisa primeiro pesquisar pra não falar bobagem, Flamengueiro. Vai precisar de uma cruz no seu velório… Nem sabe porque aquela cruz está no uniforme do vasco porque não conhece nada da nossa história, *********.

  4. 40
    Gustavo Bizarria:

    Tudo bem, agora entendi o exorbitante valor da nova camisa do Vasco, mas só uma pergunta, cadê o número na camisa?
    Sinceramente pagar R$ 199, 90 e não ter direito nem a um número na camisa?Prefiro esperar para ver se virá quando lançarem com os patrocinadores e uma provável redução no valor de venda, já que teoricamente deveria baratear o custo.

  5. 39
    Leo Freitas:

    Emerson, ao responder a questão da carga de impostos em um comentário, acho que você deu uma certa exagerada. Uma pessoa que recebe um alto salário tem 27% de imposto retido (que é o máximo). Já uma empresa, paga menos. Na minha empresa, por exemplo, a carga tributária é de 16% e não 25-30% como você disse. Em outra que tenho conhecimento da carga tributária, empresa esta que o lucro está na casa dos milhões, paga 18% de impostos.

    Aliás, está “linda” a nova camisa do Vasco…não sabia que o clube está sendo patrocinado (ou recebendo caridade) pela da Cruz Vermelha…rsrsrsrs
    Aliás, não tem um preto nas cores do clube? Onde está essa cor na camisa?

    SRN

    Leo, um terceiro uniforme não precisa, necessariamente, manter as cores originais. Por isso é terceiro, quarto…
    Precisa é ser bonito, atraente, vendável e, se possível, mas não obrigatoriamente, manter algum vínculo com as tradições do clube.
    :)
    No caso da carga tributária há variacões de empresa para empresa, dependendo do porte, atividade, etc.
    Quando falo em carga tributária, refiro-me sempre ao total, tanto dos impostos diretos sobre vendas, como dos impostos indiretos. E, se levarmos a ferro e fogo, tem ainda o INSS. E isso inclui ISS – quando for o caso – e IPTU, por exemplo.
    Mas foi bom teu comentário, sempre é bom a gente receber informações, não importando se elas confirmam ou não as que temos. Como a tua não confirma, serve para eu conversar com outras pessoas ou pesquisar mais. Serve, também, para você, se for o caso, procurar se essa carga é total ou só direta.
    EG

  6. 38
    Fabiano Silveira:

    Gente quem é vascaino e acompanha a atual administração sabe que o vasco tinha uma divida antiga com a atual fornecedora de material esportivo a Penalty. e por isso se justifica a porcentagem menor para o vasco com certezsa deve ser para saldar dividas antigas deixada por gestões anteriores. Espero que alguem tenha ciência disso.

    Fabiano, como o Thiago informou no Primeira Mão, essa pendência antiga foi resolvida na assinatura do novo contrato.
    O Vasco recebe royalties de mercado, como os demais.
    EG

  7. 37
    celso:

    Muito produtivo o seu comentário, de maneira fácil e agradável de se ler. Muitos se esquecem que a fornecedora dos uniformes paga também um valor anual de contrato. Não sei a situação contratual do vasco mas sei que também de graça isso não sai. Ou sai?

    .
    .

    (Sem negrito)

    Nada sai de graça, Celso.
    Segundo informação do Thiago Lavina, no Primeira Mão -
    https://colunas.globoesporte.com/primeiramao/2010/03/27/vasco-recebe-so-r-751-dos-r-19990-pagos-pelos-torcedores-por-nova-camisa/
    o Vasco recebe praticamente 10 milhões de reais/ano.
    EG

  8. 36
    Marcos:

    Muito bonita essa camisa do Vasco, porém muito cara, pois a grande maioria das camisas oficiais dos clubles greandes do Brasil custa R$ 169,00.
    Quando vais fazer um post sobre a Arena do Gremio, agora que já esta tudo confirmado pela construtora e pelo clube.

    Abraço.

  9. 35
    Diego Carvalho:

    Em um país continetal como o Brasil,com um dos maiore PIB do planeta e com uma população de quase 200 milhões de habitantes. 150,00 R$ pode ser caro para uns mas pra outros não.Para mim que sou assalariado é caro ,mas para meu irmão que é servidor federal não é.hehehehehhe!

    Por exemplo,para minha namorada que quis me presentear,e não curte muito futebol é caro.Mas para o torcedor,que é apaixonado pelo clube,e quer ter um produto origianal,de qualidade e ainda ajudar o clube,vale o preço.Mesmo que tenha que fazer algum sacrifíco para isso.

  10. 34
    Eddie:

    Uniforme não ganha jogo, jogo se ganha com bons jogadores, comissão técnica competente e diretoria idem, porque Torcida nós temos pra “dar e vender”!!!!!!!
    Gostei!

  11. 33
    victor:

    então o revendedor tá levando 100 reais por camisa e o Vasco 8 reais. não tem essa de custo-brasil. se o custo-brasil fosse mais solidariamente dividido, entre fábrica, revenda, consumidor e detentor dos direitos, a camisa poderia ser mais barata sim e ainda dava uma margem melhor ao clube.

  12. 32
    Cociflam:

    O fornecedor de material esportivo corre muito risco num país como o Brasil onde a pirataria corre solta e ele pode não ter retorno nenhum.
    Na europa a venda de camisas é uma das principais receitas dos clubes de futebol, além das tvs, porque lá é no cabo e quem quiser ver jogo na tv tem que pagar.
    Nos EUA naqueles tempos do Mike Tyson e aquelas \"Bolsas\" de 100 milhões de doláres que ele recebia por cada luta também eram pagas pelas redes de tv a cabo e aqueles cassinos de Las Vegas que financiavam tudo com seus anúncios nas tvs que mostravam as lutas, que aliás, eram realizadas nos cassinos..
    Aqui no Brasil o pay per view está engatinhando e a pirataria come solta.
    A pirataria no brasil é tão forte que está acabando com as lojas de cds e dvs. Aqui no RIO se encontra produtos piratas em qualquer lugar e em São Paulo tem um shopping onde quase tudo é pirata, acho que é Pagé o nome do lugar, sem falar na famosa 25 de março que todo mundo sabe onde é
    Se um clube vender um milhão de camisas por ano e receber R$ 8,00 reais por cada camisa vendida ele receberá 96 milhões de reais por ano e isto sim seria um patrocínio, porque o clube seria patrocinado pelo próprio torcedor.
    Mas infelizmente o Brasil está muito longe disso !

    .
    .

    (Sem negrito)

    Curioso você falar das bolsas do Tyson.
    Foi justamente uma das primeiras – coisa de 28 ou 30 milhões de dólares – que fez-me ver que o mundo havia mudado. Já botei isso num texto que está parado até hoje. Qualquer dia eu posto.

    A Pagé é uma galeria, ali no bochicho da 25 de Março.
    Agora, infelizmente, Cociflam, tua conta está errada: 1 milhão de camisas por ano dá 8 milhões por ano.
    Por outro lado, é bom não esquecer que o contrato do Flamengo com a Olympikus tem uma garantia mínima que, parece-me, é justamente esse número de 1 milhão de unidades. Dessa forma, novos royalties só sobre as camisas que ultrapassarem essa marca.
    Vale dizer que essa garantia de 1 milhão parece-me única no Brasil.
    EG

  13. 31
    AMBROSIO:

    Ja tenho minha solução, Vou comprar uma pirata de qualidade e depositar 15 reais na conta do Vasco, Ajudo o clube e não sustento a camarilha que ocupa os governos federais , estaduais e municipais.. rsrsrsrsrsrssr

    .
    .

    (Sem negrito)

    Só falta você lançar essa moda, Ambrosio.
    :)
    EG

  14. 30
    franklin:

    PARABÉNS!!!
    EXCELENTE POST´…
    É A 1º VEZ QUE ENTRO NO BLOG E GOSTEI MUITO, POIS LEVANTA ASSUNTOS DE INTERESSE DE QUEM GOSTA DE FUTEBOL…
    DIFERENTES DE AMIGOS SEUS QUE PRREFEREM POSTAR FOFOCAS E ASSUNTOS
    REGIONALITAS…
    OBRIGADO… VIREI FREQUENTADOR…

  15. 29
    JO CA:

    Continuo achando que parece um time de padres.

  16. 28
    carlos:

    Sou flamenguista roxo, mas gostei da camisa3 do vasco e comprei!É muito cara, e vou mandar o lula tomar providencias com relação a isso!

  17. 27
    angelo batsef neto:

    Otimo post , contudo nossos prováveis futuros governantes precisam antes resolver o maior mal , a corrupção , sem isto não há como diminuir o custo Brasil.

  18. 26
    sergio morais:

    Sou vascaino e uso uma camisa do meu time com orgulho e muito zelo, mas tb sou comprador atento, nao posso permitir que abusem da minha paixao, o vasco, nao posso comprar uma camisa por 199,00 quando falo nao posso é por consciencia e nao por dinheiro; tem muita gente mamando e vejo agora que quem menos mama é quem deveria mais um pouco. o imposto do governo tb mata o preco. muito sangue suga!!

  19. 25
    Fabio Valente:

    Ótimo post! Fica claro que as camisas são caríssimas, que os tributos são absurdos e que o clube ganha muito pouco com elas mas pelo menos ganha algo.
    Tenho várias camisas de diferentes épocas do Vasco mas há 7, 8 anos não comprava uma pois acha todas horríveis. Nos últmos 6 meses comprei 2, a da subida e o terceiro uniforme. Isso gera receita, espaço na mídia e divulgação.
    Quanto a terceiro uniforme, achei lindo, lembra um cavaleiro Templário, com a Cruz de Cristo usada por Vasco da Gama. Só acho que faltou o escudo do clube, talvez na manga.

  20. 24
    Phillipi Labanca:

    Entretanto, mesmo sendo o valor de atacado, creio que o clube não erra somente na estratégia de precificação em royalties (acho que poderia ser 7%, bem no mínimo), mas, sobretudo, sabendo que possui classificações de público-alvo diferenciadas, porque não ofertar camisas a valores menores a um custo menor (para a massa Vascaína) e ganhar em escala de venda e distribuição agressiva do Chuí ao Acre? O percentual poderia ser menor, ok, que fosse 3%, mas ganharia na distribuição para um consumidor ou cliente apaixonado, leia-se torcedor que ganha no máximo um salário mínimo ou dois (realidade da massa de país em termos de renda familiar).

    Fico triste por saber das possibilidades inovadoras, aliás, renovadoras que o Marketing poderia implementar, mas não o faz. Deprimente!

    Agora só investir no público de classe A ou B+ e, ainda levar somente R$7,51 é tristonho profissionalmente. Afirmo, poderia ser maior! O erro é de estratégia, e claro, consequentemente, da marca do Clube imensamente tradicional.

    Grato mais uma vez.

    ==
    Parece que não, mas o Brasil é um país caro, Phillipi.
    Nossos custos de distribuição são muito elevados, seja por distâncias, seja por segurança, seja por baixa qualidade de estradas e consequente desgaste acelerado dos meios de transporte, seja, finalmente, por nossas,ainda, pequenas escalas de produção.
    Esses produtos oficiais têm custos agregados grandes, também, e produzir peças de qualidade inferior e custo menor (quão menor seria?) não é bem visto pelo consumidor.
    Como disse-me um dos principais executivos da área, o consumidor-torcedor prefere comprar a camisa oficial em 10 vezes sem juros no cartão do que comprar outra barata, à vista, mas de qualidade inferior à oficial.
    Esse é um ponto importante.
    EG

    ==

    Respondendo acima:

    Concordo plenamente com os argumentos referente a custos, sem sombra de dúvida é um país caro, com margens altas e impostos absurdos também. A comercialização, divulgação e distribuição não é a minha dúvida, mas indago, questiono o desenvolvimento do produto não ser de inclusão, mas de exclusão de uma grande maioria consumidora. O próprio Presidente prometeu ter uma camisa a um preço para a massa Vascaína e até agora nada fez. Enquanto issom a camisa do Internazionale de Milão da Nike (bem parecida por sinal) está a 90 Reais em uma loja em um grande shopping da Zona Sul Carioca.

    Acompanho o clube constantemente e identifico inúmeras pessoas usando camisas falsificadas (de R$50 a 80) nas arquibancadas e ruas, não a minoria classe A/B). Elas são de todas as épocas da Penalty, da antiga Champs, e por quê? Quando menciono várias, estou citando um dado de a cada, mais ou menos, 50 pessoas, quase a metade não usa um material oficial. A que preço poderíamos ofertar algo a um valor OFICIAL a um torcedor, e assim ganhar em volume de vendas? Adorei a iniciativa do clube em criar a terceira camisa diferenciada, mas por que não criar uma tecnologia, não barata, de qualidade desprezível, mas algo idêntico sem a alta qualidade que um atleta necessita? Uma camisa para um pai de família que não vai precisar suar 90 minutos, mas que aos seus olhos não a diferenciaria da oficial. Basta um preço mais mais acessível a massa Vascaína. Ou seja, nada de qualidade inferior, mas algo parecido visualmente e de tecnologia adaptada ao uso de quem compra. O próprio técnico têxtil da Penalty disse que essa camisa é a mais evoluída do país. O torcedor necessita de tal tecnologia ou ele somente deseja colocar algo mais acessível, oficial para torcer com seu filho, amigos e cia? Se existe a terceira camisa diferenciada em termos de design, por que não uma camisa de tipo diferente (ex.: Dry fit?) A massa está comprando ao lado do estádio, no centro da cidade, no subúrbio, nas periferias a falsificada e assim, perde-se a oportunidade de incluir a maioria que compra. Ah! E ela compra, e muito (classe B-/C/D), você sabe disso.

    Isso é impossível de ser realizado? Parcelamento não pode ser a fuga para a resposta.

    Emerson G, isso não acontece. Somente cria-se produtos para o topo da pirâmide. Não sou o indivíduo sensível a preço, mas percebo nas ruas a realidade nua e crua, por falta de preços acessíveis e distribuição adaptada.

    Só um desabafo. Obrigado pela conversa. Forte abraço.

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