As dívidas dos clubes brasileiros e como se dividem

qui, 04/02/10
por Emerson Gonçalves |

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Estamos já no início de fevereiro. Os clubes têm prazo legal até 30 de abril para apresentarem e publicarem seus balanços. O mesmo ocorre com as federações e com a confederação. Alguns balanços são expostos publicamente, sem pejo, sem medo. Outros permanecem escondidos. São publicados em veículos obscuros e o acesso a eles pelo torcedor não versado nas artes & manhas do assunto é simplesmente impossível. Eu mesmo, embora com um certo traquejo nessas caçadas, até hoje não botei os olhos sobre alguns balanços coroados. Um deles, por sinal, é de todos o mais coroado e um dos maiores em números de entrada de dinheiro: o balanço da confederação. Isso mesmo, o balanço da CBF. Dizem que ele existe, há, inclusive, quem jure a respeito e até dizem já ter sido visto. Eu, entretanto, não consegui tal proeza. Nem mesmo pedindo à confederação cópia do mesmo. Não entendo o porquê disso, pois, afinal, dizem que o balanço é belíssimo em seus números, todos azuis, mais que isso, azulões.

Não conseguir certos balanços não é privilégio somente meu. Alguns, aparentemente, são mais bem guardados que os novos “papeis do Pentágono” que tanta celeuma renderam décadas atrás.

Até 2002 e a publicação da MP 39, que tornou obrigatória a publicação de balanços e a contratação de empresas de auditoria pelos clubes, a maioria, para não dizer a quase totalidade, não publicava seus balanços. A exceção a essa regra sempre foi o São Paulo, cujos balanços são publicados desde 1956.

Os números e as prestações de contas ficavam sempre em petit comité nos clubes. Nos mais avançados e progressistas, chegavam até o Conselho e daí não passavam. Esse conhecimento restrito das práticas administrativas de inúmeros clubes levou ao estado em que muitos se encontram hoje, com dívidas da ordem de dezenas e dezenas de milhões de reais com o fisco. Depois da MP 39 e do Estatuto do Torcedor, o futebol brasileiro começou a entrar, lenta, muito lentamente, numa nova fase. Estamos em transição e ela é dolorida, é sofrida. Um grande exemplo de correção foi dado pelo presidente do Vasco da Gama, Roberto Dinamite, que depois de empossado vasculhou as contas do clube e revelou seus verdadeiros números, escondidos durante anos e anos, iludindo a torcida e a sociedade.

Apesar dos avanços, ainda hoje é complicado buscar por informações nos balanços dos clubes. Alguns são bem elaborados, mostram as informações de forma relativamente acessível. Nesse ponto, novamente o balanço do São Paulo, o primeiro a adequar-se às novas determinações legais para publicação de balanços, definidas em 2006, continua servindo como modelo. Mesmo alguém sem muita intimidade com as normas e linguagem contábeis consegue ler o balanço e entender o principal.

Enquanto a safra com os novos números referentes ao ano de 2009 não aparece e pode ser colhida, vamos dar uma olhada nos números das dívidas dos clubes no ano de 2008. Esse assunto foi tema de matéria do portal GloboEsporte em agosto, a partir de trabalho realizado pela Casual Auditores na época; dê uma olhada, clique aqui. Na matéria, o portal enfatizou as dívidas dos clubes cariocas e listou os passivos totais – circulante e exigível a longo prazo – de 21 clubes brasileiros.

Para esse post contei também com o auxílio da Casual Auditores, através do Carlos Aragaki, que depurou os passivos dos clubes das obrigações corriqueiras do dia-a-dia, deixando somente os grandes números considerados efetivamente como dívida (ainda assim, em função dos lançamentos feitos em seu balanço, os direitos de imagem e outras despesas correntes do São Paulo foram arroladas tanto no circulante – obrigações a vencer em até 360 dias – como no exigível a longo prazo, o que infla um pouco o valor da dívida tricolor).

A melhor parte do trabalho desenvolvido pelo Carlos Aragaki e seu pessoal da Casual, foi a divisão dessas dívidas em três categorias:

- Fiscais: as dívidas com o governo federal (quase que exclusivamente), referentes ao não pagamento de tributos diversos, inclusive INSS e IR; a  maior parte desses débitos está com seus pagamentos negociados no acordo da Timemania.

- Contingências: compreende as dívidas trabalhistas – a grande maioria nesse item – e dívidas cíveis.

- Empréstimos: dinheiro tomado nos bancos ou adiantado via Clube dos 13 e federações; no caso, como já explicado neste e no velho OCE, a parcela a receber futuramente sai via empréstimo bancário, devidamente aprovada pelo Clube dos 13 e Rede Globo e GLOBOSAT; grande parte da dívida do Clube Atlético Mineiro com seu ex-presidente, Ricardo Guimarães, está nesse item.

Entendendo os números

Sem entrar nas minúcias contábeis e repetindo um pouco o que já foi dito há pouco, vamos ao básico: dívida é tudo que uma empresa ou uma pessoa tem que pagar. Nos balanços, ela aparece no passivo, dividida em duas partes: o passivo circulante e o exigível a longo prazo. No primeiro caso temos os compromissos a pagar em até 360 dias. No segundo caso, como já diz o nome, temos as dívidas de longo prazo, superiores a 360 dias.

Alguns valores que entram nos balanços corretos, feitos como manda o figurino, poderiam até não ser chamados de dívidas. É o caso, por exemplo, dos direitos de imagem dos atletas, que na prática é considerado como parte da folha de pagamento mensal. No dia-a-dia, esse tipo de obrigação não é encarado como uma dívida, assim como não é encarado como dívida o salário a ser pago futuramente a um funcionário.

Na tabela a seguir, vocês poderão ver os passivos totais dos clubes e os passivos já depurados dessas despesas citadas:

Clube

Passivo total

Passivo depurado

Proporção

Vasco

377.854

308.120

81,5%

Flamengo

333.328

278.288

83,5%

Fluminense

320.721

272.912

85,1%

Atlético MG

283.334

267.787

94,5%

Botafogo

265.424

218.952

82,5%

Corinthians

255.164

118.294

46,4%

Palmeiras

197.229

55.083

27,9%

Internacional

176.906

126.697

71,6%

Santos

175.565

134.280

76,5%

Portuguesa

155.598

*

Grêmio

154.638

108.460

70,1%

São Paulo

148.380

143.282

96,6%

Cruzeiro

131.578

84.729

64,4%

Vitoria

91.313

*

Coritiba

52.994

54.587

103,0%

Náutico

49.857

44.844

89,9%

Atletico PR

37.028

23.162

62,6%

Paraná

27.303

26.246

96,1%

Figueirense

10.940

9.330

85,3%

São Caetano

3.137

2.068

65,9%

Barueri

539

534

99,1%


A próxima tabela é a mais interessante e que merece um olhar mais atento de cada torcedor. Ela mostra como é a composição dessas dívidas em cada clube.

Clube

Passivo *

Fiscais

%

Conting

%

Emprest

%

Vasco

308,1

99,2

32,2

111,1

36,1

97,8

31.7

Flamengo

278,3

201,5

72,4

36,5

13,1

40,3

14,5

Fluminense

272,9

140,3

51,4

132,6

48,6

0,02

0

Atlético MG

267,8

138,3

51,6

23,5

8,8

106,0

39,6

Botafogo

219,0

132,8

60,6

71,8

32,8

14,4

6,6

Corinthians

118,3

48,6

41,1

17,2

14,5

52,5

44,4

Palmeiras

55,1

39,5

71,7

0

0

15,6

28,3

Internacional

126,7

120,1

94,8

2,4

1,9

4,2

3,3

Santos

134,3

90,8

67,6

2,2

1,6

41,3

30,8

Grêmio

108,5

76,7

70,7

17,9

16,5

13,9

12,8

São Paulo

143,3

95,9

66,9

2,5

1,8

44,9

31,3

Cruzeiro

84,7

65,7

77,5

1,4

1,7

17,6

20,8

Coritiba

54,6

35,6

65,2

5,0

9,2

14,0

25,6

Náutico

44,9

28,9

64,4

14,1

31,4

1,9

4,2

Atlético PR

23,1

7,8

33,7

4,5

19,5

10,8

46,8

Paraná

26,2

16,6

63,4

9,3

35,5

0,3

1,1

Figueirense

9,3

8,4

90,3

0,9

9,7

0

0

São Caetano

2,1

0,3

14,2

0,1

4,8

1,7

81,0

Barueri

0,5

0,001

0

0,5

100,0

0

0

Totais

2.277,7

1.347,0

59,1

453,5

19,9

477,2

21,0


A primeira informação que salta aos nossos olhos é velha e bem conhecida: nossos clubes devem para a sociedade. Há quem diga que eles devem para o governo. Há quem diga, com mais acerto, que eles devem para o Estado. Eu prefiro dizer que devem para a sociedade, pois o governo é mera ferramenta transitória (ou assim deveria ser) na administração do Estado, enquanto que este é tão somente o braço organizado da própria sociedade para gerir seus negócios. O governo somos nós. O Estado somos nós. Esse conceito é um conjunto vazio no Brasil, mas algum dia precisará ser preenchido. Nesse dia, quem sabe, cédulas numa cueca ou numa meia & assemelhados, será motivo de profundo opróbrio e levará ao degredo moral e político de quem com isso se envolve. Por enquanto, porém, essas insignes figuras continuam governando e legislando sem maiores conseqüências, afinal, a sociedade não sabe que o governo é mero servidor dela e não o contrário, e que o Estado nada mais é que seu braço operacional, jamais o seu cérebro.

Considerando os números de 2008 – estes são os números oficiais disponíveis; qualquer coisa fora deles não é oficial e não tem valor para análise, lembrando que esses balanços são peças legais, devidamente auditados e dignos de fé; até prova em contrário, claro, mas se não há prova, então eles representam a verdade – nossos maiores clubes tem um passivo (depurado) total de 2.277.700.000 ou, trocando em miúdos, 2,27 bilhões de reais.

Desse total, as dívidas com o fisco representam bem mais da metade – 59,1% – ou seja, 1,35 bilhão de reais. Lembram da história de não precisar apresentar balanços e os números ficarem restritos a meia dúzia de iniciados nos clubes? Em boa parte por isso chegamos a esse ponto.

Aqui, porém, há dívidas que não são desse tipo.

Se o coração tem razões que a própria razão desconhece, o estado tupiniquim tem impostos, normas e decretos que o próprio fisco desconhece, tamanha a quantidade e diversidade. Isso levou a muitas cobranças julgadas indevidas pelos clubes, principalmente em transferências de atletas para o exterior, que foram contestadas judicialmente. Quando se fez o acordo Timemania, o governo exigiu que os clubes reconhecessem todas as dívidas para poder participar. A contragosto isso foi feito. Então, nesse imbróglio todo há dívidas que, provavelmente, a justiça decidiria a favor dos clubes. O Sindicato dos Clubes entrou na justiça e conseguiu uma liminar que, pelo que sei, ainda não foi julgada.

Os restantes 40% dividem-se de maneira quase igual entre as dívidas contingenciais e as financeiras. No primeiro caso o que mais aparece são as dívidas trabalhistas. Há enxurradas delas, a maioria com apoio legal. Outras, são questionáveis, como cobranças de horas extras pela concentração, participação em direito de arena acima da taxa combinada com os sindicatos, etc. No geral, porém, a maior parte dessas ações resultarão em sentenças pró-atletas, pois os clubes não primam pela correção nos pagamentos a seus funcionários.

Virou uma prática comum rolar dívidas através de adiantamentos de direitos de TV. Uma verdadeira festa. Há clubes que pouco têm a receber inclusive em 2011, pois já engoliram parte de suas receitas. E em 2011 teremos um novo drama se desenhando: os adiantamentos sobre o BR, que representam a maior parte dessas operações, não poderão entrar em 2012, pelo simples motivo que o contrato que dá guarida a todas essas operações terminará em 31 de dezembro de 2011. E sem a guarida de um contrato não há adiantamento, pois não há garantia. Isso desmistifica, ou deveria desmistificar, o tal de “rabo preso” dos clubes com a TV por conta de adiantamentos. Mas não acontecerá, afinal, a tese do “rabo preso” é muito mais simples e simpática de ser explorada. Aliás, em 2008, Flamengo e São Paulo brigavam, juntamente com o Corinthians, por mudanças no contrato que estava em discussão para a cessão dos direitos a partir de 2009. Premido pela falta de dinheiro e a necessidade de obter recursos o mais rápido possível, o presidente do Corinthians assinou o novo contrato sem sequer avisar seus colegas. Isolados, Juvenal Juvêncio e Marcio Braga também assinaram. O “velho” OCE comentou esse fato à época. Voltando aos números das dívidas: essas operações representam boa parte desses empréstimos, sendo a outra parte referente aos emprestadores clássicos de dinheiro, pelas vias clássicas: os bancos.

Ainda é um pouco cedo analisar essas divisões, embora tenhamos os números relativos a 2007. Todavia, tão logo saiam os balanços, teremos melhores condições para análise, com três anos em perspectiva. A Casual Auditores já tem programado um trabalho comparando as dívidas dos clubes brasileiros com as dos clubes europeus e tão logo ele saia será mostrado aqui. Pelo que andei vendo nos últimos tempos, há uma certa latinidade nesse negócio de dever para o fisco. Sei lá, talvez não vejamos com bons olhos essa coisa de pagar tributos, o que talvez indique que temos todos um bocado do sangue galês de Asterix & Cia.

Enquanto isso, cada torcedor pode dar uma olhada nos números e ver a composição da dívida de seu clube e como ele está em relação à média dos clubes brasileiros.

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800 Comentários para “As dívidas dos clubes brasileiros e como se dividem”

Páginas: [40] 39 38 37 36 35 34 33 32 31 301 »

  1. 800
    bianca aparecida de almeida:

    isso não é bom botafogo não gosto

  2. 799
    Anderson:

    Tá aí minha gente é a prova que o timeco mineiro da camisa rosa, fala muito através de seu eterno falastrão presidente alexanre kalil.O fato é que eles são eternos sofredores e que a unica emoção que eles tem é ver ocruzeiro perder jogos na libertadore, e ver o timinho deles escapar do rebaixamentos na ultima rodada do brasileirão. Nenhum atleticano é atleticano por que quer mais sim porque seus pais o vestiram a camisa rosa quando ainda não conseguem recusar porque ainda não conseguem falar.Assim eles continuam eternos endividados.

  3. 798
    carlos:

    Esta empresa (BDO RCS) que fez o a análise das dívidas é imcompetente ou mau intencionada. No site do galo, o balanço está disponivel, é há no passivo uma conta de impostos diferidos de mais de 200 milhoes… nas notas explicativas discriminadas como irpf e outros impostos diferidos. pra quem não entende, este valor é o calculo do imposto referente ao ativo do atlético, em uma futura alienação… ou seja, se o galo vender todo seu ativo hoje, então este seria o valor dos impostos referente a esta venda. Isto não pode ser considerado endividamento.


    Carlos, guardei teu comentário e vou voltar a ele quando ler o balanço do Galo.
    Como você e outros perceberam, estou “ligeiramente” atrasado.
    Quanto às dívidas, eu prefiro trabalhar com a dívida líquida e, de preferência, separando o que é despesa corrente futura (direitos de imagem, por exemplo), que podem ou não vir a se realizar, das dívidas propriamente ditas, aquelas que ou paga ou paga.
    :o )
    EG

  4. 797
    Guilherme:

    Sou atleticano e fiquei surpreso com os valores divulgados BDO RCS no qual fala que a divida do atletico ja no ano de 2009 era de 496 milhoes e no ano de 2010 524 milhoes.

    De acordo com o numero que vcs divigularam a divida do atletico no ano 2009 era de 283 milhoes.

    Queria saber em que acreditar ou vc podia falar qual e o motivo para uma diferenca tao grande nos numeros.

    Na verdade, os numeros apresentados aki, sao completamente diferentes do estudo apresentado pela BDO RCS.

    Tomara que voce comemte alguma coisa ou qualquer um para poder dar uma luz.

    ABS a todos

  5. 796
    antonio:

    Comentário deletado por extrema falta de educação do autor.
    Falta de educação em todos os sentidos, o que é mesmo lamentável.
    EG

  6. 795
    luis:

    Algumas pessoas acham que a diferença entre o futebol brasileiro e o europeu está em relação à moeda, que aqui se paga em real e lá se paga em euro. Na verdade, não é isso. É gestão, mesmo, pois entre os países em que o futebol é muito praticado, somos o quarto PIB. Se por um lado somos nota 10 em revelação de jogadores, somos 0 em gestão esportiva, pois vemos clubes sendo administrados de maneira precária, pagando salários muito altos a jogadores que treinam quando e quanto querem e ainda por cima mandam no clube, torcidas organizadas mandando em dirigentes, Romário de técnico, camisa de alguns times que parece página de classificados, dirigentes que acumulam dívidas gigantescas sem se importar com o sucessor, “parcerias” que saem levando o dinheiro do clube…

  7. 794
    José Carlos:

    Bom se e verdade que o Flamengo tem 36000000 de torcedores que tal a Patricia Amorim fazer uma campanha para quitar esta divida daria uma bagatela de R$ 10,00 por tocedor ainda sobraria dinheiro.

  8. 793
    ADEMIR:

    MEUS PARABÉNS A TODOS VOCÊS SÃO MUITO EDUCADOS.

  9. 792
    zé galo:

    Todos vocês que gostam de falar do atlético mineiro, o glorioso das alterosas, não se esqueçam que os “perrelas” varrem a sujeira pra debaixo do tapete. Vocês verão quando eles deixarem o cruzeirinho efeminado, o rombo irá calar as suas boquinhas de gazelas retumbantes e não se esqueçam que “toda arrogância será castigada”. Deixa quieto, o tempo irá dizer. ABRAÇOS!

  10. 791
    ÍTALO:

    -EMERSON A MAIOR DIVIDA É DO VASCO CERTO. PRÉM SE DIVIDISEMOS A DIVIDA DOS 10 MAIORES CLUBES DO BRASIL PELO NUMERO DE SUA TORCIDA O TORCEDOR DO FLUMINENSE SERIA O MAIOR DEVEDOR seguidos do Botafogo,Atletico Mg, Vitória, Vasco, Inter, Santos, Gremio, Cruzeiro, Palmeiras, Saão Paulo, Corintinhas e Flamengo.

  11. 790
    ÍTALO:

    EMERSON A MAIOR DIVIDA É DO VASCO CERTO. PRÉM SE DIVIDISEMOS A DIVIDA DOS 10 MAIORES CLUBES DO BRASIL PELO NUMERO DE SUA TORCIDA O TORCEDOR DO FLUMINENSE SERIA O MAIOR DEVEDOR seguidos do Botafogo,Atletico Mg, Vitória, Vasco, Inter, Santos, Gremio, Cruzeiro, Palmeiras, Saão Paulo, Corintinhas e Flamengo.

  12. 789
    Sergio:

    É engraçado falar-se de custo Brasil. Aposto como ninguém que postou aqui lembra que o governo subsidia a assistência à saúde (mediante renúncia fiscal) e banca um sistema de saúde que embora tenha diversos problemas oferece assisTência muitas vezes de qualidade excepcional. Eu pago meus impostos, assim como quase todos os assalariados. Dizer que os impostos são muitos não é desculpa para que alguns paguem e outros não. Se ser dirigente de clube não fosse, pessoalmente, um bom negócio para nossos dirigentes, por que tantos abandonariam seus lucrativos negócios pessoais para assumirem os clubes? Amor pelo clube? Não me façam rir. Cada centavo devido à sociedade (gostei dessa) tem que ser pago e os dirigentes que criaram a dívida ou a geriram sem responsabilidade e profissionalismo devem ser processados e punidos.

  13. 788
    sebastiao sena:

    bom dia. olha eu sou botafoguense. e acho q tem mais coisas a serem discutidas no pais do futebol. ex. arbitragens, q vergonha o botafogo foi roubado em duas decisões no carioca p/ o urubu. e a fifa tem todos os momentos das decisões na mao e nao toma neuma providencia e com isso os corruptos do futebol continuao comprando resultados por ai. deveriam é cada juiz q for constatado ladroa. pagar pelo prejuiso q tal equipe sofreu com sua malandragem. han? q acham disso? esta federaçao do rio q me desculpe. mas esta com os bolsos lotados. até mais q um politico ladrao do mensalão . abraços botafogeunse.

  14. 787
    Carlos:

    Caro Emerson,
    Excelente texto. Estou sempre atento a falta de transparencia e profissionalismo com que sempre foram tratadas as contas do meu Glorioso BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS. Posso dizer que temos MUITO, mas muito que melhorar. De qualquer forma, ha dentro do clube uma fiscalizacao cada vez maior das decisoes tomadas pela diretoria e tenho certeza que nos, socios e torcedores, conseguiremos avancar na melhora da administracao do BOTAFOGO e na transparencia de nossos numeros. Essa e nossa obrigacao, ja que como devedores da sociedade temos que prestar contas de todos os nossos atos. PROFISSIONALISMO e TRANSPARENCIA sao os pontos principais para tentarmos tirar a nossa instituicao da situacao em que se encontra. Muito TRABALHO ha pela frente mas vamos vencer este desafio de quitar os nossos passivos e fazer um BOTAFOGO FORTE e VENCEDOR. Parabens pelo assunto abordado e desculpas pela falta de acentos e cedilhas. Grande abraco, Carlos.

  15. 786
    Carlos Magno Parada:

    Prezado Amigo

    Gostei do movimento feito em relação as dividas dos clubes, porem todos os dirigentes não para de fazer besteira com respeito a contratações de jogadores onde é possivel pagar uma fabula a determinado atleta, quando a receita do clube é bem fora da realidade em termo de finança.Voce fez uma grande coisa de expor esta situação que vive escondida da população. meus parabens se for possivel conta comigo para apoiar seu trabalho que é benefico para nos torcedores. Abraço do Botafoguense.


    Obrigado, Carlos.
    Abraço.
    EG

  16. 785
    Eduardo M:

    Emerson ,

    Essa é boa e eu ouvi de um amigo , membro do conselho deliberativo do Botafogo. Vamos lá :

    O BOTAFOGO ESTÁ JOGANDO A TOALHA COM O ENGENHÃO.

    Isso mesmo. Existe uma enorme corrente dentro do clube que acha mais vantajoso repassar a concessão do estádio para um outro grupo e voltar a jogar no Maracanã , do que continuar assumindo um custo fixo , entre aluguel e manutenção , de mais de R$ 500 mil por mês , ou seja , 10% dos recursos totais do clube no ano. Segundo esse meu amigo , o grupo já é inclusive majoritario dentro do conselho. O presidente Mauricio Assunção estaria querendo que dessem a ele uma formula juridica para “fazer o repasse da concessão de uma forma sutil”.

    O grupo que está interessado na concessão do Engenhão é da area de entreterimento. Parece , segundo ele , que está pegando o fato de que , pelo edital , qualquer grupo tenha que estar ligado a um clube. É esse o ponto que pega , pois os conselheiros do Botafogo querem a volta do clube ao Maracanã , onde o clube nada desembolsava para jogar lá , já que havia uma conta corrente para cada clube. Os prejuizos eram acumulados e se descontava dos lucros.

    Lamento, mas não me surpreende.
    Quando saiu a licitação, fui a favor que os três clubes sem estádio criassem uma empresa e administrassem o Engenhão em conjunto. Braga e Horcades, todavia, tiveram posturas pequenas e sem visão, ou simplesmente acomodadas.
    Na época, a manutenção do Morumbi custava 4 milhões anuais ao São Paulo, quase 400 mil mensais. Por ser o Engenhão menor e moderno, imaginei para ele uma despesa mensal na casa de 200 mil, talvez um pouco menos. Fiquei surpreso, aí sim, quando soube que era muito mais que isso.
    Para viabilizar o estádio, o Botafogo precisava jogar, ele mesmo ou outros clubes, pelo menos uma vez por semana, duas, idealmente. Novamente, para minha decepção, a postura de Flamengo e Fluminense em nada contribuiu para essa viabilização, a ponto de surgir um projeto de arena – mais uma – na Ilha do Governador. Haja dinheiro…
    Enfim, se de fato acontecer, acho que acabará sendo melhor para o Botafogo, desde, é claro, que o custo anual esteja nessa faixa absurda de valor.
    EG

  17. 784
    Renato:

    Caro Emerson,
    Li atentamente toda a decomatéria e alguns comentários e gostaria de parabenizá-lo, principalmente, no que diz respeito às categorias das dívidas dos clubes. O meu clube, Botafogo, tem uma das maiores dívidas fiscais e isso pode ser justificado pelos altos impostos que são cobrados “há muitos anos” em nosso país aliado à alta média dos salários dos jogadores e ao baixo número de sócios. Esses salários, legalmente, não podem sofrer reduções, portanto a solução é outra. E acerca dos altos impostos do país, é muito complicado administrar um país com o histórico do nosso, corrupção desde os primórdios, fracassadas tentativas de mudança no plano econômico, política submissa aos interesses de instituições estrangeiras, há pouco tempo FMI e Banco Mundial…privatização desnecessária e extremamente duvidosa do patrimônio da nação…Enfim, outras medidas como as citadas MP 39 de 2002 e o estatuto do torcedor têm que ser tomadas para salvar o futebol brasileiro do domínio dos interesses de empresários que usam a estrutura dos clubes para formar o jogador ou apresentá-lo e o negociam deixando nada ou a menor parte do montante nos times, das administrações mafiosas que escondem balanços ou os maquiam (o que ocorre desde a maior instituição do esporte no BR), e é claro da imprensa monopolizadora!!
    Abraço!


    Faltam soluções, sobram problemas…
    Como você disse, Renato, temos um triste histórico, mas temos que mudá-lo (hoje, infelizmente, a sociedade civil parece meio anestesiada, a ponto de meias e cuecas nada mais provocarem). Bem ou mal, mais ou menos devagar, as coisas estão melhorando no futebol. Um olhar sobre os últimos 10 anos permite constatar uma melhora.
    Os clubes, entretanto, deveriam estar mobilizados de fato e mobilizando seus torcedores, para mudar e melhorar a Timemania, ainda a solução menos dolorosa para todos, para a sociedade.
    EG

  18. 783
    rafael:

    para rodrigo ferreira,
    moro fora do pais e no computador, no qual eu digitei, nao tinha teclas como no Brasil, fiz o melhor que eu pude,
    e tenho mais, nao sou flamenguista e por sinal odeio o flamengo….
    tenho certeza que meu portugues, ingles, espanhol e frances sao melhores que o seu.
    obrigado

  19. 782
    Jimmy:

    Lendo os comentários aqui, fico impressionado como as pessoas não conseguem opinar e a ler opiniões contrárias, sem se agredir verbalmente. Mostrando uma total incapacidade de discussão em alto nível. O que está em questão aqui não é se time A, B ou C tem mais ou menos capacidade de fazer ou pagar divídas, e sim mostrar um panorama macro de como os dirigentes tupiniquins são incapazes de gerir e tomar decisões. O resultado da falta de planejamento, profissionalismo e competência. Esse é o pais do futuro, Brasillllll… Lamentável.

  20. 781
    bendlin:

    o flu só subiu da C pra A direto porqeu foi o primeiro time grande a cair se fosse o flamengo no seu lugar não seria diferente

Páginas: [40] 39 38 37 36 35 34 33 32 31 301 »

 



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