Pontos corridos: preferência do torcedor paulista

seg, 23/11/09
por Emerson Gonçalves |

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Volto à tecla dos pontos corridos. É assunto chato? Sim, para alguns é mesmo muito chato, mas, para azar desses, eu mesmo nada vejo de chato nessa discussão, pelo contrário. Volto a esse tema em função de uma pesquisa muito interessante. Ela foi feita pela APPM, empresa tradicional no mercado, e teve como tema a posição do torcedor paulista em relação aos formatos “pontos corridos” e “mata-mata”.

Embora seu alcance seja limitado – foi feita somente no estado de São Paulo – nem por isso deixa de ser interessante.

E por que somente em São Paulo? Pesquisas são trabalhos extremamente caros. Opa, deixa reformular: pesquisas são trabalhos que têm custos elevados, principalmente na captação, no levantamento dos dados. Muitos trabalhos interessantes são feitos numa base rotineira por alguns institutos. Por motivos diversos, eles mantêm equipes permanentes levantando dados sobre os mais diferentes assuntos, seja por semana, quinzena ou mês. Com isso, não somente os institutos mantêm profissionais especializados trabalhando regularmente, como também constroem excelentes bases de dados. Algumas empresas fazem isso nas sete maiores praças consumidoras do país. Outras, em localidades específicas e outras, ainda, em estados isolados, como é o caso presente.

Foram ouvidas 1.000 pessoas em todo o estado de São Paulo, por telefone, de ambos os sexos, acima de 16 anos de idade. O número de entrevistados foi proporcional, naturalmente, à participação de cada região no total da população do estado. A margem de confiança da pesquisa é de 95,5% e sua margem de erro está entre 2% e 3%.

É comum as pessoas questionarem as pesquisas, principalmente o tamanho das amostras. “Pô, mas só mil pessoas? O estado tem quarenta milhões de habitantes, cara!”

Pois é, mas como diz o povo das pesquisas, quando você faz um exame de sangue, é recolhida somente uma amostra com dez, vinte, trinta mililitros e é o bastante para saber a quantas anda a tua saúde. Já imaginou se para fazer o exame todo o sangue do corpo tivesse que ser examinado?

É uma tendência natural desacreditarmos de tudo que não combina com nossa visão de mundo, nossas preferências. Isso num primeiro momento, que, em alguns casos, dura a vida inteira, o que já é sinônimo de cabeça dura. Uma pesquisa mostra um panorama de um dado momento.  Se bem feita, e elas são cada dia mais bem feitas, ela cobre toda uma população através de uma amostra que, aparentemente, é pequena. Bom, vamos à pesquisa.

A primeira pergunta feita pelos pesquisadores foi se o entrevistado acompanha o Campeonato Brasileiro, que resultou em 55% de respostas positivas, com 43% respondendo que não costuma acompanhar e 2% não responderam. Das pessoas que responderam que acompanham, 72% são do sexo masculino, enquanto 59% dos que disseram não acompanhar são do sexo feminino. Ficando agora com a freqüência, 47% de quem acompanha o BR o faz sempre e 18% na maioria das vezes.

Observação importante: embora a pesquisa também aponte alguns resultados pelo total de entrevistados, considerei para este post somente as opiniões dos que declararam acompanhar o Campeonato Brasileiro.

A pergunta seguinte já entrou no gosto do torcedor pelo sistema empregado: Qual sistema de disputas prefere? Pontos corridos ou mata-mata?

Entre os que acompanham o campeonato, 64% declararam-se a favor dos pontos corridos, enquanto 26% optaram pelo sistema mata-mata, 3% declararam-se indiferentes e 7% não responderam.


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Na divisão por sexo, 70% dos homens optaram pelos pontos corridos, contra 55% das mulheres.

Por faixa etária, 69% da rapaziada dos 16 aos 24 optou por esse formato, contra 61% do pessoal dos 25 aos 44 e 66% de quem tem acima de 45 anos de idade.

Considerando escolaridade, pontos corridos foi a escolha de 52% de quem cursou até a 4ª série, 62% de quem ficou entre a 5ª e 8ª séries do ensino básico, 69% de quem tem o ensino médio e 64% de quem tem curso superior.

Por faixas de renda os resultados foram também favoráveis a esse formato: 58% entre os que ganham até 2 salários-mínimos por mês, 61% entre os que ganham de 2 a  5 SM, 68% entre o pessoal de 5 a 10 SM e nada menos que 87% de preferência entre a turma de 10 ou mais salários-mínimos mensais.

Nessa altura da entrevista, o pesquisador colocou as seguintes frases:

- O campeonato de pontos corridos é melhor pois premia os times mais regulares e que investem melhor e também mantém a emoção até o final da disputa.

- O mata-mata é melhor pois permite que um time se destaque no final do campeonato e seja campeão, mesmo que não tenha tido uma campanha melhor que os outros.

Entre os que acompanham o Campeonato Brasileiro, 69% concordaram com a primeira frase e 26% com a segunda.

As últimas questões envolveram a preferência clubística dos entrevistados, conforme a tabela abaixo:

Corinthians

São Paulo

Palmeiras

Santos

Outros

Nenhum

Não resp.

Total

33%

20%

13%

7%

3%

21%

3%

BR *

39%

27%

16%

10%

3%

4%

1%

* Resultados entre os que acompanham o Campeonato Brasileiro)

Na verdade não há grande novidade nessa pesquisa. Uma boa amostra da preferência do torcedor, não só de São Paulo como do Brasil, é demonstrada pelo crescimento das vendas do PPV. Ao mesmo tempo, apesar dos inúmeros problemas que afligem quem quer ver um jogo ao vivo, a freqüência nos estádios tem aumentado consistentemente. Palmeiras e Corinthians, além disso, cobraram preços mais altos durante a competição e mesmo com PPV e transmissões diretas por sinal aberto, os dois clubes tiveram um faturamento excepcional com bilheteria.

Pode-se dizer sem medo de errar que o campeonato atrai o torcedor e não somente nesse ano, em que, muito provavelmente só conheceremos o campeão na última rodada.

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17 Comentários para “Pontos corridos: preferência do torcedor paulista”

  1. 1
    marcos pereira:

    sem duvidas pontos corridos é o ideal que o diga a edição deste ano só emoçao!mas fugindo so um pouquinho do assunto emerson vc diz que outras tvs nao transmitem o brasileirao por causa do poderio tecnico da globo.concordo.mas com relaçao à seleçao porque nao se negocia os direitos com as outras emissoras ? e aí nao entra o criterio tecnico pois é apenas uma partida(inclusive amistosos)entao porque o privilégio da globo para com a seleção?

    O que eu digo, Marcos, é que a maior capacitação técnica da Globo é vista como um diferencial positivo pelo mercado.
    O que define as transmissões do BR ou dos jogos da Seleção, é o valor negociado e pago. Por exemplo, a Record pagou e levou Londres 2012, assim como os Jogos de Inverno e os Jogos Pan Americanos. Tal como a Globo no BR e na Seleção, ela tem exclusividade nos direitos de transmissão desses eventos.
    O que eu digo é que o propalado “1 bilhão” pelo BR nunca passou de uma lenda, pois em momento algum um dirigente da Record veio a público e disse tal coisa – se o tivesse feito, acredite, teria pirado todas as cabeças e cabecinhas dirigentes, mesmo sabendo que o mercado publicitário brasileiro não comporta o pagamento de tal valor.
    EG

  2. 2
    Roberto:

    fazer essa pesquisa no auge do brasileirão mais acirrado e acompanhado é sacanagem.
    escreveu tanto e não falou sobre isso!
    no mínimo, ajuda a afirmação “também mantém a emoção até o final da disputa” (no caso dos pontos corridos) a parecer verdade, enquanto na maioria das vezes não é (saber o campeão antes das rodadas finais é justamente um problema desse método)

    A pesquisa foi realizada em 28 de outubro, mesmo dia da 32a rodada.
    As definições de vendas dos pacotes PPV acontecem antes do início do campeonato, em sua maior parte.
    E a média de público é alta desde o início, também.
    Na minha opinião, a data de levantamento de dados não foi determinante para o resultado.
    EG

  3. 3
    Natan Fox:

    Emerson!

    Essa pesquisa so amostra que o nosso BR esta indo pelo caminho certo.

    Mas oq fazer para melhorar? na minha opniao 4 coisas sao importantes:

    1 – Numeração fixa para todos os times

    2 – Reportes nao poder entrar no gramado nem antes, nem no intervalo, e nem depois das partidas

    3 – Abertura do mercado estrangeiros.Ao inves de 3 jogadores estrangeiros, 5 estrangeiros por clube. ” Ja percebeu que o BR é menos visto que o campeonato Mexicano e Argentino na america latian? pq sera?? acho que devemos contratar mais estrangeiros, assim os clubes iriam ganhar mais com a TV, e iriam se popularizar entres os países da america latina. Seriam com os estadios de 2014, a Premier Legue sulamericana.

    4 – Bons gramados e cadeiras numeradas em todos estadios,,,

    Concorda comigo Emerson?

    Um abraço e parabens mais uma vez, pelo otimo Blog


    É bem por aí, Natan, mas há muito mais.
    Repórteres em campo é uma tradição de nosso futebol. Não creio que seja algo muito grave, diante de muitas outras mazelas.
    Gosto da ideia de 5 estrangeiros por time, realmente gosto muito, principalmente por essa possibilidade de aumentar nossa presença na América Latina.
    EG

  4. 4
    Luiz Antonio:

    Só mesmo um campeonato disputado por pontos corridos em turno e returno, ida e volta, ainda que com péssimas e duvidosas arbitragens e tribunais altamente parciais, pode valorizar disputa tão pobre, tão nivelada muito, muito, muito, por baixo, técnicamente falando.

    Como “o amor é cego” – e digo eu que, a paixão também, ambos, paixão pelo futebol e amor pelo time, ignoram todos os claros sinais, todas as evidências mais evidentes de lama – nós, torcedores, clientes sustentáculos, só temos olhos para a flor do pântano. Inocentes úteis.

    Que outra explicação, que não os pontos corridos, há para tanta gente estar tão envolvida e torcendo como nunca por um título que ninguém merece, como o deste brasileirão, nesta reta de chagada repleta de decepções, onde as maiores alegrias residem nos percalços dos adversários?
    (Se a disputa fosse por pontos computados não por vitórias e empates , por critérios técnicos como os do boxe, por exemplo, poderiamos dar o título ao Avaí do boa nova, Silas).

    Vi e ouvi, jornalista que eu tinha como excelente, dizer (ao menos enquanto o seu próprio time estava liderando) que, devido ao equilíbrio, este campeonato é muito bom. Como pode ser bom se os líderes perdem tanto para os times em posição de rebaixamento?
    Não se pode mais chamar de zebra equipes rebaixadas vencer líderes. Gostar desta repetição é cultuar ao menos ruim.

    OK, o título lava a alma. Do sãopaulino pelo excepcional encadeamento de 4 títulos seguidos. Dos demais postulantes (Fla, SEP e Inter), devido ao tempo em que não vêm a glória, entretanto, para o apreciador do bom futebol, há apenas decepções, inclusive dirigentes, tidos como diferenciados, descontrolados pelos próprios erros, fazerem apologia ao linchamento. Vemos jogadores ridículos exercendo titularidade tendo jovens valores, muito melhores, sendo obscurantados por técnicos que insistem nas escalações dos que foram por eles apontados como boas contratações, além de outras aberrações.

    O campeão, oxalá não dê volta olímpica enlameado, será no mínimo, o menos horroroso. Infelizmente. Por outro lado, não poderá ser contestado, pois ganhou mais pontos ao longo de toda a disputa, indo e voltando, passando pelos mesmos obstáculos que os concorrentes.

    Salve os pontos corridos e as justas e meritórias conquistas. Sábios paulistas que apontaram preferência pelo atual modelo de disputa.

    Cáustico, muito cáustico, Luiz Antonio.
    Cáustico demais, diria.
    Eu gostei e gosto deste BR.
    Vi times interessantes, vi bons jogadores, vi bonitas jogadas, vi partidas disputadíssimas.
    Não tenho grandes queixas. É um campeonato melhor, muito melhor que o espanhol, exceção feita ao clássico Real Madrid x Barcelona e mais uns três, talvez quatro jogos. É muito melhor que o italiano, exceção feita a meia dúzia de jogos.
    Pegue, por exemplo, a vitória do Botafogo sobre o São Paulo.
    Foi brilhante, foi emocionante, teve coração no bico da chuteira, teve drama, teve técnica, teve habilidade, bonitas jogadas, dois belíssimos gols…
    Quantos jogos da La Liga ou Bundesliga ou outra competição do velho e rico primeiro mundo tem muitos jogos como esse?
    Não, meu caro, eu gosto do BR. Já estou com saudades e já estou ansioso pelo próximo, que será sacrificado pela Copa.
    EG

  5. 5
    Raphael Silva:

    Espero que o pessoal da Globo que assina o cheque tb veja esta (e outras) pesquisa com a mente aberta pra perceber que, o problema não são os pontos corridos mas sim o calendário!

    Abraços;

  6. 6
    Luiz Antonio:

    Caro Emerson,

    Talvez você esteja correto quanto ao meu comentário acima. Tem momentos em que a gente expõe superlativamente determinado momento.

    Porém, veja o seguinte ponto: Quem acompanha futebol?
    Dois tipos distintos, creio eu. O primeiro é o torcedor. O segundo, é o admirador do excepcional jogo inventado pelos ingleses e aperfeiçoado em terras tupiniquins.

    Falemos do segundo tipo, o admirador do jogo. Eu mesmo seria um deles, tal meu entusiasmo por ainda jogar peladas e por assistir a tudo quanto é partida, mesmo nos poucos campos varzeanos que persistem, desde que, haja com alguma qualidade.
    Quando ganhei da minha mãe o meu sonho de consumo (a primeira bola de futebol), eu dormia com ela, tratava-a melhor do que a mim próprio. Como admirador do futebol, daria nota 2 (de 1 a 10), para a média das partidas deste brasileirão. Eu não conseguiria assistir a uma só partida inteira, exceto algumas poucas, quando estiveram em campo o Avaí, o Atl. Mineiro, e o Flamengo, em raras jornadas. Só não me classifico apenas como admirador do jogo, pois sou um fervoroso (repudio fanatismo), tordedor.

    Vejamos então ele, sua majestade o torcedor. Sou dos bons: Pago o programa sócio torcedor do meu time, tenho cadeira cativa para mim e para os meus filhos e neto, tenho vaga no edifício garagem do estádio do meu time e, sempre que ele precisou de mim, respondi presente, inclusive deixando meus negócios de lado para empreender viagens de médio prazo.
    Que alegrias meu time tem me dado? Parcas, meu caro. Parcas. Há tempos joga mal, muito mal na maioria das suas apresentações. Não se renova, coloca em campo jogadores de nível muito abaixo da história do time e que têm escondido (por falta de espaço e inexplicável atuações dos seus técnicos), talentos extraordinários.
    Quando vejo uma possibilidade de vibrar com méritos do próprio time rumo ao título, ele perde, decepciona. Repetidamente.

    Peguemos por exemplo, os flamenguistas, palmeirenses e sãopaulinos. Que alegrias tiveram na última rodada?
    O rubro negros e alvi verdes, gozaram na derrota do tricolor. E os tricolores? Gozaram nas derrotas dos outros dois.
    Pegue como exemplo, o espetáculo que a nação rubro negra deu domingo no maracanã: Foi tudo maravilha, enquanto acompanhava o jogo do Botafogo contra o SPFC. Explodiu de alegria 4 vezes, nos três gols do arqui rival alvi negro e, na entrada em campo do próprio time. E depois?
    Já os sãopaulinos, que haviam vibrado com a \"eliminação\" da SEPalmeiras no meio da semana, descabelaram-se com as deficiências do seu time que perdeu para outro (forte) candidato ao rebaixamento. E pôde amainar sua frustração, ao ver o Goiás devolver-lhe a liderança que já tinha como perdida.

    Não, Emerson. Admiro-o a ponto de frequantar este seu extraordinário espaço e incomoda-lo com comentários espontâneos e sinceros, mesmo que em grande maioria, concordando com as suas, sempre claramente colocadas, opiniões. Mas sou do tempo em que o Flamengo ganhava de quem quer que fosse, em qualquer estádio, no maraca lotado ou na rua Bariri. A SEPalmeiras, triturava adversários que pretendessem jogar água no seu chopp comemorativo de título. E o SPFC, buscava em qualquer lugar do mundo (Brasil, Américas e Japão onde foi três vezes e trouxe canecos jogando o mundial de clubes contra adversários do naipe de Barcelona, Milan e Liverpool), as vitórias a que ambicionava.

    O time fazia a alegria da própria torcida. Perder para semi rebaixados era zebra que não se repetia, a ponto de se tornar mais comum do que as grandes vitórias. Eu disse grandes vitórias? Menos, menos. Vitórias apenas, digamos.

    Forte abraço.

    Há algumas semanas o pessoal do portal pediu-me uma lista dos jogos que mais me orgulharam e mais me envergonharam. Pode ser cretinice minha, mas nunca tive vergonha de nenhum jogo do São Paulo, mesmo nas homéricas goleadas diante de Vasco e Lusa. Acontecem. São coisas do futebol. Na outra ponta, não lembro de todos, mas creio que não coloquei nenhum jogo de disputa de título mundial ou coisa assim. Mas coloquei a vitória sobre o River no Monumental de Nuñez, em 2005. E coloquei duas derrotas… Isso, duas derrotas, ambas para o Flamengo em 81, dois jogos fantásticos, dois jogos inesquecíveis, um no Maracanã, um no Morumbi. Desde aqueles dois jogos tenho uma especial predileção por esse clássico. Depois deles, já vi alguns joguinhos bem sofríveis, ora de um, ora de outro. Relevo, concentro-me nos bons.
    A questão, Luiz, é que esse nobre esporte bretão que consagrou Fio e Terto, mudou. Mudou bastante.
    Corre-se mais e por mais tempo. Ter a bola nos pés é mais difícil hoje do que antes. Rapaziada que hoje se arrasta em campo, faria sucesso nos anos 60 como velocistas. Claro, há aqui um pouco de exagero, mas é por aí. Essa velocidade e resistência maiores levaram as ocupações de espaço a se tornarem mais importantes, daí, a meu ver, a importância dos professores e “professores”, a importância de treinar, treinar, treinar. Se antes a técnica individual resolvia, hoje a aplicação tática resolve mais. Há espaço para a técnica e para a habilidade, claro, mas há menos tempo para serem exercidas. Pet seria grande nos 60, como é grande hoje. Mas, com certeza, faria mais antes do que faz hoje.
    Bom, para mim a hora já está mais do que adiantada, paro por aqui. Acredite, o futebol de hoje é interessante. E as derrotas de hoje também aconteciam antigamente. O futebol sempre foi o campo preferido do Equus zebra. Mas não são zebras que acontecem, são jogos em que alguém se supera, um conjunto se supera e vence. Ainda bem.
    Abração.
    EG

  7. 7
    koji:

    Salve Emerson!!!
    tambem sou adepto dos pontos corridos,sem duvidas,e o argumento dos adeptos do mata-mata eh sem fundamento,imagine hoje o gremio 8th colocado com uma campanha no minimo ruin se consagrasse campeao!?..no que diz respeito ao campeonato,sem duvidas eh um dos melhores campeonatos do mundo,diariamente acompanho jogos,ora do campeonato ingles,italiano,alemao e dificilmente vejo jogos emocionantes,emocao samente nos classicos,o brasileirao realmente merece os nossos parabens,jogos emocionantes em todas as rodadas,porem,somos vitimas do pessimo departamento de arbitragem da CBF,a cada rodada uma polemica,os arbitros roubando a cena e protagonizando o espetaculo que deveria ser dos jogadores.Tenho certeza que tivessem errado a metade do que erraram a tabela de classificacao estaria diferente,talvez extremamente diferente.Na minha opiniao eh o que falta para o campeonato ficar completo,uma arbitragem de melhor nivel..abraco!!

  8. 8
    Saulo Avelar:

    Olá Emerson,
    a cada dia seu espaço tem ficado melhor. O tópico sobre gestão foi fenomenal. Melhor que isso é mostrar por A+B que contratções galáticas no Brasil não funcionam muito bem. Talvez os times, ou a maioria deles, já tenham se acostumado com a debandada do primeiro semestre e se adaptado para trazer novos e bons jogadores, que a excessão de uns poucos (Hernanes, Pierre, etc.), logo debandam no semestre seguinte.

    Bem, sobre gestão, gostaria de citar para você um exemplo de total sucesso. Moro no Canadá, e aqui, infelizmente, não se acompanha o Soccer, que pra mim continua sendo Football. É justamente sobre esse football que gostaria de tecer um breve comentário. Não possuo dados, mas conversando com muitos locais, visto que o Canadá é uma quase-extensão dos EUA, estes me mostraram como funciona a NFL (National Football League).

    A receita obtida com todos os itens comuns, como merchandising, direitos de imagem, e afins, são divididas entres os 32 times da liga principal, o que dá um poderio de fogo muito bom para todos os times, pois tem reais condições de competir um contra o outro. Além disso, os clubes são franquias, o que é impensável nos nossos padrões (já pensou o Flamengo ser sediado em S. Paulo e jogar o Paulistão??) o que dá mais mobilidade para o time, apesar de ter que garimpar sua torcida novamente.

    Você sabe, eu sei e muitos aqui sabe,m que o minuto publicitário mais caro do mundo é o da NFL, mais precisamente o do Superbowl. Então, sobre gestão, nós, grandes economistas tupiniquins, temos muito o que aprender com essa fábrica de fazer dinheiro, que consegue vender todos os ingressos da temporada anteciapadamente, e ainda se dá ao luxo de trazer jogos para cá a título de um “plus” a mais no campeonato, já que o Canadá tem seu próprio campeonato que mal compete com a liga universitária americana.

    Pois bem, seria interessante compararmos, se você tiver acesso (o que acredito ser fácil, pois você tem todo um aparato jornalístico que te suporta) entre esses dois campeonatos., como você já fez entre os milionários espanhóis, italianos e principalmente, ingleses.

    Fica aqui a dica, pois apesar de admirar o modelo de gestão, não vejo graça nenhuma nesse football horrível que eles insistem em nomear assim.

    PS: a dica é sobre economia e gestão, mas pode ser que nosso problema seja a ingerência, ou a “gerência em excesso”, se é que você me entende.

    Grande abraço,
    Saulo

    Pois é… Ia começar essa resposta pelas diferenças culturais e ideológicas entre americanos e brasileiros, Saulo, mas ao ler sua última frase mudei de ideia:
    “…pode ser que nosso problema seja a ingerência, ou a “gerência em excesso”…”
    Antes de falar das diferenças entre os países e as mentalidades de seus habitantes, temos um problema básico: a inexistência de gestores na acepção da palavra entre nós. Nossos dirigentes dedicam-se aos clubes como hobby, lazer, entrega apaixonada… Dizem que alguns têm outros motivos. Pode ser, não duvido.
    O esporte é tratado como business há muito tempo nos Estados Unidos. Não é nenhuma maravilha, claro, pois tem também seus problemas, mas para o fã, o apreciador do esporte, quem gosta de um jogo como lazer, entretenimento, não há melhor caminho.
    FAzer um caixa único é fácil.
    Distribui-lo igualmente é impossível, principalmente pelas brutais diferenças entre nossos clubes, isso sem falar das cabeças dos dirigentes e dos torcedores.
    Tudo isso, porém, não invalida que conheçamos e, eventualmente, tiremos boas ideias e práticas do que se faz em Norte América.
    ABraço, Saulo.
    EG

  9. 9
    Leonardo:

    Olá,

    Leio seus textos de vez em quando e costumo gostar muito do que leio. Entretanto tenho que discordar de você com relação aos pontos corridos. A audiência é boa porque o Brasileiro gosta de futebol e vai assistir independentemente do formato do campeonato. A briga pelo rebaixamente seria igual a hoje em dia, enquanto que o número de jogos decisivos seria bem maior. Hoje em dia quando faltam 4 rodadas o oitavo colocado já está de férias, enquanto que no mata-mata ele teria até chances de ser campeão.

    Os melhores campeonatos do mundo possuem fases de mata-mata e não são chamados de injustos. O time que se classifica em um dos grupos em segundo tem tantas chances como o que entra pelo índice técnico. Jogos decisivos atraem mais atenção, mais audiência, mais patrocinadores, mais dinheiro.

    Pra mim o mata-mata é mais completo porque faz um balanço entre os bons elencos, são aqueles que se classificam para a segunda-fase por terem bons elencos, e ainda premia, no final, o clube com o melhor time titular, que normalmente é o time que se dá melhor no mata-mata.

    Enfim, no mata-mata você tem mais jogos decisivos na briga pelo título, mais audiência, em termos de rebaixamento ambos são idênticos, e ainda promove uma briga saudável entre bons elencos e bons times dando chance para que os clubes que se destaquem nos dois aspectos tenham suas chances. Fazendo uma comparação, hoje temos 4 times na briga pelo título: São Paulo, Flamengo, Inter e Palmeiras. Qualquer um dos 4 pode ser campeão. Qual a diferença entre eles decicirem isso nos pontos corridos ou semi-final e final? Em algum dos casos seria injusto? E, ao invés de termos, nas duas últimas datas do ano, confrontos entre os melhores times do campeonato (imagine um São Paulo x Inter e Flamengo x Palmeiras agora), teremos Goiás x São Paulo (desinteressado), Flamengo x Corinthians (também desinteressado), Sport x Inter (idem) e Palmeiras x Atlético-MG (dois times que entraram em fase ruim).

    Convenhamos, não tem nem comparação. Quem disser que prefere assistir Sport x Inter ao invés de São Paulo x Inter em uma semi-final só pode ser louco. Os pontos corridos beneficia quem tem o melhor elenco e não quem tem o melhor time. É louvável, mas quem disse que isso é bom?

    As melhores COPAS são em mata-mata. Aliás, todas as copas são mata-mata: Copa do Mundo, Champions League, Libertadores… Até a Copa do Brasil.
    Os torneios nacionais, que montam a base do futebol nacional, são por pontos corridos. Até as eliminatórias para a Copa são por pontos corridos.
    EG

  10. 10
    Raphael Fucks:

    Eu, particularmente, prefiro o antigo sistema. Era mais emocionante uma final sem favorito do que ter um time campeão faltando, sei lá, 4 rodadas. Mas entendo que o sistema de pontos corridos “obriga” o torcedor a assistir “todos” os jogos do clube que torce. A questão financeira é forte nesse aspecto.
    Abraço, Emerson.

  11. 11
    Yuri Kauss:

    Pelo menos não vejo mais o argumento de que a regra de pontos corridos deu credibilidade ao campeonato brasileiro, quando qualquer regra repetida por 8 anos teria dado a mesma credibilidade.

    No mais concordo 100% com o leitor Leonardo em seu comentário (número 9).
    É desinteressante e, até certo grau, injusto que os melhores times não decidam o campeonato entre si e sim em disputas contra outras equipes que não estão brigando por mais nada esse ano.

    Essa discussão sobre pontos corridos ou mata-mata é saudável para o futebol, mas por enqunto eu diria que os pontos corridos estão dando sorte. Basta que ocorram 2 ou 3 campeonatos decididos por antecipação de 4 ou 5 rodadas que rapidamente teremos a mídia e os torcedores berrando pela volta do mata-mata.
    O que conta no final é o dinheiro. Enquanto estiver dando lucro, vamos por aí.

    Para reforçar, prefiro o mata-mata. Aliás acho o sistema da Copa do Mundo de Seleções da FIFA o melhor de todos.
    O ideal seria unir esse sistema com o esquema de divisões do Brasileiro.

    Saudações Cruzmaltinas.

  12. 12
    Carlos Sousa:

    Bom dia Emerson
    Minha preferência são os pontos corridos. São muitas as pesquisas que tem apontado que essa é a preferência da maioria. Com relação ao mata-mata, quem o defende utiliza apenas uma justificativa, que é a emoção. Mas emoção não falta ao sistema de pontos corridos. Aliás, ela existe desde a primeira rodada. Se fosse mata-mata, meu clube do coração, o Cruzeiro, estaria nas finais. Mas como seu próprio Blog diz, é preciso ter um olhar crônico. E não vejo razão para mudar um sistema que trouxe credibilidade e que premia sempre, se não o melhor, mas certamente um dos melhores clubes da temporada. Vou tentar enumerar algumas melhorias que o sistema de pontos corridos trouxe ao futebol brasileiro:

    - Os clubes têm segurança para fazer planejamento de uma temporada inteira. E vou mais longe. Os mais organizados já estão iniciando em Novembro de 2009, o planejamento para 2010. Isso está sendo possível porque agora é possível ter confiança na organização do campeonato. Sem virada de mesa.

    - Os primeiros colocados (campeão e libertadores) fazem parte do grupo dos melhores times da temporada. Eu colocaria nesse grupo: São Paulo, Palmeiras, Flamengo, Internacional, Cruzeiro e Atlético. Claro que dois deles vão ficar fora do G4, mas isso faz parte do jogo.

    - A esmagadora maioria dos jogos está sempre valendo alguma coisa. Falta apenas uma valorização maior da Sul-Americana ou outra competição que seja a segunda em importância no continente.

    É claro que muita coisa ainda está por ser feita, mas o mais importante é que estamos avançando. A arbitragem está na berlinda, mas no mata-mata um erro em uma única partida decisiva é muito mais injusto. Copa do Mundo é mata-mata. Veja o que aconteceu com a Irlanda que ficou fora da Copa de 2010 e o gol de mão do Maradona que deu o bicampeonato à Argentina na Copa de 1986. Os erros no sistema de pontos corridos tendem a se diluir, desde que não exista uma máfia do apito. Mas é bom ressalvar que máfias do apito podem existir independentemente do sistema de disputa.

    O calendário não ajuda, Carlos, mas eu gostaria de ver os 5 primeiros do BR na Libertadores. Ver as Copas continentais ocorrendo simultaneamente, valorizando, portanto, a vaga na Sul Americana. Os times que vão bem na Libertadores acabam sofrendo no BR, correndo para recuperar tempo e pontos. Alguns conseguem, como o Cruzeiro, outros não, como o Sport, o que foi muito lamentável.
    E é bem por aí, no caso dos pontos corridos: os clubes podem planejar. Somente agora estamos começando a sentir os efeitos disso tudo.
    EG

  13. 13
    :

    Realmente, é ótimo mesmo decidir o campeonato contra times de férias ou já rebaixados, quanta “emoção”.
    Incrivelmente justo também ficar nessa lenga lenga de mala pra lá e mala pra cá em vez de fazer o óbvio confronto direto !!!!!
    Só pode ser bricadeira essa “pesquisa” ….
    Agora uma dúvida : vocês, entusiastas dos ptos corridos, ficam ano após ano torcendo desesperadamente para ninguém disparar e poderem vir com essa pérola de que tem emoção também, que nem no confronto direto, esse ano está “provando” isso.
    Ao invés de esperarem 10 anos para isso acontecer não é melhor defender que se faça o diabo do confronto direto logo ????? Vamos lá Emerson, pensa um pouquinho, pelo menos o G2 tem que jogar, Fla x SPFC, ida e volta, mega renda, mega público, país parado, audiência recorde, etcetc. Mas aí não seria justo, né ? É verdade, justo é a decisão depender de Corinthians, Grêmio e Goiás de férias e Sport e Sto André rebaixados ….. kkkkkkkkkkkkkk, é blog de humor isso aqui ……
    O problema é semântica, é porque é “campeonato” e não “copa” ……….. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, foi boa essa também !!!!! Agora sim, um excelente argumento ……. Nem no casseta e planeta ……

  14. 14
    ernesto vaz:

    É importante lembrar que o mata-mata é utilizado na Copa do Mundo, na Copa dos Campeões, UEFA e etc.. por causa da falta de tempo e não por outra razão. Imaginem qualquer uma destas competições no sistema pontos corridos. Levariam meses para acabar o que não daria espaço para outros campeonatos.
    Quanto ao argumento que algumas equipes no sistema atual podem estar desinteressadas, a solução do mata-mata não faz sentido já que um mês antes do final do campeonato, aqueles que não estarão entre os oito já estariam de férias. Imaginem um time de futebol sustentando quase 3 meses de folha de pagamento sem jogar?
    E o clube que está ao final do campeonato em primeiro lugar , classificado teoricamente para a Libertadores ? Enfrenta o oitavo colocado, perde e termina fora da Libertadores, assim como outros 3 que poderim estar classificados e acabarem fora. É justo? É correto? Na primeira, está fórmula vai para o brejo e os mesmos que defendem a fórmula estariam gritando contra a CBF, o tribunal e quem aparecer na frente e esquecendo que eles mesmos aprovaram a regra (como sempre). Outros argumentam que o mata-mata só valeria para definir o campeão e que a classificação é que valeria. Ótimo, teríamos situações inacreditáveis do tipo: o campeão, vice, 3º e 4º podem então não jogar a Libertadores enquanto do 5º ao 8º jogarão.
    O pior nesta história é que alguns querem utilizar a fórmula do 13º ao 20º para definir quem cai. Seria a aberração maior. Esquecem que já na primeira rodada do mata-mata estaria definido quem cai, pois 4 vão perder. Os demais disputam o troféu “Me engana que eu gosto” ou Campeão do descenso (?).
    Isto me preocupa e demonstra que as propostas inconsequentes são formuladas sem pensar ou na má fé mesmo e repetidas a exaustão até se tornarem verdades absolutas.
    Quanto as partidas do Campeonato brasileiro, concordo que nosso futebol está perdendo encanto, o charme e a beleza, mas não pelo fato de ser pontos corridos ou mata-mata, mas sim pela falta de planejamento, de se pensar, da ousadia. Não é possível melhorar um produto com dirigentes medíocres e amadores, com jogadores desde a mas tenra idade que já estão na mão de “procuradores” e “empresários” e que se vendem para qualquer time que balance alguns trocados em dólar, o Corinthians que o diga. Estes jogadores estão se vendendo para times medíocres em lugares remotos e muitas vezes acabam desesperados na Embaixada Brasileira procurando meios para voltarem, iludidos como foram.
    Concordaria com qualquer regra no Futebol, mas que fosse algo pensado e discutido longamente e aprovado na prática, por gente competente e profissional, (algo nos moldes de NFL) interessados em vender um único produto. Futebol.
    Como na NFL e congeneres, tudo que mancha a credibilidade e a imagem do esporte são afastados e até excluídos sem dó nem piedade, sejam dirigentes ou jogadores famosos, pois o maior patrimonio que possuem é a credibilidade e o espetáculo. Bilhões estão investidos e todos ganham.
    Aí teríamos fim desta palhaçada que virou tribunais, pancadarias, jogadas violentas em campo sem punição, juízes sendo massacrados sem julgamento para esconder incompetência de dirigentes (não é sr. Belluzzo, o time está desintegrando e o cidadão atribui ao gol anulado do Obina a decadência do Palmeiras), presidente de clube com fitas de erros de arbitragem que teoricamente favoreceram o adversário, mas esquecem dos seus (nenhuma preocupação com a credibilidade e honestidade), resultados manipulados, mala branca, mala preta, mala vermelha de vergonha.
    Desculpe o desabafo, gosto de assistir a uma boa partida de futebol de preferência em um estádio (desisti, pois são péssimos, tratamento de 5ª e violência de quem não tem condições nem de frequentar um presídio), mas não tenho mais paciência para este lugar comum no futebol brasileiro, das mesmas opiniões a todo o fim de rodada, as mesmas perguntas (não sei as vezes quem é mais limitado, o jornalista ou o jogador), as mesmas respostas, a cultura do perguntar o óbvio ululante ( que falta Nelson Rodrigues), da eterna reprodução do drama e o trauma da copa de 50 a cada jogo que o Brasil faz com o Uruguai e tome as mesma imagens. Estas pessoas não percebem que maioria absoluta não viu o jogo, não está traumatizado e nem interessado (por favor deixem o Barbosa descansar em paz). Este é o único país livre que adora torturar o povo (como passamos VT\’s de derrotas da seleção brasileira), quando algum jogador que participou está presente então as imagens se chocam com o constrangimento do ex-atleta, como se este só prestou para aquele espetáculo de derrota, temos aí de volta o complexo de vira-lata (Nelson Rodrigues de novo) que alguns não deixa morrer nunca.
    Estou de paciência cheia de técnicos mal educados que disparam grosserias contra todos os jornalistas e público e que alguns da imprensa acham pitoresco e engraçado ( não, não é engraçado, é ridículo, este cara não ganha para envergonhar quem patrocina o seu time) , de jogadores que são criticados por falar a verdade e elogiados por demonstrarem malandragem ao meter a mão na bola, derrubarem um adversário sem terem marcado falta, xingarem o juiz e depois dão uma de santos ao serem expulsos, de torcidas organizadas e suas posições ditatorias, dirigentes que os financiam com ingressos gratuitos enquanto os clubes quebram e promotores públicos que não enxergam um palmo a frente do nariz e em vez de “meterem” na cadeia esta turminha que dirigem estas torcidas, ficam mais interessados em aparecer e dar uma de organização de arquibancadas e venda de ingressos. Quando sua teses mostram que piorou a coisa o cara desaparece..
    Estamos cheios de jogadores desassistidos (grande Tele Santana, que não os deixava desamparados e fazendo bobagens) e de mercadores do futebol assistidos demais. De transmissões interminaveís de VT\’S, campeonatos do Cazaquistão (Borat iria adorar), Uberquistão e qualquer desafio e mundialito que infestam o período de férias, Assim não é possível ter um produto de qualidade e vira banalização, a ruindade torna-se mercadoria de luxo e ninguém mais percebe a diferença.
    Notem como nem seleção brasileira temos mais, onde ela anda? O que temos hoje é 31 seleções nacionais e mais a seleção do Dunga que se classificaram para a Copa do Mundo de 2010 . Antes era a seleção do Parreira, antes a do Filipão, antes a do Zagalo e antes, antes, antes… Acho que a última chamada de seleção brasileira foi a da Copa de 70. Não temos outra seleção nacional que não seja a brasileira, famosa canarinho, 5 vezes campeão do mundo, portanto vamos parar com esse negócio de seleção do técnico de plantão. Respeitem pelo menos o Brasil.
    Tenho receio que se algo não começar a mudar e já, terminemos como o Uruguai a famosa Celeste Olimpica e que hoje precisa de repescagem para ir a uma Copa, quando vaí.

  15. 15
    Prado:

    Emerson,
    deixa eu ver se eu entendi : esse ano conseguimos sair do marasmo modorrento de seis edições chatéééérrrrimas pra termos enfim um ano com quatro equipes disputando palmo a palmo o título ??? Com em uma grande semi final, né ??? Mas em vez de se enfrentarem elas vão jogar contra alguns times rebaixados e outros de férias que serão o verdadeiro fiel da balança ??? E as pessoas quando perguntadas pela pesquisa, em sua maioria, apoiam amplamente o sistema, pois não conseguiram perceber que o modelo, ou é “justo” mas chato que dói na sombra, ou é completamente “injusto”, estúpido e sem sentido ??? Melhor desacreditar essa pesquisa ridícula !!
    Talvez seja porque, em tendo uma grande semi final e final, ninguém vai precisar se planejar, se estruturar, se organizar, e blablablabla, e vão mandar qualquer um para o campo pra jogar …… Quanta LADAINHA !

  16. 16
    gustavo_botafoguense:

    ate concordo com a pesquisa, prefiro tb os pontos corridos. Só acho que a frase da pesquisa relacionada ao mata-mata foi mal escolhida, pois ela deprecia o mata-mata.

    “O mata-mata é melhor pois permite que um time se destaque no final do campeonato e seja campeão, mesmo que não tenha tido uma campanha melhor que os outros.”

    a frase é feita para discordar, isso não torna o mata-mata melhor. A principal vantagem do mata-mata é a emoção e os grandes jogos proporcionados no fim da competição, onde a disputa do título é direta.

    Sou defensor dos pontos corridos pois este tipo de competição ajuda os times brasileiros a serem mais organizados, mas sei que o mata-mata tem o seu valor e os jogos finais são muito mais emocionantes, pois o time a ser batido é o seu adversário naquela partida independentemente dos resultados dos outros.

  17. 17
    Tayroni Alves:

    O formato dos pontos corridos é ruim pelos seguintes motivos:

    1 – Fácil de roubar: Ora, todo final de campeonato aparece o velho assunto da mala branca. Claro que ninguém nunca provou nada, mas se existe o asssunto, mostra-se daí que é possível se usar desse expediente. Não me venha com o argumento de que doping possitivo é válido, porque quem aceita grana pra correr mais, pode vir um dia a aceitar pra correr menos.

    Sem contar que pontos conseguidos de forma fraudulenta no começo, onde ninguem presta atenção, pode fazer a diferença no fim. Além das rivalidades provinciais e dos confrontos que envolvem times que só cumprem tabela, que sempre trazem dúvida quanto a lisura do confronto em sí.

    Em tese, na decisão mata-mata, mala branca não existiria por definição.

    2 – Diferentemente do esperado pela torcida paulista, o campeonato mata-mata atrai sim, mais emoção. Isto é verdade pelo seguinte motivo: o campeonato envolve uma fase onde todos os jogos são decisivos. A conversa de que nos pontos corridos são decisívos é falsa. Basta observar o jogo pela última rodada do Atlético-MG e Corinthians com Mineirão vazio.

    Em final de campeonato, isso no mata-mata também não acontece por definição.

    3 – Não é verdade que pontos corridos premia regularidade: Por um motivo óbvio: ele parte do princípio de que todos os times estão em nível parecido. Não é verdade que ganhar 3 pontos contra times pequenos seja a mesma coisa que ganhar tres pontos contra times melhores. Isto é um pressuposto errado! Primeiro, por causa do próprio calendário, que prejudica times que participam de outras competições, e segundo, pela sequência dos confrontos, que pode beneficiar aqueles que pegam times mais fracos no fim.

    A solução para este problema da diferença de nível entre os times é, evidentemente, é a fase de mata-mata, onde efetivamente podemos ver qual dos times tem o melhor nível no confronto entre times de nível parecido.

    4 – O mataa-mata é a expressão legítima do futebol: Futebol nassceu da idéia do confronto direto entre duas equipes. O confronto direto efetivamente diz quem é o melhor. Se futebol fosse decidido por pontos, seria boxe e não futebol.



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