Racismo ou frescura?

qui, 25/06/09
por Emerson Gonçalves |
categoria Comportamento

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Estava no Morumbi na noite em que Grafite – personagem da semana no Boletim FIFA – acusou Desábato de racismo e acompanhei parte da pantomima mais ou menos próximo. O que muitos esquecem é que o próprio jogador nem estava muito interessado em levar o caso adiante, até que foi atropelado por um delegado de polícia, que assistia ao jogo em sua casa e se disse indignado com o episódio e com a ofensa racial de que o atleta do São Paulo fora vítima. No momento em que o tal delegado tirou o traseiro do sofazão de sua casa, começou a função.

Por função entenda-se, como antigamente, espetáculo circense.

Passado algum tempo, Grafite disse estar arrependido da confusão criada. Desábato, depois de uma noite em delegacia paulistana, seguiu sua vida sem maiores dores de cabeça e, certamente, nenhuma de consciência, pois nunca houve motivo para tal.


Não sei e ninguém sabe se Maxi Lopes ofendeu Elicarlos racialmente ou não. Tudo que sei é que no calor do jogo fala-se tudo e qualquer coisa que vem à língua. Diria que a adrenalina cria um canal de comunicação direta entre o fígado e a fala, não passando pelo cérebro e seus centros de controle.

Nunca vou esquecer um jogo em que do outro lado estava um de meus primos de quem sempre gostei muito, éramos como irmãos e nossas mães estavam mais para mães, de fato, do que para tias um do outro. Mesmo assim, pegamo-nos a nos chamar de filho disso e daquilo em altos brados, quase chegando às famosas e antigas vias de fato, não fosse a não menos famosa e antiga turma do deixa-disso. Um pequeno detalhe: o outro lado a que me refiro não era o time adversário, e sim o outro lado do campo. Estávamos, pasmem, no mesmo time.

Tenho certeza que todos já passaram por isso.

Quem joga bola passa por isto todo jogo, praticamente.

Por isso mesmo, sempre relevei o que era dito dentro do campo.

É como nos seriados americanos quando os protagonistas vão para o México: o que se faz no México, fica no México.

O que se fala em campo, fica no campo.

Se porventura Maxi chamou Elicarlos de macaco, há um fator atenuante, embora dele ninguém goste: é comum, ou pelo menos era, que argentinos da Província de Buenos Aires, porteños, principalmente, refiram-se a nosotros como macaquitos, independentemente de sermos loiros de olhos azuis ou pretos de olhos castanhos. Houve tempo que isso me deixava irritado, revoltado, pronto a escrever milhões de palavras contra isso.

Hoje relevo.

Aprendi com Luiz Inácio Lula da Silva que há racismo e racismo.

Explico melhor: na visão presidencial o racismo é uma coisa relativa. Assim, quando ele se refere aos “loiros de olhos azuis” como responsáveis pela crise atual, não é racismo, não é uma visão preconceituosa, é apenas uma forma divertida e didática de apontar quem ele considera culpados.

Ora, como o presidente da república costuma ser a autoridade máxima de um país e sua palavra é lei ou algo próximo disso, aprendi que há racismo e racismo, e sua aplicação fica ao gosto do freguês.

Essa questão é séria e deveria ser melhor discutida pela sociedade brasileira. Esse tratamento que estou dando ao tema é jocoso, sem dúvida, mas não significa que não o considere importante. Só que palavras proferidas dentro do campo devem ficar dentro do campo. Se alguém for levar a sério tudo que um zagueiro fala para um atacante, por exemplo, centenas de processos por calúnias e ofensas morais teriam que ser abertos a cada rodada de um campeonato.

Não pretendia escrever a respeito desse episódio, mas mudei de ideia ao ler as declarações de Alex, o meia do Fenerbahce, desejado por onze em cada dez clubes brasileiros, herói da tríplice coroa cruzeirense e ídolo eterno da torcida do Cruzeiro, e concordo plenamente com tudo que ele disse:

“-Para mim, isso é frescura. É algo que acontece o tempo todo dentro de campo. É totalmente normal. Não entendo como algo fora do comum… Aconteceu comigo várias vezes. E já fiz também. Eu não denunciaria.”


(Clique aqui para a matéria completa.)


Alerta: comentários mal-educados, além dos ofensivos e agressivos, serão sumariamente deletados.



Post Scriptum


Agradeço a enxurrada de comentários, tanto os que foram favoráveis como os que foram contrários.

Como de hábito, uma enorme quantidade teve que ser deletada, dessa vez não só por ofensas as mais baixas e grotescas, como também por racismo e preconceito extremados. Nada mais interessante do que um pretenso defensor da igualdade, etc e tal, atacar de maneira violenta e virulenta outras pessoas, seja por divergência de opinião, seja por diferença de nacionalidade.

Respeito as manifestações críticas, mas educadas e ponderadas, de uma parcela dos leitores, e a esses respondo que não mudo uma única vírgula no que escrevi. Se fosse o caso, por sinal, minha tendência seria considerar tudo isso como uma armação tosca da direção do clube.

É-me indiferente que um time ou outro passe para a final, são ambos muito bons, com características e estilos bem diferentes. Para ser honesto, confesso-me um torcedor pessoal do jogador Souza, de quem gosto muito e admiro, o que não significa que torcerei pelo Grêmio.


Obviamente, não sou conhecido e nem tenho pretensão a sê-lo, mas tenho minha própria história no que diz respeito à defesa dos direitos humanos, à luta contra o racismo e preconceitos de todo tipo. Como muitos, a maioria de forma idiota e ofensiva, citaram minha família, digo, sem necessidade, mas com orgulho, que ao contrário do ex-presidente Fernando Henrique que disse ter “um pé na cozinha”, eu não tenho. Eu tenho um único pé fora da cozinha, pois todo o resto esteve nas cozinhas e outras partes das casas de outrora. Minha família paterna é toda de Minas Gerais, por onde tenho parentes em diversas partes, desde os sertões do oeste até as montanhas da Mantiqueira. Sim, com muito sangue negro, evidentemente, e sangue indígena de minha bisavó e outros ancestrais mais distantes. Na outra vertente, o sangue caboclo do interior paulista unido ao sangue calabrês de imigrantes miseráveis, expulsos pela fome e falta de trabalho da Itália dos fins do século XIX e começo do século XX.


Aos “juristas”-comentaristas, recomendo um reestudo da legislação. Poderão ver que o suposto crime cometido por Maxi Lopes foi uma injúria e, por sinal, assim foi tipificado pela delegada que tratou do caso.


No mais, senhoras e senhores, blog é produto pessoal e o meu é absolutamente pessoal. Aqui eu expresso a minha opinião, “duela a quien duela”, como disse outro memorável presidente de Pindorama. Lutei nos anos 70 pelo direito de manifestar-me livremente e dele não abro mão, é direito conquistado, do qual toda a sociedade hoje usufrui sem barreiras, inclusive os idiotas que confundem crítica com ofensa.


Por último, mas não menos importante, procurem ler mais.

Sugiro Machado de Assis, o melhor escritor em língua portuguesa do lado de cá do Atlântico.

A leitura e compreensão do texto rico e genial facilitará em muito a leitura de pequenos e pobres textos de blogueiros desconhecidos.


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801 Comentários para “Racismo ou frescura?”

Páginas: [41] 40 39 38 37 36 35 34 33 32 311 »

  1. 801
    Engº Lauro:

    Por falar em racismo, será que negros e índios não tem mesmo alma? Quem é um real masoquista? Respostas no blog: https://www.laurohenchen.blogspot.com

  2. 800
    Rafael:

    Acho que vc poderia postar esse vídeo que tá rolando no youtube, que comprova as demonstraçòes racistas, convida ao debate e pede o fim da hipocrisia de alguns que ainda dizem que não existe racismo no Brasil. Olha o link:

    https://www.youtube.com/watch?v=lDO2JMHjCHY

  3. 799
    Marcio:

    Guilherme Mallet ou “mala”, tinha que ser jurista mesmo… a pior das clases desse país, comparável aos políticos, salvo excessões. Sou torcedor do Avai e quero deixar minha opinião de total apoio a essa coluna do Emerson, pois se no futebol se xinga de tudo que é nome feio, por ex: filho da “truta”, cara…, e ninguém da importância. A torcida do inter se auto chama de macacada, mas se algun gremista chama de macaco pros colorados ficam brabinhos, poxa, é muita frescura mesmo.

  4. 798
    Lucas:

    Há muito se perdeu a fineza no futebol.
    Quando se trata de Futebol pode tudo.
    Eu ainda continuo achando que quando estamos jogando bola ainda somos seres humanos e ainda somos cidadãos brasileiros, sendo assim, devemos nos respeitar igualmente, independente de qualquer coisa, e temos os nossos direitos.
    Racismo no Brasil é crime e se aconteceu mesmo o responsável deverá ser punido.
    Mas, tenho certeza de que isso não ocorrerá, porque vivemos no Brasil.

  5. 797
    Guilherme Mallet:

    Prezado Emerson,

    Tu errou ao querer “ensinar” os “juristas” sobre racismo. O crime de “racismo” é uma injúria, só que qualificada pelo racismo. Por isso a queixa por “injúria”. Sim, sou jurista.

    Sobre o racismo, achei teus argumentos absurdamente fracos e até incompatíveis com diversas outras opiniões tuas. Explico. Tu nivelou por baixo. Todo mundo se chama de “macaco” em campo, “racismo” é normal em campo, então não é mais crime(?).

    Todo mundo rouba no Congresso, não rouba? Todo mundo corre, mata e se mata no trânsito, não corre? Então, vamos parar com essa frescura de “lei”, ora lei, aqui é o Brasil!!! Futebol não é coisa de “menininhas”(Souza) e racismo é “frescura”(Alex). Legal, então vamos pensar como esses caras:

    Lei é coisa para fresco, para menininhas. Respeito às leis é coisa de abixonados. Estamos no “Velho-Oeste” Latino, terra de macho, não de Leis.

    E logo tu, Brutus(!), que sempre compara as baixarias tupiniquins com a Europa, nesse ponto mudou de critério? Desculpe, mas acho que fostes incoerente consigo mesmo.

    E desculpe me alongar.

    Abraços.

  6. 796
    Sr. Alce:

    Como podemos explicar aquela imagem grotesca da torcida do Grêmio, agora vem falar que e frescura, o papel da imprensa também e culpa por aquele ato desagradável, sem mais.

  7. 795
    Cruzeirão:

    É….parece que a frescura superou seu querido gremio!!! kkkkkkkkkkkkkkk

  8. 794
    Somaza:

    Adeus tchêS! Vão falar asneiras debaixo do chuveiro! Futebol é para quem sabe!!!

  9. 793
    Wilson Giordani de Souza:

    Gostaria de perguntar aos “comentaristas” de plantão por que uma ofensa racial é pior do que uma ofensa à sexualidade?

  10. 792
    Somaza M.:

    O jogador cruzeirence sofreu uma injúria e ele tem todo o direito de aceitar ou não! O soberbo Souza continua falando asneiras(isso ele faz muito bem): futebol é pra h.omem e não pra meninas…… tudo vale dentro de campo…. Então porque você Souza(polêmico e enjoado) , depois do jogo contra o Atlético, saiste choramingando, dizendo que a arbitragem havia prejudicado seu time! Ainda disse que era um absurdo, que se sentiu ofendido.!! Não te entendo ! Vale tudo ou não vale! Pense um pouco antes de falar asneiras! Perder faz parte do jogo. Acontece.

  11. 791
    Bruno Costa:

    Emerson,

    Fico muito feliz de ver uma crônica corajosa como a tua, se levantando contra essa onda hipócrita “anti-racista” que varreu a mídia desde o episódio.
    Em primeiro lugar por que o jogador gremista foi julgado e condenado pela mídia antes de sequer virar réu num devido processo. E quais serão as consequências disto na vida cotidiana dele no Brasil?
    Depois, por tal assunto ter sido alçado a condição de bandeira e lançado até mesmo contra o povo gaúcho, acusado ignorantemente de racista. Por mais que nós gaúchos tenhamos figuras públicas negras, bem como lideranças políticas que respaldam nossa condição democrática e igualitária, sempre somos acusados de racistas. Será simplesmente por termos um maior número de brancos em nossa população?
    Mais impressionante, é sermos acusados de preconceituosos por pessoas que dentro da própria acusação nos chamam de homossexuais, de forma grosseira e contendo no ato um preconceito contra nós e contra a liberdade sexual de uma vasta camada da população.
    De resto, só para lembrar e embasar o que foi dito, o RS teve, nos últimos 20 anos, um governador negro, uma governadora mulher e paulista e provavelmente irá eleger um judeu, e eu que estou morando no Paraná e conheço bastante o Brasil me digo enojado, pois é uma grande hipocrisia tratar esse assunto dessa maneira.
    O racismo é algo delicado, e como em qualquer assunto delicado, convenientemente os de caráter mais baixo defendem o lado mais fácil de ser defendido, mas o que eu realmente gostaria de saber é por que o resto do Brasil, tão tolerante como mostram as declarações pela internet, não elege negros e mulheres com igualdade, como acontece no RS, pois se não me engano, o único senador negro do país é gaúcho, e tem estados praticamente sem brancos, representados unicamente por estes.
    Escutar sobre racismo num país onde tudo que é educado é homossexual é ridículo!
    As pessoas precisam primeiro ter educação, senão sequer são capazes de entender que existe muitas formas de preconceito, e que o Brasil ainda que branda e jocosamente abriga todas elas.

    Abraços.

    Não tenho certeza, Bruno, mas creio ser o Paim o único negro no Senado.
    Mas uma coisa é certa: o Collares foi o primeiro governador negro de um estado brasileiro.
    E agora, para desespero dos gremistas e satisfação dos colorados: Deise Nunes foi a primeira Miss Brasil negra. Gaúcha, foi Miss Rio Grande do Sul defendendo o Internacional.
    Enfim, durma-se com um barulho desses.
    :o )
    EG

    P.s.: Antes que alguém faça uma leitura distorcida ou torcida ou inversa ou sei lá o que, esse “desespero gremista” tem a ver única e exclusivamente com o fato da Deise ser colorada, vale só pela rivalidade clubística.

  12. 790
    Geraldo:

    Porque postar comentários em blog sobre futebol se nunca jogaram uma pelada de rua sequer. Racismo está longe demais de uma troca de ofensas em campo, qualquer campo. É obvio que se foi xingado, o jogador cruzeirense também xingou e da mesma forma forma que ele não é um macaco posto que os humanos são uma raça só independente da cor da pele, a mãe do Maxi Lopez, a quem chamam pejorativamente de Barbie, não é necessáriamente prostituta e ele tampouco uma boneca. Racismo é considerar cor, sexo ou preferencia sexual em qualquer processo seletivo. É hipocrisia dizer que você nunca falou “serviço de preto”, “coisa de viado”, “mulher no volante perigo constante”. Aquela velha história da primeira pedra…
    Parabéns pelo blog e é ótimo saber que você é mineiro como eu, porque eu odeio paulista, gaúcho, carioca… Ih! vai começar tudo de novo.

    Um Abraço.

  13. 789
    Valter da Rosa:

    Boa noite sr. Emerson… concordo plenamente em gênero , número e grau, com suas colocações a cerca do racismo no campo de futebol. Tens toda a razão. FALANDO SOBRE O ASSUNTo racismo eu creio mesmo que certas coisas são ditas mas a intenção que as mesmas são dita podem ser muito distintas. Por exemplo; dizer para alguém assim: vc é um é um branco cara, vc é branco… pode ser considerado racismo,,, porém dizer “seu branquelo” não pode ser compreendido como racismo. Se substituir branco por negro ” vc é negro cara, vc é negro” é racismo mas se o sujeito dizer ” ve é um negrito” é racismo?? sei não. Na minha opinião não. Chamar alguém de branquelo também não é racismo. Acho que alguns deveriam parar com coitadismos. Chamar alguém de macaquito num jogo uma única vez talvez não seja racismo, a não ser que se falasse assim: “vc é macaco cara, vc é macaco”, diferente de dizer “seu macaquito”… enfim,,,, o debate é interessante!

  14. 788
    Cristian Giordani:

    A grande questão seria definir o racismo.
    O que é RACISMO?

    Não vejo como racismo a ofensa de Maxi Lopes, vejo como… obviamente, ofensa.
    O racismo está empregnado em nós, e aflora juntamente com palavras grosseiras.

    Negão, Branquelo/Albino, Amarelo… são todos apelidos que já escutei por aí, ditos de amigo para amigo.

    O que faz a mesma palavra ser por vezes aceita e outras considerada racismo?
    O contexto? A situação? A EXPOSIÇÃO?

    Talvez o Elicarlos tenha em seu armário uma camiseta escrita “100% negro!”, como já vimos muito.
    Se eu usar uma “100% branco!” vou ser acusado de racismo?
    Talvez não, mas provavelmente terei de ouvir certos desaforos na rua.

    Acho que o racismo vem acompanhado de algum dolo à vitima, e por isso ela pode ser enquadrada como ‘vítima’, e consequentemente teremos um ‘réu’. Qual foi o dolo no caso do Elicarlos? A frase não foi pública, ele não foi humilhado, ele não foi descriminado. Ele simplesmente foi ofendido. Não que ache as ofensas sadias, mas teríamos filas ao final dos jogos se elas fossem passível de denúncias.

    Concordo que seja frescura.
    E digo mais. Aqueles que, como eu repudiam o racismo, deveriam concordar também, a fim de não banalisar uma luta justa contra a ignorância dos que vêem superioridade em diferenças de raças, cor, credo ou opção sexual…

    Se continuarmos assim, superdimensionando causas banais de simples ofensas, corremos o risco de subdimensionar as causas reais de racismo, uma vez que, estaremos equiparando os dois casos.

  15. 787
    Bernardo Aurelio:

    O texto está excelente, parabéns. Mas a adrenalina é produzida pela suprarenal e não pelo fígado.

  16. 786
    Thomaz:

    Bom nao estou aqui para discutir e sim para debater, mas qdo vc reclama q nao sabem interpretar seus textos, percebo q faz o mesmo com meu comentário, ou simplesmente nao teve vontade de interpretá-lo. Se olhar bem eu disse racismo e não preconceito que abrange muito mais coisas que eu não teria condições e nem tempo de discutir aqui, mas que eu saiba os casos citados são de preconceito racial especificamente. Não deduzi nda ao olhar sua foto simplesmente pq não a olhei, e agora ao olhar não tenho certeza de suas origens pq isso simplesmente não importa ou não deveria importar ao ler o artigo. E eu afirmo que alguém que acredita que ser vítima de ofensas como filho do não sei o que, com negro sujo, macaco favelado e inferior, nunca foi vítima de racismo. Racismo é covarde, tu não conhece a mãe do cara, tu só fala aquilo pra ofender msm, mas racismo tu (o racista) enxerga uma inferioridade na pessoa e tenta humilhá-la por isso, logo não é algo que alguém diga de cabeça quente.
    Qto ao assassinato, tu msm já confirma o que digo ao fazer a comparação de dois crimes, condenáveis a grandes penas e msm com a democracia não deveria ao mesmo ser pássivel de discussão.
    Qual a sua opinião sobre o que deveria fazer uma vítima de racismo? Deixar pra lá, dar a outra face? Claro que não, já chega de baixar a cabeça e fingir que não ouviu, pq hj existem leis contra isso e elas devem ser usadas sim, pq impunidade não pode ser aceita nem nas ruas nem em campos de futebol.
    No mais um abraço, pois gosto muito dos seus comentarios, exceto esse claro.

  17. 785
    Ulisses Oliveira:

    Boa noite Emerson,cara sou seu fã.Vc é um dos unicos que fala a verdade nesse blog,mais cara te falo uma coisa.O Maxi chamou o Elicarlos de macaco sim,é só ver a reação do Wagner.E lhe digo uma coisa,racismo é racismo,o Brasil é um país preconceituoso que não respeita:mulher,negro,nordestino,gays etc………Mais ele(MAXI) sabe o que está dizendo sim e tem mais,deve ter aprendido com alguem do grupo gremista.E isso me deixa mais indignado,por deixar o futebol misturar as coisas,o Paulo grande técnico e otíma pessoa ser conivente com isso.Eu ando ouvindo muito isso pela rua(todos nós somos negros no Brasil,o Brasil é uma mistura só),só quer ter sangue negro é uma coisa,ser negro de sangue e pele é outra.
    A todos que lêem esse blog,que não são negros um desafio:Se pintem de negros sem ninguém saber e frequêntem os lugares de costume de vcs,e ai vcs veram a diferença.

  18. 784
    Mariah:

    Caro Emerson, antes que me acuse de ser incapaz de compreender seu texto, quero dizer que sou mestra em ciencia política e meu ofício é ler e interpretar textos complexos. Dito isso, gostaria de dizer que o texto do senhor não é capaz de nenhum outro tipo de interpretação senão as seguintes:
    1) Sou simpatizante do gremio e por isso estou minimizando um ato criminoso como o racismo; (O que seria ridículo); ou
    2) Sou a favor da teoria da conspiração, dizendo que tudo que acontece que me desagrada ou me contraria é armação de outras pessoas (o que é um pouco engraçado…) ou
    3) Acho o racismo coisa natural e frequente no futebol e, portanto, aceitável.

    Sinceramente acho bem provável que sua posição seja essa última. E te digo o seguinte: racismo NÃO é aceitável seja dentro ou fora de campo. Muitas coisas no futebol são frecuras, mas racismo não. Raismo é coisa séria, como a África do SUl sabe muuuito em, como a Europa vem se conscientizando e a FIFA já divulga antes de jogos oficiais. O que parece frescura tem um significado muito mais arraigado e nefasto em nossa sociedade: a banalização do racismo.

    AGUARDO SUA RESPOSTA!

    Mariah, o que eu tenho a dizer está dito no texto e no Post Scriptum.
    EG

  19. 783
    Gustavo Gomes:

    O QUE É FALADO NO CAMPO FICA LA?!?!?!?
    E O QUE É NA RUA VAI PRA POLICIA!
    QUAL A DIFERENÇA POR FAVOR?!?!?!?
    SE AMBOS ESTAO EM LUGARES QUE PODEM FALAR
    O QUE QUISER E QUE O PENSAMENTO É O MESMO?

  20. 782
    Fábio:

    Sem entrar em detalhes, apenas gostaria de manifestar minha alegria por ter tido a oportunidade de ler artigos do seu blog. Me faz acreditar que ainda existe pessoas inteligentes, articuladas e de bom senso neste País. Fico grato por poder ler seu blog. Acrescenta de forma inegavel meus conhecimentos. Continue assim! Valorizo aquele que expressa sua opinião de forma educada, mas sem ficar em cima do muro, ou simplesmente se apoiar na grande publicidade que determinado tema oferece e seguir a midia, apenas para sair de “queridinho” da sociedade. Odeio Hipocrisia, agiste muito bem. Conduta firma, corajosa de personalidade. E como você próprio citou no seu blog você expõe a sua opinião, e não o que pensa a opinião publica. Abraços….

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