Futebol brasileiro perde dois campeões mundiais

dom, 25/08/13
por gm marcelo |

O fim de semana foi triste para o futebol brasileiro. Um mês após o falecimento de Djalma Santos, em 23 de julho, o país perdeu em dias seguidos dois campeões mundiais: De Sordi e Gylmar, companheiros no time que deu ao país o primeiro título do mundo, em 1958.

No sábado, faleceu o titular da lateral direita do Brasil na Suécia. Jogador do São Paulo, De Sordi atuou durante os cinco jogos da campanha até a final contra os donos da casa. Mas, contundido, ficou fora da decisão. E deu a lugar a Djalma Santos. Que ficou com o privilégio de figurar na ‘foto’ do título. E ainda com uma posição na seleção da Copa, pela excelente atuação na decisão.

E De Sordi ainda teve que conviver (e falar sobre) durante décadas com o injusto comentário de que teria ‘amarelado’ antes da decisão e pedido para não enfrentar os suecos. O que sempre foi negado pelos companheiros e integrantes da comissão técnica. O lateral sofreu uma lesão muscular durante a semifinal contra a França. Como não havia possibilidade de substituição de jogadores durante os jogos na época, ficou em campo fazendo número. E não teve condições de jogar a final.

Após o Mundial, chegou a ter novamente chance na Seleção, em 1961. Mas viu Djalma Santos dominar a posição no período e não chegou a ter a oportunidade de ser bicampeão mundial no Chile. Jair Marinho, do Fluminense, foi o reserva de Djalma. De Sordi fechou a participação na equipe com 22 partidas oficiais.

Gylmar dos Santos Neves teve uma trajetória bem mais longa na Seleção, que faleceu neste domingo. Foram 94 jogos oficiais (contra selecionados) em um caminho que começou em 1953 e só foi terminar 16 anos depois, em 69. Com três Copas do Mundo nesse intervalo.

Período em que o arqueiro, com passagens brilhantes pelo Corinthians e Santos, marcou seu nome na história do futebol mundial. Só três goleiros têm dois títulos mundiais no currículo: Gylmar, Castilho e Guido Massetti, vencedor em 1934 e 38. Mas o italiano não entrou em um jogo sequer nas duas Copas vencidas pela Azzurra nos anos 30. E o ídolo do Fluminense foi exatamente o reserva de Gylmar nas conquistas de 58 e 62. Nas quais, o titular teve papel importante no bicampeonato brasleiro.

Em 58, com a camisa 3 (diante da numeração aleatória dos jogadores brasileiros), o goleiro do Corinthians não sofreu um gol sequer nas quatro primeiras partidas do Brasil na Suécia. Só teve que buscar a bola na rede na semifinal contra a França, quando levou dois gols do ataque mais positivo da competição (23 tentos em seis jogos), comandado por Just Fontaine.

Na final, os dois gols suecos também não prejudicaram seu bom desempenho na competição.

Com o título, se manteve absoluto no gol brasileiro e voltou a ser titular na campanha vitoriosa do Chile, também com boas atuações.

Já veterano, aos 36 anos, foi convocado para a terceira Copa da carreira. E disputou os dois primeiros jogos (vitória sobre a Bulgária por 2 a 0 e derrota para a Hungria por 3 a 1).

Três anos depois, em 12 de junho de 69, foi homenageado com uma despedida da Seleção, sendo o camisa 1 do Brasil contra a Inglaterra, então campeã mundial. E se despediu com vitória: 2 a 1 no Maracanã.

Uma justa homenagem ao único goleiro titular de uma seleção em conquistas de dois títulos mundiais.

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Carvalho Leite, 100 anos

seg, 28/05/12
por gm marcelo |

Neste fim de semana, um dos maiores artilheiros da história do Botafogo completaria 100 anos. Um jogador que dedicou toda a sua carreira ao Alvinegro, onde chegou em 1929, aos 17 anos (nasceu em 26 de maio de 1912): Carvalho Leite.

O atacante rapidamente se destacou e ajudou o time a conquistar o título estadual em 1930, sendo o artilheiro do time, com 14 gols em 20 jogos. No mesmo ano em que foi convocado para defender a Seleção Brasileira na primeira Copa do Mundo, no Uruguai.

No então Botafogo Futebol Clube, foi um dos destaques do time no tetracampeonato estadual em 32, 33, 34 e 35. Um feito até hoje único na mais que centenária história do Campeonato Carioca.

Somente deixou de atuar pelo Alvinegro em 42, sem conseguir se recuperar totalmente de uma lesão no joelho, sofrida no ano anterior.

Fechou sua participação com 261 gols em 303 partidas. Com uma excelente média de 0,86 gol por jogo. Foi o maior artilheiro até os anos 60, quando foi superado por Quarentinha, que marcou 307 tentos em 444 jogos.

Após encerrar a carreira, abrindo espaço para o jovem Heleno de Freitas em General Severiano, com quem chegou a atuar, se tornou médico do clube. E também foi treinador do clube em quatro oportunidades.

- O Botafogo representa tudo para mim. Afinal eu só joguei no Botafogo e me orgulho muito disso. Ainda mais por ter ajudado a acabar com um jejum de títulos – afirmou, destacando a paixão pelo clube.

Na Seleção, marcou 15 gols em 25 partidas (11 contra seleções nacionais). Uma delas em Copa do Mundo (o 4 a 0 na Bolívia, em 30). Jogou após ter ficado na reserva no primeiro jogo, contra a Iugoslávia (derrota brasileira por 2 a 1). Em 98, aos 86 anos, em seu apartamento em Copacabana, relembrou para este jornalista como virou titular na segunda partida do Mundial de 30.

- Eu mesmo me escalei. O treinador era meu amigo. Então eu falei para ele: neste jogo, eu vou jogar – afirmou, citando Píndaro de Carvalho, técnico da Seleção em 30.

Também foi convocado para o Mundial de 34, mas não entrou em campo no único jogo do Brasil na Itália, a derrota por 3 a 1 para a Espanha.

Carlos Antônio Dobbert de Carvalho Leite faleceu em 19 de julho de 2004, aos 92 anos, no Rio de Janeiro.

Lista dos principais artilheiros da história do Botafogo*

1º) Quarentinha: 307 gols / 444 jogos (média 0,69)
2º) Carvalho Leite: 261 gols / 303 jogos (0,86)
3º) Garrincha: 243 gols / 612 jogos (0,40)
4º) Heleno de Freitas: 209 gols / 235 jogos (0,89)
5º) Nilo Murtinho: 190 gols / 201 jogos (0,95)
6º) Jairzinho: 186 gols / 413 jogos (0,45)
7º) Octávio Moraes: 171 gols / 200 jogos (0,85)
8º) Túlio: 159 gols / 223 jogos (0,71)
9º) Roberto Miranda: 154 gols / 352 jogos (0,43)
10º) Dino da Costa: 144 gols / 176 jogos (0,82)

* Fonte: Blog Mundo Botafogo

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Ademir da Guia: genialidade aos 70 anos

qui, 05/04/12
por gm marcelo |

Na última terça-feira, o SporTV exibiu uma belíssima reportagem com Ademir de Guia, no dia em que o “Divino” completou 70 anos de idade. Convidado pelo jornalista Guilherme Oliveira, o eterno camisa 10 palmeirense visitou as obras da Arena Palestra, onde repetiu o ritual de vestir a camisa alviverde, calçar a chuteiras e subiu as escadas do vestiário rumo ao gramado.

E no CT do Palmeiras, mostrou que o talento permanece apesar da idade. Em uma cobrança de pênalti, disse que acertaria a bola na trave. Diante do pedido para que marcasse o gol, decidiu fazer os dois. Mandou a bola nas duas traves antes de que ela balançasse a rede. Uma obra de arte de um craque eterno.

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Ademir da Guia: o Divino completa 70 anos

ter, 03/04/12
por gm marcelo |

Qual o maior ídolo da história do Palmeiras? Oberdan? Julinho? Marcos, certamente, receberia muitos votos de uma geração mais jovem. Mas muitos palmeirenses certamente responderiam Ademir da Guia. Que completa 70 anos nesta quarta-feira.

Apelidado de “Divino” por sua categoria com a bola nos pés e a elegância em campo, o principal nome do clube nos anos 60 e 70 é o recordista de partidas pelo Alviverde, com 901 partidas.

Filho de Domingos da Guia, titular do Brasil na Copa de 38 e um dos melhores zagueiros da história do futebol brasileiro, Ademir se destacou no Bangu, clube que projetou o pai. Em 1961, trocou Moça Bonita pelo Palestra Itália.

Uma passagem que duraria longos 16 anos. Marcada por muitos títulos: cinco Paulistas (1963, 66, 72, 74 e 76), dois Brasileirões (72 e 72), uma Taça Brasil (67), duas Taças de Prata (67 e 69) e o Rio-São Paulo de 65, entre os principais.

Rapidamente deixou de ser conhecido como o “filho de Domingos”. Principal nome da Academia Palmeirense dos anos 60 e 70, o camisa 10, apesar de ter a característica de servir aos companheiros com ótimos passes, também tinha o lado artilheiro. Com 153 gols, é o terceiro maior goleador da história alviverde.

A sua importância para o Palmeiras é evidenciada pela honra que recebeu, destinada somente a mais dois jogadores que defenderam o clube (Junqueira e Waldemar Fiúme): um busto em uma alameda da sede do clube.

- O Palmeiras nunca teve um jogador tão talentoso e que unisse perfeitamente a capacidade de conquistar títulos, com classe e a habilidade, como o “Divino” demonstrou em 16 anos de clube. Sua genialidade transcendeu as quatro linhas, virando poesia e filme – afirma o clube, sobre Ademir, em seu site oficial.

Apesar dos títulos, dos gols e do talento, teve poucas oportunidades na Seleção Brasileira. Foram apenas nove jogos oficiais pelo Brasil. E somente 66 minutos em Copa do Mundo. Contra a Polônia, na disputa do terceiro lugar do Mundial de 74.

Mas vestiu a camisa amarela em um jogo marcante para os palmeirenses: a vitória do Brasil por 3 a 0 sobre o Uruguai, em 7 de setembro de 1965, no Mineirão. Quando o Palmeiras representou o país no amistoso que fez parte das comemorações da inauguração do estádio mineiro.

Se as poucas chances na Seleção certamente deixaram o craque aborrecido, não afetaram a sua revelância para os palmeirenses. Afinal não é qualquer jogador que passa ser conhecido como “Divino”.

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‘Heleno é um personagem cinematográfico’, diz diretor

sex, 30/03/12
por gm marcelo |

A partir desta sexta-feira, os fãs do futebol têm um compromisso marcado nas salas de cinema, com a estreia de “Heleno, o Príncipe Maldito”, que retrata a vida de Heleno de Freitas, craque que defendeu o Botafogo, Boca Juniors e Vasco nos anos 40.  O ídolo alvinegro teve uma trajetória marcante dentro e fora dos campos. Nascido em uma família tradicional mineira, Heleno se formou como advogado e formou uma das melhores linhas de ataque da história da Seleção Brasileira, com Tesourinha, Zizinho, Ademir Menezes e Jair Rosa Pinto.

Mas teve a carreira não apenas marcada pelos gols (foram 204 em 233 jogos pelo Botafogo, sendo o quarto maior artilheiro da história do clube). As brigas com adversários, companheiros, dirigentes e treinadores foram frequentes. Problemas em sequência que acabaram provocando a sua saída do Botafogo em 1948, antes de ver o seu time do coração comemorar o esperado título carioca naquele ano. Somente teria a alegria de ser campeão no ano seguinte, com a camisa do Vasco. Do qual saiu após brigar com o treinador Flávio Costa. Que também comandava a Seleção Brasileira, o que fechou as portas do selecionado para o atacante.

Coube ao diretor José Henrique Fonseca o desafio de transformar em filme uma vida repleta de elementos cinematográficos: um jogador de classe alta, considerado galã, bon vivant, com muitas conquistas amorosas, vitórias e derrotas nos gramados, brigas e um fim melancólico, doente e longe da fama em um sanatório. Com a morte precoce causada pela sífilis, aos 39 anos de idade.

- Heleno é um personagem cinematográfico. Acho que na história do futebol brasileiro, não existe um jogador que se adeque tão bem a ser retratado em um filme. Cuja vida se parece com um filme. É um personagem fascinante – afirma o diretor, nesta entrevista ao Memória Esporte Clube.

Memória EC – Alguns críticos afirmaram que quem for ao cinema esperando em “Heleno” um filme de futebol, vai se decepcionar. Concorda com a análise que é não um filme sobre futebol?

- Concordo que não é um filme de futebol. É um filme em que o universo do futebol está retratado, que tem cenas de futebol, em que a relação do Heleno com os dirigentes está presente, por exemplo. Mas diria que (o futebol) está em um segundo plano. O filme mostra a vida conturbada do personagem, não apenas do ponto de vista do futebol.

A vida do Heleno realmente se pareceu com um filme?

- Heleno é um personagem cinematográfico. Acho que na história do futebol brasileiro, não existe um jogador que se adeque tão bem a ser retratado em um filme. Cuja vida se parece com um filme. É um personagem fascinante. Ele era um jogador à frente do seu tempo. E era bipolar. Em uma época em que esse problema não conseguia ser diagnosticado de maneira precisa. Na época, quem apresentava um comportamento do tipo era chamado de maluco, diziam que estava com o diabo no corpo…

Heleno atuou nos anos 40 e são raros os registros dele. Isso atrapalhou na produção do filme?

- Tivemos acesso a poucas cenas dele atuando pelo Boca Juniors. Não tivemos acesso à voz do Heleno, por exemplo. Mas acho que não atrapalhou muito. Deu até mais liberdade.

Alguns jornalistas comparam a trajetória de Heleno de Freitas a de Adriano. O que acha?

- Não acho uma comparação cabível. Acho que Heleno se aproximaria mais do Edmundo. Heleno era muito cordato fora de campo e se transformava dentro de campo. O Edmundo é conhecido como Animal. Mas acho que o Heleno não tem muito parâmetro no futebol atual. Ele era um advogado, por exemplo.

Saiba mais sobre a carreira de Heleno de Freitas

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Flamengo joga de luto neste sábado devido à morte de Jordan

sex, 17/02/12
por gm marcelo |

O Flamengo jogará de luto neste sábado, contra o Resende, em Volta Redonda, pela última rodada do Campeonato Carioca, devido à morte do ex-jogador Jordan. Lateral-esquerdo do clube de 1952 a 63, Jordan da Costa, 79 anos, faleceu na manhã desta sexta-feira, no Hospital Salgado Filho (Méier, Zona Norte do Rio), vítima de parada cardíaca, dois dias após ter sofrido amputação da perna direita, como consequência de complicações derivadas do diabetes.

Durante aproximadamente 20 anos, Jordan foi o atleta que mais havia vestido a camisa do Fla, com 603 jogos. O recorde do lateral somente foi superado nos anos 80, por três atletas da equipe campeã mundial e da Libertadores em 81 (Júnior, Zico e Adílio, pela ordem).

O lateral-esquerdo foi peça importante da equipe tricampeã carioca em 1953, 54 e 55, tendo participado de todos os jogos da primeira e da terceira campanhas. Pelo clube, conquistou também o título do Torneio Rio-São Paulo de 1961.

Disciplinado, jamais foi expulso de campo. Característica que o fez ficar conhecido como um dos mais leais marcadores de Garrincha. Apesar de ter sofrido com a habilidade do ponta-direita em muitos clássicos Flamengo x Botafogo nos anos 50 e 60, não usava a violência para parar o atacante, como o próprio Garrincha reconheceu em diversas entrevistas.

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Leal marcador de Garrincha, Jordan tem perna amputada no Rio

qua, 15/02/12
por gm marcelo |

Famoso por ter sido um dos principais marcadores de Garrincha nos anos 50 e 60, o ex-lateral-esquerdo Jordan da Costa, que atuou 11 anos pelo Flamengo, teve a perna direita amputada nesta quarta-feira em um hospital público do Rio de Janeiro.

O ex-jogador, de 79 anos, está internado há uma semana no Hospital Salgado Filho (Méier, Zona Norte do Rio) após ter se sentido mal há aproximadamente dez dias, com complicações derivadas do diabetes.

Após a intervenção cirúrgica, o quadro de Jordan é delicado e não há previsão de alta, segundo Gabriela Vieira, filha do ex-jogador.

Quarto jogador com mais partidas pelo Flamengo e primeiro até os anos 80 (608 jogos, menos apenas que Júnior, Zico e Adílio), Jordan foi atendido no último dia 5 no Pam (Posto de Atendimento Médico) de Del Castilho (Zona Norte) com um quadro de infecção na perna direita. Três dias depois, foi transferido para o Salgado Filho, onde os médicos diagnosticaram a necessidade de amputação.

Após uma semana aguardando que o paciente tivesse condições clínicas de se submeter à cirurgia, os médicos realizaram a operação na manhã desta quarta.

- Até o final de janeiro, o meu pai não apresentava qualquer problema de saúde. E ele não gostava de ir ao médico. No início deste mês, começou a ter coceiras na perna, e exames revelaram o diabetes e problemas cardíacos – afirmou Gabriela.

Jordan defendeu o Flamengo de janeiro de 1952 a setembro de 1963. Pelo clube, foi tricampeão carioca em 1953, 54 e 55. Em seu currículo também consta o título do Torneio Rio-São Paulo de 61.

Com a camisa rubro-negra, foi o responsável direto pela marcação a Garrincha em vários clássicos no Maracanã. O atacante do Botafogo e da Seleção Brasileira sempre considerou que Jordan foi um dos marcadores mais leais que enfrentou na longa carreira.

Em 1955, Jordan foi convocado para defender a Seleção Brasileira na disputa da Taça Oswaldo Cruz, contra o Paraguai, mas não chegou a entrar em campo.

Em junho do ano passado, o Flamengo homenageou os jogadores campeões do Torneio Rio-SP de 61 pelos 50 anos da conquista. Jordan (à direita na foto abaixo), então com boa saúde, compareceu ao evento na Gávea e reencontrou velhos companheiros, como Carlinhos.

Segundo Gabriela, o Flamengo enviou representantes ao hospital, como o diretor Guilherme Nogueira, para verificar o estado de saúde do ex-jogador e dar apoio moral à família.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Heleno de Freitas ganha estátua na cidade em que nasceu

seg, 13/02/12
por gm marcelo |

Heleno de Freitas ganhou uma bela homenagem da cidade mineira de São João Nepomucemo, onde nasceu em 12 de fevereiro de 1920. Um dos principais jogadores da história do Botafogo ganhou uma estátua na Praça Barão do Rio Branco (Praça da Rodoviária). A obra, de 2,5m de altura, foi criada por Edgar Duvivier, autor das estátuas de Nilton Santos e Jairzinho, instaladas em uma das entradas do Engenhão.

A cerimônia de inauguração contou com a presença de parentes do craque, como o filho Luiz Eduardo de Freitas.

Considerado um dos primeiros galãs do futebol brasileiro, Heleno, advogado formado, foi um dos principais jogadores brasileiros da década de 40. Após uma passagem como amador pelo Fluminense, se tornou profissional no Botafogo em 1940. Atuou pelo Alvinegro até 1948, marcando 209 gols em 235 partidas. Apesar de não ter conquistado títulos em General Severiano, teve atuações inesquecíveis, entrando na galeria dos grandes jogadores do clube carioca.

Após uma passagem atribulada pelo Boca Juniors (48/49), foi campeão carioca pelo Vasco em 49. Mas saiu brigado de São Januário após desentendimento com o treinador Flávio Costa. No mesmo ano, aceitou ir jogar no ‘Eldorado’ colombiano, pelo Junior de Barranquilla. Sem pagar aos clubes originais pelos passes dos jogadores, os times da Colômbia atraíam craques com altíssimos salários. Vários atletas argentinos de destaque foram contratados, caso de Di Stefano.

Mas as negociações foram consideradas ilegais pela Fifa, que suspendeu a Colômbia das competições internacionais. E, consequentemente, os jogadores que atuavam lá ficaram impedidos de defender suas seleções. A esperança de Heleno de disputar uma Copa do Mundo, adiadas pela Segunda Guerra Mundial, acabaram aí.

Da Colômbia, viu ex-companheiros de Seleção (Ademir, Zizinho, Jair, Barbosa) sofrerem com a derrota para o Uruguai na decisão do Mundial de 50. Com a camisa do Brasil, Heleno disputou 18 jogos oficiais, suficientes para registrar a expressiva marca de 14 gols.

Mas os casos de indisciplina e lesões impediram maior longevidade na Seleção. E a discussão com Flávio Costa, treinador do Vasco e do selecionado, fechou as portas da equipe para ele.

Em 1951, ainda jovem (31 anos), fechou contrato com o América. A passagem pelo clube rubro durante apenas 35 minutos. Ainda no primeiro tempo de um jogo contra o São Cristovão pelo Carioca, foi expulso após falta violenta. Transtornado, efeito da sífilis ainda não diagnosticada, doença que afeta o sistema nervoso central, teve que ser contido para deixar o gramado. Na única vez em que atuou no Maracanã.

Em 1953, com a doença já em estágio avançado, foi internado em um sanatório em Barbacena. Onde faleceu em 8 de novembro de 1959. Com apenas 39 anos.

A vida de Heleno de Freitas será tema de um filme, com Rodrigo Santoro no papel do jogador. O lançamento estava previsto para outubro, mas foi adiado. E não tem data ainda confirmada. O filme é baseado no livro “Nunca houve um homem como Heleno”, de autoria de Marcos Eduardo Neves.

Crédito da foto: neimedina.blogspot.com

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Show no Rio tenta ajudar campeão mundial em 58

sex, 21/01/11
por gm marcelo |

Ser campeão do mundo é algo que acompanha um jogador para sempre. Mas ter o título mais importante do futebol no currículo não é garantia de um futuro tranquilo. Profissionais de um tempo em que os astros do futebol não ganhavam os salários de hoje, alguns campeões das Copas de 58, 62 e 70 vivem hoje sem luxo. E o caso mais grave é o de Moacir, integrante da seleção que deu ao Brasil o seu primeiro título mundial, na Suécia.

Reserva de Didi em 58, o ex-jogador do Flamengo, aos 74 anos, vive hoje em Guaiaquil (Equador) e enfrenta dificuldades financeiras para se tratar de um câncer de próstata, que o impede de trabalhar em uma escolinha de futebol para jovens na cidade equatoriana.

Para tentar melhorar a situação financeira do campeão mundial, um grupo de amigos organizou um show em seu benefício no Rio de Janeiro, que será realizado na próxima quarta-feira (dia 26). Moacyr Luz, Abel Duerê, Pedro Hollanda, Laudir de Oliveira e outros artistas vão se apresentar de graça a partir das 19h no Oi Futuro Ipanema (Rua Visconde de Pirajá, 54). Toda a arrecadação será destinada a Moacir.

Segundo um dos organizadores, o cineasta José Carlos Asbeg, o evento integra uma campanha para que o Congresso Nacional e o Governo Federal agilizem a aprovação de um projeto de lei que concede aposentadoria aos campeões mundiais. Os atletas de 58 e 62 receberiam ainda uma premiação, “prometida desde 2008 e até agora não liberada”, segundo Asbeg, diretor do filme “1958 – O ano em que o mundo descobriu o Brasil”.

- Nossos craques precisam de homenagens em vida e não depois de mortos – afirma.

Nascido em São Paulo em 18 de maio de 1936, Moacir Claudino Pinto defendeu o Flamengo de 1956 a 62, formando no Rubro-Negro um ataque poderoso com Joel, Dida e Zagallo (todos campeões mundiais com ele em 58). Em 62, foi atuar no River Plate. No mesmo ano, defendeu o Peñarol. Em 63, chegou ao Equador, onde jogou pelo Everest e pelo Barcelona de Guaiaquil. Desde então, vive no país sul-americano.

Moacir defendeu a seleção brasileira em seis jogos oficiais, com dois gols marcados.

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Em dificuldades, ídolo do São Paulo nos anos 70 luta contra doença

sex, 07/05/10
por gm marcelo |

pedrorochaO São Paulo tem a tradição de apoiar seus ídolos. Jogadores que deram tantas alegrias aos torcedores do clube. O maior exemplo foi Leônidas da Silva. Vítima do Mal de Alzheimer, o artilheiro da Copa de 38 viveu em uma clínica por mais de 20 anos até sua morte em 2004. E os custos do tratamento foram bancados pelo Tricolor Paulista, clube que o Diamante Negro defendeu de 1942 a 50 e pelo qual foi cinco vezes campeão estadual.

E um outro grande ídolo da história do clube enfrenta sérias dificuldades para cuidar da saúde e precisa de amparo. Após sofrer um AVC (acidente vascular cerebral) no ano passado, Pedro Rocha luta contra a atrofia do mesencéfalo, doença que prejudica a fala e os movimentos.

Considerado um dos melhores jogadores do São Paulo na década de 70, o uruguaio de 68 anos foi internado na última quinta-feira na Santa Casa de Santo Amaro. Enfrentando problemas para custear o tratamento, a família do ex-camisa 10 do Morumbi recorreu ao SUS (Sistema Único de Saúde).

Convocado para defender o Uruguai em quatro Copas do Mundo (1962 /66/70/74), Pedro Rocha se destacou pelo Peñarol, conquistando pelo clube de Montevidéu três títulos da Libertadores (60, 61 e 66) e o Mundial Interclubes em 61 e 66.

Pedro_RochaEm 1971, chegou ao São Paulo. E ajudou o clube a ser campeão paulista naquele ano e em 75. Defendeu o Tricolor Paulista em 375 jogos, marcando 113 gols. Em 78, transferiu-se para o Coritiba. No futebol brasileiro, também teve passagens rápidas pelo Palmeiras e pelo Bangu. Em 80, encerrou a carreira, no Al-Nassar (Arábia Saudita).

Futpédia: veja os números de Pedro Rocha em Campeonatos Brasileiros e em Copas do Mundo

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