A história dos ‘lados’ das torcidas no Maracanã

sex, 19/07/13
por gm marcelo |

A volta dos clubes cariocas ao Maracanã neste domingo, após três anos sem que os torcedores do Rio pudessem ver seus times do coração no estádio mais emblemático do país, está marcada não pelo duelo em campo entre Fluminense e Vasco. E sim pelo local em que as torcidas dos dois clubes deverão ocupar. Como um dos novos ‘donos’ do Maracanã, o Fluminense decidiu ‘reservar’ para os fãs tricolores o espaço à direita das cabines de imprensa. Exatamente o local tradicionalmente ocupado pelos vascaínos.

E como ocorreu essa ‘ocupação de território’ em um dos estádios mais famosos do mundo? A tradição remonta a 1951, ano seguinte à inauguração do Maracanã. Segundo pesquisa realizada pelo jornalista Fábio Grijó, do SporTV, o Vasco teve o direito a escolher o lado em que desejava que sua torcida ficasse por ter sido o primeiro campeão carioca da Era Maracanã. Com o título de 1950, em 28 de janeiro de 51, conquistado na final diante do América pelo time que era a base da Seleção da Copa disputada no Brasil (Ademir Menezes, Danilo Alvim, Chico, Barbosa, Augusto, Maneca, Eli, Alfredo II).

O Vasco decidiu escolher o lado direito. Coube ao Flamengo, por ter a maior torcida, ficar com o lado esquerdo, ganhando também um espaço fixo no estádio.

Em relação a Botafogo e Fluminense, houve um acordo tácito. Os alvinegros passaram a ficar sempre do lado direito, com exceção dos clássicos diante do Vasco. E os tricolores ficaram à esquerda, menos nos Fla-Flus.

Se essa divisão atrás dos gols surgiu já nos anos 50, a separação das entradas dos torcedores é mais recente. Até meados dos anos 90, os acessos das rampas do Bellini e da Uerj não ficavam restritos a uma torcida. Havia uma entrada conjunta nos dois acessos. Para evitar problema maiores, policiais se colocavam na parte central das rampas. E os torcedores se dividiam no final dela. Um grupo ia para a esquerda. Outro, para a direita.

Com o acirramento da tensão entre organizadas, a Polícia Militar decidiu limitar os acessos. Os torcedores do Flamengo passaram a entrar sempre pelo acesso localizado na Avenida Maracanã, marcado pela estátua do Bellini. E os do Vasco deveriam entrar pela rampa situada na Avenida Radial Oeste. Botafoguenses e tricolores mudavam de local conforme o setor que fossem ocupar.

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Quarta edição do Cinefoot reúne duas artes: futebol e cinema

qui, 23/05/13
por gm marcelo |

Os amantes do futebol têm um programa imperdível desta quinta-feira até a próxima terça no Rio de Janeiro, com a 4ª edição do Cinefoot (Festival de Cinema de Futebol). E torcedores de alguns dos principais clubes do país, como Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Santos e Vasco têm motivos especiais para prestigiar o festival.

Um dos principais ídolos da história do Botafogo, Amarildo será homenageado na sexta-feira (21h15) com a exibição do curta-metragem “Amarildo – o Possesso”, que mostra um pouco da carreira do atacante que teve uma dura missão em 1962: substituir Pelé durante a Copa do Mundo no Chile. O botafoguense estreou na terceira partida, contra a forte Espanha. Uma derrota eliminaria os então campeões mundiais. Mas o ‘Possesso’ não sentiu o peso da responsabilidade: fez os dois gols da vitória brasileira por 2 a 1.

Outro campeão mundial em 62 – e grande ídolo botafoguense – também estará nas telas do Cinefoot. O festival terá como filme de encerramento o famoso “Garrincha, alegria do povo”, filme de 1963 dirigido por Joaquim Pedro de Andrade (terça, 21h15).

A trajetória de Heleno de Freitas também estará no Cinefoot com o filme em que Rodrigo Santoro encarna o craque do Botafogo e da Seleção (sexta-feira, às 19h)

Maior artilheiro da história do Cruzeiro e um dos principais ídolos da história do clube, Tostão também será homenageado no evento com o longa “Tostão, a fera de ouro”, no sábado, às 21h15. Será a primeira exibição da cópia restaurada do filme de 1970, ano em que o camisa 9 foi peça fundamental para o Brasil conquistar o tricampeonato mundial no México.

Os gremistas poderão ver o time de coração nas telas do Cinefoot com a exibição no sábado (19h) do documentário “Geral do Grêmio, o filme”. Durante cinco anos, o diretor Juliano Kracker acompanhou os bastidores da torcida, que segundo ele, ”mudou a forma de torcer no Brasil”.

Os torcedores do Flamengo têm como atrativos no Cinefoot o curta-metragem “Zico 60″, de Marcelo Pizzi (segunda-feira, às 19h), lembrando os 60 anos do Galinho de Quintino, completados em março deste ano, e o longa “Zico na Rede”.

E para os rubro-negros, botafoguenses, tricolores e vascaínos uma boa pedida é o curta “Geral”, que destaca personagens que marcaram o setor mais popular do Maracanã, área extinta com as reformas no estádio.

Os corintianos terão um de seus principais ídolos lembrados no evento. Sócrates é um dos “Rebeldes do futebol”, documentário francês que mostra a trajetória de jogadores que mostraram sua oposição a regimes políticos antidemocráticos ou a gestões corruptas de dirigentes. Casos também do francês Cantona, do chileno Caszely e do marfinês Drogba. O documentário francês abre o festival, nesta quinta-feira, às 20h30.

E os santistas poderão conferir o curta “Santos para sempre na pele”, que mostra como torcedores decidiram marcar para sempre a sua paixão pelo Alvinegro praiano com tatuagens.

De 6 a 11 de junho, o festival chega a São Paulo. E de 11 a 29 do próximo mês, o evento percorrerá as sedes da Copa das Confederações (Brasília, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte e Rio).

Clique aqui e confira a programação do 4º Cinefoot

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Há 50 anos, Santos e Botafogo, com 11 campeões mundiais, decidiam Taça Brasil

qua, 03/04/13
por gm marcelo |

De um lado, sete campeões mundiais. Do outro, quatro. Onze no total. Um time inteiro. Um encontro de supercraques. Que há 50 anos ocorreu no então país bicampeão do mundo. Apenas sete meses depois do título verde-amarelo no Chile, Santos e Botafogo chegaram à decisão da Taça Brasil de 62.

A expectativa no país já naquele início de 1963 era enorme pelo duelo entre os dois melhores times do país na época. O Santos, com Pelé, Mauro, Zito, Gilmar, Coutinho, Mengálvio e Pepe, todos da Seleção de 62, era campeão do Mundial de Clubes, da Libertadores, do Paulista e da própria Taça Brasil. O Botafogo era bicampeão carioca e do Torneio Rio-São Paulo. Contava com Garrincha, Nilton Santos, Amarildo e Zagallo, todos titulares do Brasil no Chile. O desfalque contra o Santos era um quinto titular da Seleção, Didi, que havia trocado o Rio por Lima (Peru), para jogar no Sporting Cristal.

O primeiro duelo entre os supertimes ocorreu em 19 de março de 63, no Pacaembu. E o jogo atendeu às expectativas dos torcedores, que viram sete gols. Em casa, o Peixe levou a melhor, vencendo por 4 a 3. Quarentinha abriu o placar para o Botafogo, mas Pepe, Coutinho e Dorval viraram para o Santos. Amoroso diminuiu para o Alvinegro carioca aos 21 do segundo tempo, sete minutos antes de Pepe fazer 4 a 2. No minuto final, Amarildo, o Possesso, descontou.

No dia 31, os dois gigantes se reencontraram no Maracanã. O Santos jogava pelo empate. Qualquer triunfo do Botafogo provocaria um jogo extra (não havia desempate pelo saldo de gols). Diante de 102 mil torcedores, o Bota mostrou sua força e abriu 3 a 0, com Edison, Quarentinha e Amarildo. Um gol contra de Rildo aos 42 do segundo tempo garantiu o tento de honra do Santos: 3 a 1.

Apenas dois dias, os esquadrões voltariam a campo para um terceiro jogo. Também no Maracanã. E naquele 2 de abril de 1963, o equilíbrio esperado entre os dois – e que havia acontecido até então – desapareceu. Mesmo fora de casa, o Santos fez 2 a 0 no primeiro tempo, com Dorval e Pepe. Com nove minutos da etapa final, Coutinho fez o terceiro. E Pelé, que não havia marcado nas duas partidas anteriores, deu o ar de sua realeza e marcou duas vezes em um espaço de cinco minutos (30′ e 35′), fechando o resultado histórico: Santos 5 a 0. Goleada que assegurou o bicampeonato da Taça Brasil para o Alvinegro praiano. Título que o Peixe voltaria a conquistar nos três anos seguintes (63/64/65).

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Há 50 anos, Garrincha brilhava em título histórico do Botafogo

sáb, 15/12/12
por gm marcelo |
categoria Botafogo, Garrincha

O ano de 1962 foi marcante para Garrincha. O ano em que Mané conduziu o Brasil à conquista do bicampeonato mundial no Chile. Mas que também ficou marcado pela sua última grande exibição nos gramados, na opinião de muitos especialistas. Essa atuação de gala ocorreu há exatos 50 anos. Em seu palco preferido: o Maracanã. E uma ocasião especial: a decisão de um título.

Em 15 de dezembro de 1962, mais de 158 mil torcedores foram ao mais tradicional estádio brasileiro para a final do Carioca entre Botafogo e Flamengo (assista imagens daquele jogo em uma reportagem de uma TV francesa).

O Alvinegro contava com quatro titulares do Brasil campeões mundiais seis meses antes no Chile: Nilton Santos, Garrincha, Amarildo e Zagallo. O Flamengo, treinado por Flávio Costa, comandante da seleção brasileira na Copa de 50, apostava no já experiente Dida e no jovem Gérson.

E o futuro campeão mundial em 70 no México recebeu uma missão espinhosa do treinador rubro-negro: deveria ser o responsável por dar o primeiro combate em Garrincha, ajudando o lateral-esquerdo Jordan no desafio de tentar parar o craque da Copa de 62. Sem ter a marcação como ponto forte, Gérson não conseguiu realizar a missão. E não poupou críticas a Flávio Costa. A atuação e a discussão acabaram contribuindo para a sua saída da Gávea no ano seguinte. Quando foi contratado exatamente pelo Botafogo

Na final, o Flamengo até que ameaçou a meta adversária nos primeiros minutos. Mas rapidamente, Garrincha mostrou que aquele seria um dia especial para ele. Com dez minutos, passou por Jordan e chutou cruzado, na saída do goleiro Fernando: 1 a 0 Botafogo. Depois, voltou a superar o lateral, passou por Gérson e cruzou para a área. O zagueiro Vanderlei se apavorou e acabou completando contra a própria meta. Botafogo 2 a 0.

No segundo tempo, o Flamengo ainda tentou uma reação, mas o máximo que conseguiu foi acertar a trave direita da meta do goleiro Manga. E coube a Garrincha fechar a vitória, aproveitando um rebote para marcar Botafogo 3 a 0.

Carregados nos ombros por torcedores após o jogo, o eterno camisa 7 mal poderia saber que aquela seria uma de suas últimas grandes alegrias dentro de um campo de futebol. Após aquela apresentação de gala, Garrincha passou a sofrer os efeitos das frequente infiltrações nos joelhos e de outros tratamento inadequados e seu desempenho caiu. Em 1966, trocou o Alvinegro carioca pelo Alvinegro do Parque de São Jorge, mas conseguiu disputar apenas 13 jogos pelo Corinthians. E experimentou o declínio até encerrar a carreira em 1972 no Olaria. Dez anos depois daquela exibição de gala em 15 de dezembro de 62 no Maracanã lotado.

Botafogo 3 x 0 Flamengo

Data: 15 /12 /1962
Local: Maracanã (Rio de Janeiro)
Público: 158.994 (147.043 pagantes)
Árbitro: Armando Marques
Gols: Garrincha, Vanderlei (contra) e  Garrincha
Cartões vermelhos: Dida e Paulistinha

Botafogo: Manga, Paulistinha, Jadir, Nílton Santos e Rildo; Ayrton e Édison; Garrincha, Quarentinha, Amarildo e Zagallo. Técnico: Marinho Rodrigues.

Flamengo: Fernando, Joubert, Vanderlei, Décio Crespo e Jordan; Carlinhos e Nelsinho; Espanhol, Henrique, Dida e Gérson. Técnico: Flávio Costa.

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Pais e alunos se mobilizam contra retirada de escola Friedenreich do Maracanã

ter, 06/11/12
por gm marcelo |

O projeto de reforma do complexo do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 tem pontos polêmicos, como a demolição do estádio de atletismo Célio Barros e do Parque Aquático Júlio Delamare, reformado para os Jogos Pan-Americanos de 2007. E uma outra proposta contida no edital da obra vem gerando protestos: a retirada da Escola Municipal Friedenreich, instalada em uma área entre o Maracanã e o Maracanãzinho, próxima à estátua do Bellini.

Pais e alunos da escola se mobilizam para evitar a saída da instituição de ensino do local. Instalada no complexo do Maracanã em 1965, a escola homenageia um dos primeiros ídolos do futebol brasileiro, campeão com a Seleção dos Sul-Americanos de 1919 e 22.

A escola obteve a quarta maior média (7,6) entre as instituições de ensino do município do Rio no Indeb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) de 2011. E a sexta em todo o estado do Rio.

Nesta quinta-feira, será realizada uma audiência pública para discutir a utilização futura do complexo do Maracanã. Pais e alunos prometem comparecer à sessão para tentar convencer o secretário estadual da Casa Civil, Régis Fichtner, a manter a escola no local.

O grupo lançou na internet um abaixo-assinado virtual em defesa da permanência da escola. Até às 18h desta terça-feira, 11.243 pessoas haviam assinado a petição. A meta é alcançar 12 mil adesões antes da audiência pública.

Em entrevista à rádio CBN, o secretário Régis Fichtner afirmou que a escola será transferida para um prédio localizado em um terreno próximo à Quinta da Boa Vista. Fichtner argumentou que a nova localização será mais apropriada, em um local mais tranquilo que o complexo do Maracanã. Mas não deu uma previsão de quando as obras vão começar.

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Morre Jorge Vieira, treinador campeão pelo América-RJ e Corinthians

qua, 25/07/12
por gm marcelo |

Treinador campeão carioca pelo América-RJ em 1960 e paulista pelo Corinthians em 1979 e 83, Jorge Vieira faleceu nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, aos 78 anos. O ex-técnico estava internado no hospital Prontocor, em Botafogo (Zona Sul do Rio) e morreu vítima de um infarto. O velório será realizado nesta quarta-feira, no cemitério São João Batista, a partir das 11h.

Nascido em 18 de julho de 1934, Jorge Vieira foi lateral, mas encerrou a carreira precocemente em 1960, aos 26 anos. No mesmo ano, se tornou o treinador do América. E apesar da pouca idade, liderou o time à conquista do Campeonato Carioca daquele ano. Até hoje, a última conquista estadual do clube rubro. Sob o comando do jovem técnico, o time de Campos Salles deixou para equipes que contavam em seus elencos com jogadores campeões mundiais dois anos antes na Suécia, como Botafogo (Didi, Garrincha, Nilton Santos e Zagallo), Flamengo (Dida e Joel) e Vasco (Bellini e Orlando). A final foi contra o Fluminense, e o América venceu por 2 a 1.

Nos anos 70, brilhou no comando do Botafogo-SP, formando uma equipe que marcou época no clube em 1977. Liderado em campo por Sócrates, o Tricolor de Ribeirão Preto foi campeão da Taça Cidade de São Paulo, equivalente ao primeiro turno do Campeonato Paulista. Na final, o empate sem gols diante do São Paulo no tempo normal e na prorrogação garantiu o título ao time de Ribeirão Preto, que tinha melhor campanha.

O bom desempenho no Botafogo-SP fez Jorge Vieira ser contratado pelo Palmeiras. E levou o Alviverde à final do Campeonato Brasileiro de 1978, quando a equipe perdeu o título para o Guarani.

No ano seguinte, chegou ao Corinthians. E, novamente com Sócrates, foi campeão paulista de 1979 pelo Timão, superando a Ponte Preta na decisão. Quatro anos depois, em 83, voltou a ser campeão paulista pelo clube, na época da Democracia Corinthiana. Treinou o clube também entre 1985 e 86.

Também comandou o Botafogo e o Vasco. E trabalhou no exterior, à frente das seleções do Iraque e El Salvado e de clubes como Belenenses-POR, América-MEX e Puebla-MEX.

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A experiência de Seedorf em gramados brasileiros

ter, 10/07/12
por gm marcelo |
categoria Botafogo

A torcida do Botafogo está ansiosa pela estreia de Clarence Seedorf pelo clube, prevista para o próximo dia 22, no jogo contra o Grêmio, no Engenhão. E o novo camisa 10 do Alvinegro carioca já atuou em gramados brasileiros. Uma vez pela seleção holandesa. E outra ao lado de Zico, um de seus ídolos na infância.

Seedorf foi titular da Holanda no amistoso diante do Brasil em 5 de junho de 1999, na Fonte Nova. A seleção brasileira chegou a abrir 2 a 0 (gols de Amoroso e Giovanni), mas os holandeses reagiram no segundo tempo, e empataram com Kluivert e Van Vossen. O jogador, nascido no Suriname, aproveitou o tempo livre para conhecer a música baiana e chegou a se arriscar no batuque.

Três dias depois, as duas seleções voltaram a se enfrentar, em Goiânia, mas o meio-campista não participou da partida, vencida pelo Brasil por 3 a 1 (Amoroso (2), Leonardo e Van Hooidjonk).

Em 2006, Seedorf, de férias no Rio, aceitou o convite de Zico e foi a estrela do jogo beneficente organizado anualmente pelo Galinho de Quintino. O holandês mostrou o seu talento no gramado do campo principal do CFZ e marcou dois gols na partida. 

E ganhou um troféu especial das mãos de Zico. E lembrou, como fez na coletiva de segunda-feira, que ficou triste com a eliminação do Brasil na Copa de 86, diante da França.

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Carvalho Leite, 100 anos

seg, 28/05/12
por gm marcelo |

Neste fim de semana, um dos maiores artilheiros da história do Botafogo completaria 100 anos. Um jogador que dedicou toda a sua carreira ao Alvinegro, onde chegou em 1929, aos 17 anos (nasceu em 26 de maio de 1912): Carvalho Leite.

O atacante rapidamente se destacou e ajudou o time a conquistar o título estadual em 1930, sendo o artilheiro do time, com 14 gols em 20 jogos. No mesmo ano em que foi convocado para defender a Seleção Brasileira na primeira Copa do Mundo, no Uruguai.

No então Botafogo Futebol Clube, foi um dos destaques do time no tetracampeonato estadual em 32, 33, 34 e 35. Um feito até hoje único na mais que centenária história do Campeonato Carioca.

Somente deixou de atuar pelo Alvinegro em 42, sem conseguir se recuperar totalmente de uma lesão no joelho, sofrida no ano anterior.

Fechou sua participação com 261 gols em 303 partidas. Com uma excelente média de 0,86 gol por jogo. Foi o maior artilheiro até os anos 60, quando foi superado por Quarentinha, que marcou 307 tentos em 444 jogos.

Após encerrar a carreira, abrindo espaço para o jovem Heleno de Freitas em General Severiano, com quem chegou a atuar, se tornou médico do clube. E também foi treinador do clube em quatro oportunidades.

- O Botafogo representa tudo para mim. Afinal eu só joguei no Botafogo e me orgulho muito disso. Ainda mais por ter ajudado a acabar com um jejum de títulos – afirmou, destacando a paixão pelo clube.

Na Seleção, marcou 15 gols em 25 partidas (11 contra seleções nacionais). Uma delas em Copa do Mundo (o 4 a 0 na Bolívia, em 30). Jogou após ter ficado na reserva no primeiro jogo, contra a Iugoslávia (derrota brasileira por 2 a 1). Em 98, aos 86 anos, em seu apartamento em Copacabana, relembrou para este jornalista como virou titular na segunda partida do Mundial de 30.

- Eu mesmo me escalei. O treinador era meu amigo. Então eu falei para ele: neste jogo, eu vou jogar – afirmou, citando Píndaro de Carvalho, técnico da Seleção em 30.

Também foi convocado para o Mundial de 34, mas não entrou em campo no único jogo do Brasil na Itália, a derrota por 3 a 1 para a Espanha.

Carlos Antônio Dobbert de Carvalho Leite faleceu em 19 de julho de 2004, aos 92 anos, no Rio de Janeiro.

Lista dos principais artilheiros da história do Botafogo*

1º) Quarentinha: 307 gols / 444 jogos (média 0,69)
2º) Carvalho Leite: 261 gols / 303 jogos (0,86)
3º) Garrincha: 243 gols / 612 jogos (0,40)
4º) Heleno de Freitas: 209 gols / 235 jogos (0,89)
5º) Nilo Murtinho: 190 gols / 201 jogos (0,95)
6º) Jairzinho: 186 gols / 413 jogos (0,45)
7º) Octávio Moraes: 171 gols / 200 jogos (0,85)
8º) Túlio: 159 gols / 223 jogos (0,71)
9º) Roberto Miranda: 154 gols / 352 jogos (0,43)
10º) Dino da Costa: 144 gols / 176 jogos (0,82)

* Fonte: Blog Mundo Botafogo

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Memopops: acerte nomes de campeões estaduais e concorra a livros

sáb, 12/05/12
por gm marcelo |

Neste domingo, o Brasil conheceu 12 campeões estaduais de 2002. Torcidas em São Paulo, Rio, Minas, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Bahia, Pernambuco, Ceará, Paraíba, Pará e Goiás tiveram motivos para comemorar. Para marcar as finais dos estaduais, preparamos um desafio para testar os seus conhecimentos de futebol. E dar a você a chance de concorrer a livros.

A missão é identificar jogadores em times que foram campeões estaduais nos anos 80 e 90: Santos, Botafogo, Fluminense, Internacional e Atlético-MG. Você deve preencher os nomes nos espaços correspondentes ao número marcado no atleta. Se a resposta estiver correta, uma estrela vai aparecer sobre a imagem do jogador.

E você pode concorrer a três livros: “As melhores seleções brasileiras de todos os tempos”, de Milton Leite; “As melhores seleções estrangeiras de todos os tempos”, de Mauro Beting; e “Brasil, o país do futebol (edição 2011)”.

Para isso, você deve clicar aqui, ler o regulamento da promoção, enviar os nomes dos dez jogadores e responder à pergunta: “Qual o título estadual do seu time foi inesquecível para você?”

As respostas podem ser enviadas até o próximo dia 24. O gabarito e os nomes dos ganhadores dos livros serão divulgados no dia 26. Boa sorte.

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Botafogo x Fluminense de 71: uma polêmica eterna

sáb, 05/05/12
por gm marcelo |

Neste domingo, Fluminense e Botafogo iniciaram a decisão do Campeonato Carioca de 2012 (Flu 4 a 1). O o clássico mais antigo do futebol brasileiro. Que foi disputado pela primeira vez em 22 de outubro de 1905. Nestes 107 anos, ocorreram 336 duelos entre o Tricolor e o Alvinegro. E muitos foram marcantes: decisões, goleadas, jogos emocionantes.

Mas qual foi o mais polêmico? O que gerou mais discussão?

Um fortíssimo candidato a ocupar este posto é a decisão do Carioca de 1971.

As duas equipes tinham elencos fortes. O Botafogo contava com quatro campeões mundiais no ano anterior com a camisa do Brasil no México: Carlos Alberto Torres, Brito, Paulo César Caju e Jairzinho (este não disputou a finalíssima). Do lado do Flu, estavam Félix, Marco Antônio e o técnico Zagallo.

O Flu havia conquistado o título da Taça de Prata em 1970, mas era o Botafogo que dominava o Carioca do ano seguinte. A apenas três rodadas do fim da competição, o Alvinegro liderava, com quatro pontos de vantagem para o Flu. Em uma época em que a vitória valia dois pontos. A confiança do elenco no título era enorme. Paulo César Caju chegou a se deixar fotografar com a faixa de campeão. Imagem que estampou a capa da revista Placar.

Mas o time perdeu fôlego na reta final. Empatou sem gols com o Bonsucesso, lanterna da chamada fase final da competição (disputada por oito clubes), e penou para derrotar o Olaria (3 a 2).

Na antepenúltima rodada, perdeu por 2 a 0 para o Flamengo. Enquanto, o Flu derrotava o Vasco pelo mesmo placar. No fim de semana seguinte, o Botafogo poderia ser campeão antecipado. Mas empatou com o América (1 a 1) e viu o Tricolor vencer o Fla-Flu por 2 a 0. A diferença havia evaporado, caindo para apenas um ponto na última rodada. Que marcava para o dia 27 de junho exatamente o duelo entre o primeiro e o segundo colocados.

O Fluminense precisa vencer. O Botafogo jogava pelo empate. O 0 a 0 em um Maracanã superlotado (144 mil torcedores) permaneceu até aos 43 minutos do segundo tempo, quando ocorreu o lance que entraria para a história do futebol carioca.

O lateral-direito tricolor Oliveira centrou a bola sobre a área. Quem estava no ataque em busca do gol salvador era o outro lateral do Flu, Marco Antônio. O goleiro alvinegro Ubirajara, campeão carioca com o Bangu em 66, saiu da meta e ergueu os braços para defender o cruzamento. Mas encontrou o lateral adversário no caminho.

- O empurrão me tirou da jogada – afirma com convicção o arqueiro.

- Me choquei com o Ubirajara – diz Marco Antônio, garantindo que o lance foi legal.

Após o lance, a bola sobrou para o ponta-esquerda Lula, que mandou a bola para a rede.

Na cabine da Rádio Globo, o comentarista e ex-juiz Mário Vianna, que apitou nas Copas de 50 e 54, bradava que o gol havia sido ilegal.

Mas o árbitro José Marçal Filho apontou para o centro do campo, ignorando os protestos dos botafoguenses.

Com o apito final, os tricolores comemoram o título. E os alvinegros deixaram o campo e as arquibancadas revoltados.

Uma polêmica que resiste até hoje. E que parece que será eterna. Como as emoções do Clássico Vovô.

Números de Botafogo x Fluminense

Jogos: 336
Vitórias do Botafogo: 110
Vitórias do Fluminense: 125
Empates: 101
Gols do Botafogo: 486
Gols do Fluminense: 539

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