Jogos na Memória: os orgulhos e as vergonhas dos botafoguenses

sex, 06/11/09
por bernardo ferreira |

  • Sharebar

A seção Jogos na Memória desta semana traz dez momentos marcantes do Botafogo. Confira a seguir os depoimentos de quem participou de cinco motivos de orgulho e de cinco motivos de vergonha.

OS ORGULHOS:

1º lugar: Santos 1 x 1 Botafogo, em 1995

Depoimento de Sérgio Manoel (atualmente no Bragantino):

“Lembro das declarações do Jamelli no Maracanã, dizendo que em São Paulo eles virariam, assim como naquela vitória histórica sobre o Fluminense (na semifinal). Bastava o 1 a 0 para eles. A vitória por 2 a 1 no Maracanã nos deu condição de chegar armados ao Pacaembu. Marcamos o Santos no campo dele. Era importante não deixar o adversário crescer, porque o Giovanni estava desequilibrando e podia fazer a diferença em um lance. Por isso, a partida ficou truncada e mais faltosa. Numa decisão, vale usar qualquer artifício. Mais para o fim, entrou o fator emocional, com o Botafogo sentindo o título chegando e os dois times jogando no limite. Tínhamos a vantagem e precisávamos administrá-la, e aí bateu o nervosismo. Para o Santos, não tinha jeito: só bastava atacar. Foi uma decisão inesquecível. Jogamos no Pacaembu com todos contra, e o Santos tinha tanta chance de ser campeão quanto o Botafogo. Não seria demérito algum se perdêssemos aquela final. Com exceção do Gottardo, naquele time todos buscavam se firmar e ter um nome no futebol. O time se fechou em função disso. Havia grandes times na época: o Palmeiras tinha a Parmalat, o Cruzeiro vinha com uma base forte… Correr por fora foi importante. Quando os outros perceberam, estávamos fortes. O Autuori foi fundamental para dar confiança ao time. O fato de ele não ter um nome forte no Brasil fez com que ele ficasse no mesmo barco que nós. Ele tem um linguajar simples, é supereducado e conhecedor de futebol. Foi uma grata surpresa. Quando anunciaram que ele havia sido contratado, pensei: ‘Quem é esse cara?’. Era um time de entrega, sem estrelismo. Depois vieram à tona atritos com o Túlio, porque ele tinha dificuldade de ajudar na marcação, e a gente cobrava dele taticamente. Mas ele estava numa fase iluminada. O Botafogo tinha um meio-campo muito forte e que se entregava na marcação. O Donizete ainda voltava para ajudar. Depois não joguei em nenhum time parecido com aquele. Foi o melhor em que já atuei, disparado.”

2º lugar: Botafogo 1 x 0 Flamengo, em 1989

Depoimento de Maurício (atualmente corretor de imóveis):

“O Espinosa soube lidar com a emoção do grupo. Ele viu que não tinha um grande destaque na equipe, mas percebeu que todos tinham um objetivo. Cada um se dedicava ao máximo, transformando cada jogo em uma decisão. Nisso éramos diferentes dos outros times. Avançamos passo a passo no campeonato, com humildade. Eu corria pelo Josimar, que corria pelo Luisinho, que corria pelo Mauro Galvão, que corria pelo Vitor… E tínhamos amizade fora do clube. Se você via o Maurício , via também quatro famílias de jogadores. Vi que seríamos campeões no empate por 3 a 3 com o Flamengo, quando eles abriram 3 a 1, com a torcida já gritando ‘é campeão’. Ali foi a virada, a concretização da nossa força. A torcida passou a acreditar no Botafogo, passou a ter autoconfiança, dizia: ‘Não vai morrer na praia’. Não dávamos tanta importância ao jejum de 21 anos. Só depois é que vimos a importância daquele título. Eu passei mal na semana daquela final e não iria jogar. Mas pediram para que eu entrasse em campo e disseram que iriam jogar por mim. Eu corria atrás do Leonardo, não estava bem. Queria sair, mas o Espinosa pediu para eu continuar na partida. Todos dizem que aquele gol foi o mais importante da história do Botafogo. Eram 21 anos de jejum, fazia 21 graus, um gol aos 12 minutos, o número 14 cruza para o número 7… é muita coisa. O Flamengo na época falou para caramba, diziam que não tínhamos estrutura nem bagagem. Mexeram com a gente. Lembro de cada um em detalhes, pois todos fazem parte dessa conquista. O Carlos Alberto Santos, maestro; o Luisinho, guerreiro; o Galvão, que não fazia uma falta; o Paulinho Criciúma, artilheiro reverenciado; o Gustavo, que jogava em mais de uma posição; o Josimar, fantástico, jogador de seleção; o Mazolinha, que chorava para entrar ou pelo menos ficar no banco (risos). Faço parte de um grupo que fez renascer o Botafogo. Foi uma nova era.”

3º lugar: Botafogo 4 x 4 Juventus, em 1996

Depoimento de Wilson Gottardo (atualmente agente de jogadores):

“Existe uma empatia entre espanhóis e brasileiros. Na Europa existe uma situação parecida ao que acontece na América do Sul. Acho que aqui os outros países têm maior simpatia com o Brasil. Lá, espanhóis e portugueses são mais queridos do que os italianos. O fato de usarmos a camisa do La Coruña nos deu um gostinho diferente na vitória. Era como se fôssemos um próprio clube espanhol. Existe uma rivalidade muito grande entre espanhóis e italianos. E eles (italianos) acham que os brasileiros são mortos de fome. Isso nos motivou. Para nós, não mudou nada o caso do uniforme, mas com certeza esse episódio faria qualquer estilista ficar desempregado, porque nada combinava no uniforme (risos). Essa camisa eu guardei, o que é diferente, porque nunca fui de guardar. O time deles era superentrosado. Até os reservas tinham condições de ser titulares em outras equipes. Do nosso lado, tínhamos jogadores sem ritmo. Eu estava voltando de lesão. O que encontramos foi um time superior na parte física, com eles iniciando uma temporada e nós  saindo de uma competição e viajando. Sempre ficamos atrás no placar, e depois de levarmos o gol do Amoruso (aos 12 minutos do segundo tempo da prorrogação) foi apenas mais uma superação. Foi um jogo muito atípico. O pênalti que o Souza converteu (o decisivo), chutando o chão, fez o goleiro deles ficar desacreditado. Ele deu um tapa no chão e foi como se dissesse: ‘Não tem jeito. Esse jogo vai a dez a dez, e eles vão levar’. Foi um gesto que marcou. As coisas deram certo para o Botafogo também. Houve muitas jogadas bonitas, gols bonitos. Nos pênaltis, falei: ‘Não confia em mim, minhas pernas endureceram’, porque vinha de uma lesão. Fiquei temeroso, mas foi um jogo muito emocionante. Tínhamos um time muito bom, com condição até de levar a Libertadores, se tivesse sido mantido.”

4º lugar: Botafogo 1 x 0 Vasco, em 1997

Depoimento de Aílton:

“Foi um bom jogo. Nosso time era muito bem armado. Taticamente, o Joel (Santana, técnico na época) é um dos melhores. O time sobressaiu muito por isso. O gol saiu de uma jogada que a gente não costumava fazer. O Marcelinho, que era volante, foi à linha de fundo, mandou na cabeça do Gonçalves, e ele fez. O nosso grupo era bom, pois contrataram atletas acostumados a vencer. Na final do campeonato, fechamos a série no segundo jogo, com o gol do Dimba (1 a 0 sobre o Vasco). Seria uma injustiça se não vencêssemos, porque ganhamos o primeiro e o segundo turno. Eu vi o golaço do Dimba até de uma posição melhor, porque tomei uma pancada por trás e saí machucado. Fiquei ali de fora, sofrendo. Foi um golaço mesmo, de quem sabe fazer, de quem tem habilidade. E ele tinha moral, tinha seu espaço no grupo. Os jogadores comentavam que o grupo estava parecido com o de 1995, e com isso eles sentiam firmeza de que iríamos conquistar o título”

5º lugar: São Paulo 2 x 3 Botafogo, em 1998

Depoimento de Jorge Luiz (atualmente auxiliar no Vasco):

“Aquele time de 1998 já vinha montado. Havia uma espinha dorsal, em que jogávamos eu, Wágner, Gonçalves, Pingo e Djair, e ainda foram contratados dois jogadores de qualidade, Túlio e Bebeto, que formavam a dupla de ataque. Era um time bem qualificado. Não havia favorito para a final do Rio-São Paulo, pois reunia duas grandes equipes, e qualquer uma tinha condições de ganhar. O Botafogo saiu na frente no Morumbi, o São Paulo virou, mas tivemos força para virar e levar a vantagem para o Maracanã. Tínhamos um time experiente, com jogadores rodados no futebol e acostumados a decisões, e que atuava em cima dos erros do adversário. Não havia um jogador rápido, então nosso forte era o toque de bola, cadenciado, para envolver o adversário. Havia três batedores de falta: eu, Sérgio Manoel e Bebeto. Nós nos entendíamos bem e sabíamos da capacidade de cada um. Decidíamos na hora quem iria bater, sem atritos, dependendo de quem estivesse se sentindo bem. Mas tínhamos uma brincadeira nos treinos, em que cada um batia um determinado número de faltas. Aquele que fizesse mais gols teria prioridade na partida, podendo escolher a primeira cobrança. Era uma brincadeira sadia, e os jogadores se respeitavam”

AS VERGONHAS

1º lugar: River Plate 4 x 2 Botafogo, em 2007

Depoimento de Luciano Almeida:

“Esperávamos fazer uma ótima competição. Pegamos um adversário difícil e de tradição, mas ficamos surpresos depois do primeiro jogo (vídeo acima). Vencemos e vimos que o River Plate já não era tão poderoso e que poderíamos jogar de igual para igual em qualquer lugar. Depois que fizemos o primeiro gol na Argentina, a confiança ficou maior ainda. Já imáginávamos muita coisa boa pela frente. Fizemos 2 a 1 e tivemos muitas chances para matar o jogo. Em 15 minutos vimos todo o trabalho e sacrifício irem por água abaixo. O Botafogo ficou muito marcado pela torcida como um time que chegava na hora H e não conseguia conquistas. Houve protestos na chegada ao Rio, o Cuca pediu demissão, e ainda tivemos mais uma semana com a torcida se manifestando e pedindo a saída de jogadores e dirigentes. Ficamos muito abatidos, pois podíamos ir longe. Era um time que mudava pouco a escalação, pois era raro perder um jogador por suspensão ou lesão. Até hoje o torcedor se lembra daquela base, com Max ou Júlio César no gol, Joílson na direita e eu na esquerda, com Juninho e Renato Silva na zaga; Leandro Guerreiro, Túlio, Lucio Flavio e Zé Roberto no meio; e Jorge Henrique e Dodô na frente. Cada um sabia o posicionamento do outro, e todos se entendiam muito bem, apesar de pouco tempo de trabalho, que havia se iniciado no início de 2007. Foi frustrante não ir longe. Não vejo apenas um motivo para sofrer aquela virada para o River. Não fomos competentes na defesa, no meio-campo e principalmente no ataque. Teve um lance em que o goleiro do River estava no meio-campo, e nós com um a mais. Deu branco na equipe. Acho que os adversários que eliminaram o Botafogo tiveram seus méritos, mas éramos superiores em boa parte das decisões. Posso citar o Carioca como exemplo: o Botafogo era melhor do que o Flamengo. O Montenegro (que chamou o time de covarde) ajudou bastante o Botafogo, mas em alguns momentos não ajudava. Era mais torcedor, agia mais com a razão do que com a emoção. Até entendo o seu desabafo naquele momento”

2º lugar: Botafogo 0 x 0 Juventude, em 1999

Depoimento de Zé Carlos (atualmente no Juventude):

“Foi uma frustração. Lembro que, quando estávamos chegando ao Maracanã, fiquei impressionado, porque nunca tinha visto tanta gente na minha vida. Foi um momento especial para mim, mas frustrante no fim. O Juventude mereceu, pois fez uma boa retranca no Rio. Conseguiu o resultado de forma justa no segundo jogo. No primeiro (em Caxias do Sul), foram dois gols mal anulados. Há coisas que só acontecem com o Botafogo… O gol não saiu e, mesmo que jogássemos 150 minutos, não iria sair. Nem dá para falarmos muita coisa. No Maracanã, quem diria que não iríamos vencer por um golzinho. Acho que erros de arbitragem ocorrem, mas o Botafogo deu mole no Maracanã. Desde o inicio estávamos atacando, pressionando. Talvez a ansiedade tenha nos atrapalhado. Hoje aqui no Juventude o pessoal até brinca, dizendo: “Você tinha que estar com a gente naquela época”, mas é tudo no bom humor.”

3º lugar: Fluminense 7 x 1 Botafogo, em 1994

Depoimento de (atualmente no Kalba Club-EAU):

“O mesmo problema aconteceu duas vezes comigo no Botafogo. A outra foi em 2001, quando também perdemos por 7 a 1, para o Vasco. Em 1994, na época dos jogos finais, havia insatisfação pelo atraso de salário, que era muito grande. Eram quatro ou cinco meses. O descontentamento era grande a ponto de não quererem jogar. Haveria uma reunião, num jantar antes do jogo, para que a diretoria se comprometesse a pagar alguns meses. Mas ninguém da diretoria apareceu. Depois do jantar, a grande maioria dos jogadores se reuniu e avisou que não iria para o jogo. Não vou citar nomes. Eles tinham razão até certo ponto, mas não tiveram consideração comigo. Eu teria que recorrer a juniores, como acabou acontecendo na última rodada. Momentos antes de irmos para o Maracanã, convenci os jogadores a irem para a partida. Com alguns minutos de jogo, já perdíamos por 4 a 0. Dirigi o Botafogo algumas vezes, muitas como interino. Mas nessas duas (1994 e 2001) eu era o treinador oficial, com contrato e tudo. A primeira marcou mais, e foi uma lição que eu não aprendi. Alguns jogadores de 1994 confessaram depois que não estavam a fim de jogar. De oito anos no Botafogo, fiquei cinco anos e meio com salários atrasados. Hoje sou um dos que estão na fila para receber na Justiça. Quando o Emil Pinheiro saiu, deixou o Botafogo falido. Não tinha nem bola para treinar. Depois dessa goleada, afastamos jogadores, alguns com um certo nome. E lancei Beto, André Silva, Moisés, Alex. É só comparar a escalação contra o Fluminense e o jogo depois, e você vai ver uma reformulação de cinco ou seis nomes. Surgiu uma conversa de que a goleada teria tido participação financeira do Fluminense, mas isso é mentira. Os jogadores não levaram dinheiro. O que aconteceu foi que os jogadores não receberam salário e se vingaram. Puxaram o freio de mão, reclamaram publicamente de substituções… E eu tinha que administrar isso. Aconteceu a mesmíssima coisa em 2001. Na minha época de jogador isso não aconteceria, porque não havia mercenários. Tínhamos outro caráter, outra formação. Depois juntaram os cacos e formaram um time que foi campeão brasileiro (de 1995). E sei que tenho participação nisso.”

4º lugar: Botafogo 0 x 1 São Paulo, em 2002

Depoimento de Carlos Alberto Torres:

“Ali já não tinha mais como se livrar do rebaixamento. Mesmo que o Botafogo ganhasse, ia ser muito complicado, pois dependia de outros resultados. Mas o time entrou disposto, correndo muito. O São Paulo tinha um bom time e ganhou apenas por 1 a 0. Se nosso time tivesse esmorecido, de repente eles teriam ganho até de um placar mais elevado. No primeiro tempo, mandamos no jogo. Mesmo quando levamos o gol, ninguém parou em campo. O time não se entregou em momento algum. O pensamento era de ‘vamos ser rebaixados, mas mostrando vontade’. Não me lembro dessa história de atrasar para entrar em campo e saber dos resultados. Pode até ser uma coisa condenável, mas, dentro das condições que vivia o time, dá para entender. Eu entrei já em uma situação complicada no comando da equipe. Primeiro, a diretoria me fez um apelo para pegar o time. Lembro que foi uma seqüência de três jogos. Ganhamos o primeiro, no Maracanã, contra o Corinthians. Criou-se uma expectativa muito grande. Contra o Guarani, em Campinas, perdemos, e foi aí que complicou. Se tivéssemos ganhado lá, acho que sairíamos do rebaixamento”

5º lugar: Botafogo 0 x 1 América, em 2002

Depoimento de Almir (atualmente no Ulsan Hyundai-COR):

“O Botafogo estava bem no campeonato, até que perdemos num jogo decisivo no Maracanã, frustrando a torcida. Esse time tinha a base do de 2001, que havia terminado bem o ano. Estávamos confiantes por isso, e tínhamos como objetivo ganhar o Carioca de 2002. Depois desse jogo, o Max foi até para o Botafogo, porque fechou o gol. Estava num dia muito feliz e foi o melhor em campo. Geralmente, quando se enfrenta um time considerado pequeno, o jogador não entra da mesma forma que num clássico. Não entramos com a concentração que deveríamos ter entrado, pela importância que tinha o jogo. Foi nesse ano que o Botafogo caiu para a Segunda Divisão no Brasileiro, e acho que esse jogo foi um divisor de águas. Depois o Botafogo começou a entrar em crise e a torcida passou a pressionar. Houve muita troca de treinador durante o ano. Depois que o Abel Braga saiu, o Botafogo se perdeu. Não é que os que entraram não fossem bons, mas fica difícil para o treinador chegar e montar um projeto em pouco tempo. Também acho que faltou união entre os jogadores. Eu havia subido em 2001, era novo, mas observava muito isso.”

compartilhar

28 Comentários para “Jogos na Memória: os orgulhos e as vergonhas dos botafoguenses”

Páginas: [2] 1 »

  1. 28
    CELSO:

    O primeiro lugar nos orgulhos é válido e eu respeito a decisão de quem votou, sou torcedor do santos… e foi uma falta de respeito nem comentar o roubo que foi esse jogo… SAFADEZA…. Parabens pelo clube BOTAFOGO E SUAS CONQUISTAS… AGORA, Esconder um fato como esses é um desrespeito……

    “…Nascer, Viver e no Santos Morrer…”

    o MELHOR time que o mundo ja viu jogar 62/63

  2. 27
    Rafael Monteiro:

    Não sei qual foi o critério de escolha para os jogos mas vou ter que discordar do seguinte:

    É obrigatória a presença de Botafogo 6 x 0 Flamengo, de 1972. Eu não era vivo, mas qualquer botafoguense apaixonado sabe que esse placar representa o tempo em que “jogar contra o Flamengo era garantia de feira no fim de semana”. Deveria ter entrado no lugar de Botafogo 3×2 São Paulo, no Rio-SP de 1998. Esta nem era a finalíssima, nem representou tanto assim;

    Nos jogos da vergonha, deveria ter sido colocado o troco flamenguista na década de 80, no lugar de Botafogo x América pelo Rio-SP;

    E por fim, tá certo que a final do carioca de 97 foi bem inusitada, com o episódio da dança da bundinha coletiva comandada pelo Gonçalves. Mas para nós botafoguenses, aquele título da Copa Conmebol em 1993 foi algo muito mais marcante, principalmente porque contávamos com um elenco bem fraco e ainda mais do jeito que foi, onde saímos perdendo de 1×0 pro Peñarol, viramos com dois golaços de falta (Sinval e Eliel), levamos o empate nos ultimos minutos e a partida foi pros penaltis para nos sagrarmos campeões. Esse jogo sim foi de se orgulhar!

    O resto eu acompanho o relator. Jogos bem marcantes da nossa rica história!

    Abraços

  3. 26
    Nikolas Maciel:

    É um chorão mesmo esse zé ruela do comentário 3. Incrivel é lembrar que os choroes só lembram do segundo jogo, mas também houve um gol mal anulado a favor do Botafogo no Maracanã. Agora quem olha para o próprio umbigo e chora é coisa de time pequeno, deve ser Santista ou então algum tricolete, mulambo ou vascaindo querendo justificar um titulo glorioso do meu Alvinegro!

  4. 25
    josé jorge:

    o terceiro com sertesa é torcedor de jogo de biloca de futebol não entende nada e para o quarto fique feliz pois os 6 x 0 do botafogo sobre o flamengo foi presente de aniversario para o flamengo com 3 golaços de jairzinho a nação botafoguesse é uma nação de gloria e respeito

  5. 24
    Ricardo:

    Nunca que o jogo contra o América será mais vergonhoso do que a final do carioca de 2007. Ganhando de 2×0, deixamos (Julio Cesar) a mulambada empatar.

  6. 23
    MARCIO:

    Esse é o botafogo que eu gosto, em termos de arbitragem os times paulistas entendem muito, e o sr flamengo que graças ao global Wright

    alcançou status enfim nos anos 80……..

  7. 22
    MARCOS TOLEDO:

    CAROS BOTAFOGUENSES, O AMIGO DO COMENTÁRIO 3 COM CERTEZA DEVE TORCER PARA O CLUBE CARIOCA QUE SE ENCONTRA NA SÉRIE B DO NACIONAL E QUE NÓS ENFIAMOS 4 NELES NO CARIOCA ESTE ANO(VASCO), OU PARA O OUTRO CLUBE CARIOCA QUE VÁRIAS VEZES FOI REBAIXADO, CHEGANDO ATÉ A DISPUTAR A TERCEIRA DIVISÃO E QUE ESTE ANO ESTARÁ RETORNANDO PARA A SÉRIE B PARA PAGAR SUA DÍVIDA POR CONTA DA VIRADA DE MESA QUE O SR. EURICO MIRANDA ARMOU NO ANO DE 2000, OU ENFIM PARA AQUELE OUTRO CLUBE QUE CONSEGUIU A PROEZA DE SER CAMPEÃO BRASILEIRO NO ANO DE 1987 SEM SEQUER ENTRAR EM CAMPO, O SPORT ESTÁ ESPERANDO ATÉ HOJE! E SER BI CAMPEÃO CARIOCA EM UM MESMO ANO, PARECE PIADA MAS ATORCIDA DELES É TÃO TAPADA QUE SE ORGULHA DE CONQUISTAS COMO ESSAS.SENHORES, É COM MUITO ORGULHO QUE TORÇO PARA O BOTAFOGO POIS NÃO SOMOS O BACALHAU O PÓ DE ARROZ OU O URUBU, SOMOS O GLORIOSO, DO GARRINCHA, DIDI E NILTON SANTOS!SAUDAÇÕES.

  8. 21
    Ruth:

    Vergonha é sair de brasília prá ver um jogo do Botafogo seja no maraca ou no engenhão com todas as dificuldades que o torcedor passa e ver um time mediocre, que não respeita torcedor, uma verdadeira vergonha como: bota x cerro, final de campeonato carioca emfim é lamentável!!!!!!!!!!!!!!!!!´As glórias do meu fogão eu não cheguei a ver, mais vi várias glórias como jogadas do Garrincha,jogadas maravilhosas de Jairzinho, Paulo cesar caju,Mauricio,Sérgio Manoel, Mendonça,Almir,,goleiro Wendel,Cao. Nilton Santos( o eterno) e o Túlio Maravilha(eterno) Pantera, e outros jogadores maravilhosos do Bota.

  9. 20
    CARLOS:

    PARA O BEM DE TODOS OS BOTAFOGUENSES, O FUTEBOL DO BOTAFOGO DEVERIA SER IMORTALIZADO. SIM,COMO ALGUNS CLUBES DE DIFERENTES MODALIDADES FAZEM COM AS CAMISAS DE GRANDES ATLETAS. ASSIM, O FUTEBOL DO CLUBE DEIXARIA DE SER PRATICADO, EVITANDO AS GRANDES DECEPCOES E FRACASOS SEGUIDOS DESDE DA DECADA DE 70 ATE OS DIAS ATUAIS. BASTA! BASTA! BASTA! NAO HA DINHEIRO, NAO HA COMPETENCIA E MUITO MENOS INTERESSE. ASSIM COMO UMA GRANDE PESSOA MORRE, SOMENTE SEUS ATOS HEROICOS SAO LEMBRADOS, ASSIM SERA O BOTAFOGO, ETERNAMENTE ENTRE OS MAIORES NA LEMBRANCA DOS GRAMADOS. DIGA SIM, CAMPANHA DA IMORTALIZACAO DO FUTEBOL DO BOTAFOGO!

  10. 19
    FLÁVIO:

    DISCORDO UM POUCO DESSA SELEÇÃO.
    OS PRIMEIROS LUGARES SÓ PODIAM MESMO SER OS TÍTULOS DE 95 E 89.
    AGORA OS OUTROS NÃO TEM NADA A VER.
    CADÊ O 6X0 NO FLAMENGO NO SHOW DE JAIRZINHO, COM DIREITO A GOL DE LETRA NO DIA DO ANIVERSÁRIO DO TIME DA GÁVEA? E A COMEMBOL? E A VOLTA À PRIMEIRA DIVISÃO?
    SINCERAMENTE O RIO SP DE 98 E TAÇA GB DE 97 NÃO ENTRARIAM NA MINHA LISTA.

    AGORA, QUANTO AS VERGONHAS EU CONCORDO. A PIOR MESMO FOI AQUELE JOGO CONTRA O RIVER.
    FALTO O 7X0 P/ O VASCO EM 2001 TB.

  11. 18
    Joel S. Duarte:

    Ano de 1989, o Fogão completava 21 anos de fila, O Flamengo tinha um timaço,com nada menos que 5 jogadores que mais tarde seriam titulares da Copa do Mundo de 1994 (Aldair, Jorgimho, Leonardo, Zinho e Bebeto), O Fogão tinha feito um primeiro turno brilhante e só não foi campeão porque o juiz Luiz Carlos Félix terminou o jogo contra o Flamengo, no momento em que Paulinho Criciuma tocava para as redes do saudoso goleiro Zé Carlos que estava caído e sem chances de praticar a defesa. No final do turno, faltara um ponto para ganhar a Taça Guanabara. O segundo turno, apesar de não ter sido tão bom, foi ganho com ajuda do Vasco de Cocada, Roberto e Paulo Roberto que levaram o time da colina a uma vitória contra o Flamengo pela última rodada da taça Rio, dando o título do segundo turno para o Fogão. A decisão era contra o bi-vice campeão de 87/88, o simpático Clube de Regatas Flamengo. O primeiro jogo um 0X0 de matar a torcida alvinegra do coração. O sugundo jogo da série final poderia dar o título ao Botafogo com um vitória, ou levar a decisão para um terceiro e derradeiro jogo final. O Fogão fechava o meio campo com 3 volantes, sendo Luizinho, o homem com responsabilidade de anular o maior ídolo da torcida rubro-negra, Zico. Lembro, como se fosse hoje, quando o galo partia para a cobrança de uma falta muito próximo da área alvinegra. Fechar o olho? olhar fixamente para secar o galo? como podia ajudar? Acreditem.. foi a torcida alvinegra que tirou aquela bola que podia colocar o Flamengo em vantagem aos 10 minutos do segundo tempo. No minuto seguinte, Zico foi substituído, uma vez que não conseguia jogar com a precisa marcação do cão de guarda Luizinho quando a bola andando e da galera alvinegra nas bolas paradas. Mais um minuto, 12 do segundo tempo, depois de contra-ataque pela esquerda, Mazolinha cruza e Maurício empurrar para as redes, após deslocar o lateral Leonardo. O Maracanã explode em preto e branco como nunca visto antes. As pessoas se abraçavam, uns chorando, outros rezando, uns gritando, outros em silêncio absoluto. Daí para frente, o nervosismo era geral, com raros momentos detranquilidade, como no genial lance de Maurício pela direita que com um drible de corpo deixava dois defensores rubro-negros estendidos no chão, antes de colocar a bola na cabeça de Paulinho Criciúma que mandou no travessão. Pensava comigo mesmo, um título depois de 21 anos tem que ser sofrido, jamais o jogo terminaria 2X0. Daí para frente mais nervosismo que só terminou quando Mauro Galvão deu um chutão para cima e pude ver o juizão apntando para o meio campo, terminando aqula tortura. A cidade estava em festa. A comemoração continuou do Maraca para o Mourisco onde um mar de gente comemorava aqule título ao som de 1, 2, 3, é vice outra vez. Jogadores como Gotardo, Mauro Galvão, Josimar, Paulinho Criciuma, Luizinho, Carlos Alberto, Maurício, Ricardo Cruz, Gustavo, Mazolinha, Marquinhos, Vítor, o contundido Jéferson, escreviam seus nomes na história do futebol carioca. O técnico Espinosa que prometera no início do campeonato que a estrela iria brilhar, mostrava o placar eletrônico, orgulhoso com a estrela acesa, iluminando o palco das decisões em um título invicto. O jogo mais sofrido de minha vida, com o final feliz como todas as histórias de conto de fadas!!!

  12. 17
    ederson:

    botafoguense de verdade tem orgulho do glorioso e de sua historia da tradiçao q tem essa camisa pois o passado da seleçao se mistura com a do botafogo, a vergonha nao esta no perder e sim no se entregrar!!! sou botafogo com ele onde ele estiver!!!

  13. 16
    Maurício De O. Almeida:

    Tenho 31 anos ,a 20 acompanho esse clube maravilhoso e glorioso ,tive muitas alegrias e descepções .
    Mas não gosto de ficar agarrado ao passado . O que passou , passou !
    Estou preoculpado é com a situação atual desse clube tão amado por nós torcedores e tão prejudicado por arbitragens ,STJD,mídia ,etc…
    Infelismente nossa diretoria não fizeram boas escolhas em seu primeiro ano de mandato . Tirando as contratações de Maicosuel, Juninho , Jefferson e talvez o esforçado Leo Silva , o resto da vontade de chorar de raiva !!!
    Não dá para aguentar o Reinaldo se arrastando em campo, um Frangueiro como o Castillo,um entregador de titulos como o Emerson,
    o inútil Fahel, o atabalhoado Alessandro, um burro chado Victor Simões que só tem perna esquerda e outros .
    Também não gosto desse técnico , não sabe escalar direito . Por que ele nã dar chances ao Teco, Wellington JR, Túlio Souza e Rodrigo Dantas ? Todos seriam titulares na minha opinião e tenho certeza que muitos botafoguenses tbm pessam como eu.
    Vai aqui uma sujestão de escalação para ele , quem sabe ele não ler esse comentário né?
    Jefferson , Juninho, Teco, Wellington ( Diego) Túlio Souza , L Guerreiro, Leo Silva, Rodrigo Dantas , Wellington JR, Reinaldo e Victor Simões (já que o André Lima não pode jogar ) , esse é meu time titular . Sei que vocês devem esta achando que eu esqueci de escalar o Lucio Flavio né? Mas estão enganados , e que não aguento mas tanta mediocridade da parte deste !
    Para o ano que vem são bem vindos , André Luis (ZAG), Dodô e Marcio Mossoró . Uma sujeitão para a lateral direita , seria o Ewerton Silva do Flamengo ! Sadações !!!!

  14. 15
    Lionel:

    O botafogo e uma vergonha sou botafoguense e sei q o botafogo e uma vergonha meu time nao tem nenhum titulo internacional reconhecido hoje so mercosul naum reconhecida!!! E sempre quase : quase campeao estadual, quase passa para a sulamericana ….

  15. 14
    niko:

    maravilha esse jogos…
    mas um que me marcou muito foi a semifinal do carioca de 2007, botafogo 4 x 4 vasco
    onde conquistamos a vaga nos penaltys, emocionante…
    sem contar no botafogox vasco desse ano, com um show a parte de maicossuel

  16. 13
    Douglas:

    A nossa história é bonita e muito sofrida. Bonita pelo passado e sofrida pelo presente.
    O Botafogo é tratado como uma verdadeira religião, capaz de levar seus torcedores à beira
    da loucura, ao extremo do sofrrimento e ao ponto mais alto da felicidade. Botafoguense não
    torce, ele se purifica.

    Mesmo que a vitória não venha, que o Maracanã se cale e que o manto sagrado desbote,
    ainda sim eu serei Botafogo.

  17. 12
    Ricardo Gonçalves Pellis:

    OS 5 JOGOS QUE EU VI QUE MAIS ME DÃO ALEGRIA SÃO:

    1º BOTAFOGO 1 X 1 SANTOS (BRASILEIRO 1995)
    2º BOTAFOGO 4 X 4 VASCO (TAÇA RIO 2007) 4X1 PENALTIS
    3º BOTAFOGO 3 X 1 MARÍLIA (SERIE B 2003)
    4º BOTAFOGO 3 X 0 FLAMENGO (TAÇA RIO 2008)
    5 BOTAFOGO 2 X 2 SÃO PAULO (RIO – SÃO PAULO 1998)

    QUE ME DÃO TRISTEZA

    1º BOTAFOGO 0 X 1 SÃO PAULO (BRASILEIRO 2002)
    2º BOTAFOGO 0 X 0 JUVENTUDE (COPA DO BRASIL 1999)
    3º BOTAFOGO 3 X 1 FIGUEIRENSE (COPA DO BRASIL 2007)
    4º BOTAFOGO 2 X 4 RIVER PLATE (SUL AMERICANA 2007)
    5º BOTAFOGO 2 X 2 FLAMENGO (CARIOCA 2007) 2 X 4 PENALTIS

  18. 11
    Gustavo Reis:

    JOGO MAIS VERGINHOSO FOI CONTA O FIGUEIRENSE NA COPA DO BRASIL!

  19. 10
    jeferson:

    Não acho interessante que essa reportagem seja exposta dessa forma e justamente no momento em que o botafogo foi eliminado da sulamericana quem vive enferrujado é lata velha e o que passou passou.Acho grosseiro pelo fato de abordarem as glórias e as frustrações qual foi o time que não teve uma unica frustração que pudesse equivaler a muitas.Não sejam Hipócritas temos como exemplo Classico a do “urubu” que levou três gols do gorducho cabãnas atacante do America do méxico na libertadores de 2008,da derrota pífia do “pó de arroz” para a LDU em pleno maracanâ,e o rebaixamento do “Bacalhau” no ano passado.Então pelos Deuses procurem elaborar reportagem que possa contribuir para a melhora do nosso futebol brasileiro principalmente o futebol do Rio de Janeiro porque se não em breve os times cariocas entraram em falência e se bobear (pode parecer piada) se ninguém ajudar o “FMI” vai acabar fornecendo emprestimos para melhorar…é o jeito…só vai se for assim.

  20. 9
    Eduardo:

    Tenho só 17 anos e lembro de poucos jogos. Mas 2 me marcaram mto
    O empate em 1 a 1 com o AtleticoPR na Arena evitando o rebaixamento em 2004,com um gol de Schewnk
    e o titulo da Taça Rio de 2007 com akele gol chorado do Renato Silva em cima do Fluminense

Páginas: [2] 1 »

 



Formulário de Busca


2000-2015 globo.com Todos os direitos reservados. Política de privacidade