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Zimbábue e o risco gol contra

seg, 24/05/10
por gustavo poli |
categoria Sem Categoria

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Em agosto de 2004, a Seleção Brasileira desembarcou no Haiti. Ronaldo, Ronaldinho & Cia, como Beatles da bola, foram cercados de gente por todos os lados. O país inteiro parou para ver a seleção pentacampeã do mundo – e o gol diplomático a favor do Brasil foi histórico. Futebol ali, e claramente, era um tema secundário. A Seleção ali representava o Brasil – era uma enviada especial e politica. O “jogo da paz” foi um sucesso – mas o esporte em si era um detalhe.

Pensando nisso – e não apenas em futebol –  vale a observação: a bela imagem do Haiti corre risco de se desidratar. Se a CBF topar mesmo jogar no Zimbábue, antes da Copa de 2010, estará cumprimentando uma das piores ditaduras do mundo. O Zimbábue é hoje uma nação-pária, governada por um déspota sanguinário e imoral, Robert Mugabe, que vai faturar politicamente o jogo, a visita e a oportunidade. Na comunidade internacional, Mugabe é quase um fora-da-lei. E seu país só não está pior porque Mugabe teve que engolir um opositor como primeiro-ministro em 2008.

A aposta aqui é que a CBF não vai aceitar expor sua marca ao lado daquele que muitos consideram o pior governante do mundo atual. Imaginemos a fotografia: Kaká e Dunga, sorridentes, ao lado de Mugabe. Soa difícil de digerir e acreditar. Por isso, a crença aqui é que, se jogar contra o Zimbábue, o Brasil vai fazê-lo na África do Sul – onde moram, aliás, três milhões de zimbabuanos que fugiram da perseguição e do desastre econômico promovido pelo ditador.

E não foi um desastre econômico qualquer.  Nada menos do que 83% da população do país ganha menos de R$ 4 por dia (cerca de R$ 120 por mês). A expectativa de vida é baixíssima (44 anos para homens, 43 para mulheres). Por volta de 45% da população é considerada desnutrida. Cerca de 3 mil pessoas morrem POR SEMANA em decorrência da AIDS no país. E isso porque, de um ano pra cá, as coisas melhoraram um pouco.

O Zimbábue, antiga Rodésia, se tornou independente da Grã-Bretanha em 1980 – e Mugabe foi seu primeiro presidente. Depois de eleições relativamente justas, ele voltou ao poder em 1988 e não largou mais. A partir dos anos 90, oficializou um governo de partido único, especialista em perseguir e espancar opositores, fez uma reforma agrária baseada em revanche racial e destruiu a economia do país.

dinheiro na mão é vendavalA hiper-inflação gerou cenas inacreditáveis. Notas valendo 30 bilhões de dólares locais foram impressas. Os habitantes tinham que carregar carrinhos de cédulas para comprar qualquer coisa. E, da noite para o dia, as notas passavam a não valer nada. O caos foi tão grande que, no ano passado, o Zimbábue teve que suspender sua própria moeda (e passar a usar o rand sul-africano e o dólar americano). Calcula-se que atualmente 94% da população não tenha emprego formal. A reforma agrária, que pretendia dar terras férteis dos fazendeiros brancos para os negros, foi uma tragédia. Aliados do partido de Mugabe simplesmente embolsaram fazendas, expulsando, espancando e assassinando fazendeiros… e a produtividade do “celeiro da África” (como era conhecido o país) despencou.

Em 2008,  Mugabe perdeu feio a eleição no primeiro turno, mas a fraude reduziu a margem de vitória do líder da oposição, Morgan Tsivangirai,  a ponto de provocar um segundo turno. Tsivangarai denunciou a manobra – e se recusou a disputar o segundo turno, dizendo que seus eleitores correriam risco de vida. Mugabe foi em frente – e nova fraude e intimidação a eleitores foram comprovadas por observadores internacionais. Mesmo vencendo, Mugabe foi forçado por pressão estrangeira a aceitar um pacto de divisão de poder com a oposição.

Desde então, Tsivangirai virou primeiro-ministro. Mas seu poder é reduzido – e os abusos de Mugabe continuam. Na semana passada, o primeiro-ministro publicou uma carta pública dizendo que o presidente arriscava uma crise constitucional ao apontar três juízes da suprema corte sem consultar ninguém.  Há dez anos, o Zimbabwe sofre com sanções econômicas da Comunidade Européia, dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha. Diversos membros do partido de Mugabe, o ZANU-PF, são proibidos de entrar na Europa e tiveram suas contas congeladas.

Ao mesmo tempo, Tsivangirai conseguiu algumas vitórias, especialmente econômicas (o pais começou a crescer de novo). Atualmente ele tenta convencer as potências estrangeiras a acabar com as sanções – mas todas hesitam por não confiar no ditador.  É esse país que a Seleção Brasileira pensa em  visitar antes da Copa? Será que uma visita encheria a bola de Tsivangirai… ou cairia no colo de Mugabe? Torçamos para que a CBF não entre nessa. Se o Haiti foi um golaço diplomático, o Zimbábue seria um tremendo gol contra. A camisa amarela não merece Mugabe.

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37 Comentários para “Zimbábue e o risco gol contra”

Páginas: [2] 1 »

  1. 37
    Martial:

    É, infelizmente você, ao que parece, acredita piamente no que a imprensa oligopolista diz.

    Quem te disse que em Cuba e no Zimbábue não há imprensa?

    De rir não são os argumentos dos que dizem não haver ditadura na Venezuela – estes são concretos e consubstanciados (veja os documentários “A revolução não será televisionada” e “Punte laguno”) -, mas sim as suas posições acerca desses assuntos, sempre galgadas arduamente na opinião pré-concebida da imprensa ocidental.

    À propósito, o recente filme “Ao sul da fronteira”, do premiadíssimo diretor estadunidense Oliver Stone, ilustra bem essa nossa discussão.

    Dê uma olhada, vale a pena!

    Há imprensa em Cuba e na Venezuela. Assim como no Zimbábue. Imprensa super livre, claro. Aliás, há eleições em Cuba? E no Zimbábue? Isso não deve ser importante, claro… Se o amigo está citando Oliver Stone como exemplo… realmente… fica difícil.

  2. 36
    Martial:

    Caro Poli, perseguir, torturar, espancar, estuprar e fazer o povo passar fome não são coisas ao meu ver perdoáveis. Quem pratica isso deve sim ser alçado à condição de pária.
    O que discuto, não de forma gratuita e ignorante como você radicalmente colocou, é se realmente essas acusasões possuem consubstância. Se tais eventos realmente existem ou se são fruto de propaganda política ocidental.
    A mesma “imprensa-esgoto” ocidental que acusa de forma contumaz Mugabe por tais crimes afirma que o Presidente Chávez da Venezuela é um ditador e que em seu país não há liberdade de impresa. Isso tornou-se senso comum, porém como a maioria dos sensos-comuns, essa afirmação é MENTIROSA. Em recente palestra, ministrada no Centro Cultural da Justiça Federal, no Rio de Janeiro, o Prof. de história Francisco Carlos Teixeira (Preof. da UFRJ e comentarista da GloboNews), talvez o brasileiro mais entendido do assunto afirmou, que nas dezenas vezes em que esteve na Venezuela sob a batuta do governo Chávez nunca atestou tais fatos. Em contrário senso, observou uma oposição midiática, radical, sensacionalista e perdida. Essa posição dele é coadunada pela maioria dos intelectuais sérios do Brasil e de toda a América Latina, porém pouco é difundida devido ao quadro oligopóligo em que nossa comunicação se encontra. Como Goebbels afirmava “uma mentira contada incessantemente torna-se verdade”. Assim funciona a “imprensa-esgoto” ocidental.
    O ponto que levanto é se realmente quem acusa Mugabe por isso ou aquilo possui credibilidade e moral para tal.
    Críticas à figura de Mugabe ou a quem quer que seja devem ser feitas, porém não de forma sofista ou via clichês (coisa perpetrada constantemente pela imprensa).

    “Imprensa-esgoto” deve ser ruim. Mas me parece pior o país que não tem imprensa.
    Assim é o Zimbábue. E assim é Cuba. Ditadura é ruim em qualquer lugar. E infelizmente é nessa direção que caminha a Venezuela (dizer que existe imprensa livre lá é capaz de matar de rir o maior ranzinza). É muito bacana discordar – mas isso só é possível em democracia. Ignorância é acreditar em ideias pré-concebidas – e teorias conspiratórias infantis. Aqui na África do Sul há 3 milhões de refugiados do zimbábue, gente que sofreu com estrupros, espancamentos, fome. Eles certamente fugiram de Mugabe porque ele é perseguido pela imprensa ocidental – mesmo sem poder ler nada que ela escreve – nem que qualquer voz discordante escreve. E o artigo que o amigo mandou apenas subscreve o texto – mais uma perseguição política de Mugabe.

  3. 35
    Martial:

    Texto extremamente maniqueísta, e não por acaso, completamente aliado ao senso comum difundido pela “mídia esgoto” ocidental.

    O Zimbábue e seu Presidente Robert Mugabe são exemplos de resistência ao colonialismo e imperialismo europeu.

    Jamais deixaram-se domar pelos espúrios interesses racistas e exploratórios europeus.

    O Zimbábue, desde a sua independência, ocorrida no ano de 1980, é vítima de um bloqueio perpetrado criminosamente pelos países ricos – algo parecido com o facínora bloqueio econômico orquestrado pelos EUA contra Cuba -, países esses que sempre exploraram suas férteis terras, relegando os zimbabuanos a condição de fome e miséria.

    O Zimbabue, após sua independência se tornou um bastião da luta pelo Pan – Africanismo, coisa que obviamente assusta os exploradores do hemisfério norte, tão acostumado com governos subservientes…

    Nessa esteira, o brilhante astro Bob Marley dedicou uma música à independência do Zimbábue, vista por ele como uma oportunidade de redenção do povo negro africano. A mesma se chama “Zimbabwe”, e pode ser achada facilmente no site Youtube.

    Acho que ao escrever um texto de claro cunho político como esse, você deveria ao menos consultar fontes mais abalizadas e credenciadas (como professores de história da África), e não meramente se deixar levar pelo que a “imprensa esgoto” ocidental lhe fornece.

    VIVA O ZIMBÁBUE ETERNO COMBATENTE DO APARTHEID!

    VIVA O PAN-AFRICANISMO!

    A ignorância e a vontade de discordar gratuitamente andam juntas. Mugabe era um herói nacional, que batalhava contra um governo branco de exceção. Quando assumiu o poder em 1980, o fez com um discurso conciliatório. Bob Marley morreu em 1981. Infelizmente, Mugabe não demorou a mostrar quem realmente era. Perseguir, torturar, espancar, estuprar e fazer o povo passar fome devem ser coisas perdoáveis para o amigo.
    Dizer que io Zimbábue é um bastião da luta pelo pan-africanismo é um direito democrático (algo que, por sinal, não existe lá). Mas repasso o conselho: antes de discordar gratuitamente, o amigo deveria consultar fontes mais abalizadas – como professores de história da África. Um só exemplo – as sanções internacionais começaram em 2002.

  4. 34
    Charles Fernando Vitor Pereira:

    Gustavo Poli, Bom dia!

    Prezado, sua reportagem sobre o Zimbábue e as calamidades sofridas pelo seu povo são de extrema relevância e mostra o desnível e o descaso que este tal de Mugabe, ditador barato e inútil vem agindo com o povo zimbábuano.

    Pensando de forma arcaica, como pensavam grandes pensadores e mestres tradicionais, o passo correto seria o isolamento deste povo, a condenação de suas práticas e o impedimento total de não se aliar a tal práticas e não consentir com tais práticas.

    Porém, está sendo apregoado uma nova fórmula mundial, que vem ganhando terreno e se tornando modelo oficial de como se dissemina a paz. E diria eu que o futebol tem contribuido muito para isto. O futebol está sendo o carro chefe deste novo conceito.

    Não podemos do alto de nosso pedestal, aclamar leis, decretar mandamentos, e aplicar sanções de todos os tipos de proibitividades, como há muito se faz os Estados Unidos da América. Que se acham no centro do mundo e impõe a rigidaa clausulas seu modelo de gestão baseado em contrato obrigatório, onde quem se recusar a assinar ou a cumprir, sofre retaliações e podem sofrer ataques severos de suas forças armadas.

    Quando queremos que alguém passe pro nosso lado, que alguém passe a pensar de forma democrática, que pratique o que de forma conceitual é o bem, temos que dar o primeiro passo, entender como esta “pessoa” ou “país” vive, qual sua condição neste sub – mundo. Temos que fazer de tolos pra ganhar os tolos, se fazer de sábio pra ganhar os sábios, temos que nos munir e gastar esta munição de acordo com o alvo.

    Como podemos ensinar um porco selvagem a comer milho, se o mesmo está acostumado a comer bolotas. Isto requer primeiramente aproximação, respeito, apesar de não merecer, estes povos merecem respeito, pois apartir daí vem a confiança. Atingindo este nível de confiança, podemos começar o diálogo e diálogo são duas pessoas se comunicando e não uma, aí já estaremos a mostrar a contradição da ditadura. Ganhando a amizade, podemos começar a sugerir, a contribuir, a ajudar e de forma educada, plantar a semente da democracia, do bem, e agir na raíz, na causa, deste sério problema que afeta não somente o Zimbábue, mas a maioria dos países africanos.

    Se a CBF disesse não à este amistozo, seria outro ato ditador. Não seria inteligente de sua parte, não seria aplausível tomar esta atitude. E o povo Zimbábue, não merece um espetáculo, não merece ter esta pseudo-felicidade nem por um momento. Acho que o caminho não é por aí, sinceramente.

    Se esta fórmula de repressão funcionasse, sinceramente, não teriamos as 1ª e 2ª Guerra Mundiais. E os americanos, ingleses, franceses e muitos povos baváros nos dariam a receita de como realmente a coisa funciona.

    Paz, Respeito, Confiança, Diálogo, Amizade, União, Cooperação, Reciprocidade Internacional.

    O mundo pede, clama, suspira por uma segunda chance.

    Pensemos nisto.

    Forte abraço;

    Charles Pereira

  5. 33
    Fabrízio:

    O problema não é jogar no Zimbábue e sim receber dinheiro deste país para jogar lá. Receber dinheiro que era para matar a fome de milhões de seres humanos é um absurdo. Se jogassem de graça por lá tudo bem. Seria de fato uma alegria para o povo sem tirar comida da boca das pessoas.

    Confesso estar surpreso de terem te deixado publicar este post. Achei que a Globo iria censurar, pois é uma crítica à CBF.

  6. 32
    Samory Sundjata:

    Ficou chateadinho Poli? Mas vocês do Globo só escrevem besteira?
    Não. Discordar é um direito democrático. Quer dizer… aqui. No Zimbábue não.

  7. 31
    Thiago Rodrigues:

    Ótimo post! Me lembrou do filme “O Último Rei da Escócia”.

    Pena que acabei de ler na Globo que a seleção confirmou o amistoso. E o pior, vai jogar lá no Zimbábue mesmo… lastimável!

  8. 30
    alex:

    Cara, leio todos os blogs todos os dias mas não gosto de comentar, mas não resisti a esse e decido quebrar a regra. Muitíssimo afiado, fico feliz em ver um post como esse… Uma pena os interesses escusos que levam a CBF a marcar um jogo como esse.

  9. 29
    Zuza:

    Ótimo Post Gustavo Poli. Muito interessante, e em respeito a sua opinião, concordo plenamente que o Brasil está fazendo um gol contra com essa partida. Um abraço e continua nos passando essas informações tão interessantes.

  10. 28
    Sergio Ricardo:

    Muito bom seu texto sobre o possível amistoso da seleção. Realmente até o nosso futebol está sendo contaminado por esta postura do governo Lula de apoiar ditadores. Mas não há muita surpresa, basta lembrar das palavras do Dunga no dia da convocação a respeito da ditadura no Brasil. Tanto o lula quanto o Dunga acham que estão com um Rei na barriga. Que venha o final da copa e as eleições.

  11. 27
    marcos:

    Lamentável mesmo. A seleção Brasileira se vendendo por dólares de um ditador sanguinário.

    Não gosto nem um pouco do rumo que o Brasil está tomando, e o futebol é um reflexo, um instrumento, que já foi usado em dias mais negros num passado recente.

  12. 26
    joão carlos:

    DITADURA POR DITADURA O BRASIL ESTARÁ EM CASA, POIS A DITADURA DA MISÉRIA, DOS ASSALTOS QUE SÃO COMETIDOS PELO \"GOVERNO!\" AOS EMPRESÁRIOS BRASILEIROS ATRAVÉS DA ROUBALHEIRA DOS IMPOSTOS, USADOS PARA FINANCIAR A CORRUPÇÃO EM TODAS AS ESFERAS DO PODER NÃO SÃO DIFERENTES DAS ABERRAÇÕES AFRICANAS, SÓ QUE AQUI OS LADRÕES SE PROTEGEM ATRÁS DO ESCUDO CAHAMADO VOTO,,COMPRADO DO POVO FAMINTO E MAL ACOSTUMADO..

  13. 25
    Thiago:

    Vocês não entenderam nada.
    Esse amistoso foi sistematicamente calculado pela CBF.
    Vai ser uma simulação para ver como a Seleção ai se comportar contra um adversário que jogará ameaçado de morte pelo seu ditador em caso de derrota. Justamente para pegar a Coreia do Norte na Copa.

    Mas brincadeira à parte, alguém realmente acredita agora que aquele amistoso no Haiti foi apenas por caridade???
    Ricardo Teixeira e a grande maioria desse pessoal que veste a amareliha só tira o traseiro dos seus confortáveis sofás por alguns milhões de dólares meu povo…

  14. 24
    felipe godinho:

    TEMOS UM PRESIDENTE QUE ADORA SER AMIGO DE DITADORES COMO O DO IRÃ,HUGO CHAVEZ,FIDEL,ETC….

    E AGORA VEREMOS A SELEÇÃO NA TERRA DO PIOR GOVERNANTE DO MUNDO,UM DITADOR SANGUINÁRIO?
    TEMO PELO FUTURO DO BRASIL COM CERTAS “AMIZADES”

  15. 23
    Misael:

    Posto maravilhoso, obesrvaçõe simportantes. Quem sabe há de se considerar a ideia de jogarmos contra o Zimbábue já que é mais uma pequena forma de proporcionar alegria a esses povos quem em geral sofrem tanto.
    Porém concordo que o jogo deveria ser na Á frica-do-Sul devidos a todos os fatores já apontados.

    Obs: ao LEANDRO que opinou nessa página… Vc pode considerar o Mugabe como ditador devido a fraudes eleitorais e tudo mais. Agora os outros presidentes que você citou como “ditadores”, se vc não sabe foram ELEITOS, e isso, apesar de parecer estranho chama-se Democracia

  16. 22
    Benício Emanoel Omena Monte:

    dizer que não tem fuzilamento em CUBA? KKKKKKKKKKKK! PIADA VC JÁ MOROU LÁ? vc assiste notícias sobre CUBA? toda ditadura é igual, não existe a boazinha não! é tudo podre! VIVA A DEMOCRACIA!

  17. 21
    Marcelo:

    Gustavo,

    só pelo tanto que já se está discutindo, acho que valeu a pena o Brasil ter marcado esse jogo com o Zimbábue. Se não fosse por isso, jamais estaríamos discutindo a ditadura do Mugabe, a hiperinflação, e os outros males que assolam esse país. Tanto é verdade, que nunca tinha lido qualquer notícia sobre isso em nossos jornais, blogs e portais de notícias.

    Abraço!

  18. 20
    joao:

    vc esta erto…alem desse cara ser um dos piores ditadores (a ponto dos zimbabuanos passarem fome e ele gastar milhoes com carne pra comer em sua fesa) o brasil deveria mostrar o sofrimento do povo zimbabuano (ou zimbabuense sei la) q muita gente nem conhece…pessoal a AFRICA DO SUL e vizinho do ZIMBABUE e o povo deveria saber q a Afrca nao e so pobreza…mas eles tem q saber tambem q existem pessoas cmo ele e q existe um pais no mundo chamado ZIMBABUE e o povo tem q saber da luta por terra,alimento e agua desse povo sofrido…
    PARABENS PELO POST

  19. 19
    Samory Sundjata:

    Bom para o Poli deveria ser o apartheid sul-africano. Aquele que tinha armas nucleares.

    É… esse foi um comentário abalizado, profundo e baseado em fatos.

  20. 18
    Wanderlei Cordeiro:

    Os dirigentes do Brasil realmente gostam de aparecer junto a esses párias da humanidade.

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