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O campeonato sem fim

ter, 05/01/10
por gustavo poli |
categoria Futebol

O grande debate surdo começou na segunda-feira, dia 7 de dezembro. Ele já vinha se ensaiando, em escaramuças virtuais, mas claro, ganhou força assim que o Flamengo conquistou seu (quinto, sexto?) título brasileiro com a vitória sobre o Grêmio. Os rubro-negros cariocas, muito enfaticamente, celebraram o hexa, e o empate em numero de conquistas com o São Paulo. Os tricolores paulistas, claro, ironizaram – dizendo que 1987 não foi título, porque a CBF não reconhece etc. E torcedores do Sport Club Recife, bom, esses… estrilaram.

É uma discussão que se arrasta há tanto tempo – mais de 20 anos – que dez entre dez cronistas esportivos bufam, sopram e grasnam diante dela. Você deve ter lido e ouvido um caminhão de gente dizendo que não agüentava mais falar sobre o tema, que ele era insuportável, mala, ugh, mais chato do que um videoteipe da Fernanda Young se auto-entrevistando e posando nua ao mesmo tempo. Este escriba aqui, arriscadamente, discorda. A discussão está longe de chata. Pelo contrario – ela é fascinante. E é assim porque é uma típica história brasileira – repleta de macunaímas e capitães nascimento.

Procura-se

O debate é surdo porque nenhum dos lados quer, no fundo, ouvir o outro. O torcedor quer apenas vestir seus argumentos como fatos, apresentá-los e usá-los em favor de seu time. O mais interessante, pois, é como a discussão sobre o hexa-penta (ou penta-hexa) expõe a matéria-prima de todo e qualquer torcedor: o viés. Em nenhum idioma, a idiossincrasia do fã de futebol foi tão bem captada como no Brasil: o verbo torcer nasceu de um hábito das finas torcedoras do início do século XX: elas, agoniadas com os dramas em campo, torciam lenços com as mãos. Mas, de lá pra cá, o verbo galgou parâmetros.

O que fazemos, na arquibancada, é torcer a realidade a nosso favor. As faltas a favor do nosso time são evidentes. As faltas contra nosso time nunca existem. O juiz rouba contra nós – sempre – a não ser quando marca aquele pênalti incrivelmente inexistente e bom, aí, é “errou, né, mas já cansaram de errar contra nós” ou “o juizão é nosso” (o que é claramente perdoável). O torcedor tem a isenção do leão diante da zebra.

Exemplo?  Procure MEIO torcedor do Flamengo que não considere o titulo de 1987 como brasileiro. É mais fácil encontrar um branco não-turista em Soweto (Informe Copa 2010: em Soweto, vivem três milhões de negros e 16 brancos).  Por outro lado, procure MEIO torcedor do Sport que diga que o time não é o único campeão daquele ano.  Procure mais – busque um torcedor de Vasco, Fluminense ou Botafogo que não torça o nariz implicante e diga “hexa sem ser penta… deve ser a primeira vez”.

E é por isso que a discussão é interessante – ela é um típico debate brasileiro sobre futebol. Foi Nelson Rodrigues, ecoando o filósofo alemão Johann Gotlieb Fichte, que sintetizou o viés do torcedor:

-       Se os fatos me desmentem… pior para os fatos.

Toda santa discussão de futebol – seja no bar, no gabinete ou no planalto – tem viés. Tem lado. Futebol é fascinante justamente por isso – por ser um jogo que acaba mas não termina. A vitória em campo é, sem dúvida, a mais importante. Mas depois dela se seguem inúmeras e infinitas partidas morais. Exemplo: que torcedor do Corinthians não se irrita quando questionam a legitimidade do titulo brasileiro de 2005 apresentando o football card do Márcio Rezende de Freitas?

Questionar a vitória alheia é parte da dialética do futebol. Como torcemos pelo bem (nosso time) contra o mal (qualquer adversário), precisamos entender a derrota, justificá-la, explicá-la, digeri-la. Precisamos de argumentos que permitam estender a discussão maior – e eterna – que é a narrativa infinda da rivalidade.

E é no cenário desta narrativa que 1987 se insere – e continua vivo – como o campeonato brasileiro por excelência. Como o campeonato que nunca vai terminar – continuará sempre aberto – como uma fresta a expor nossas virtudes e mazelas. Sim, virtudes e mazelas porque o que aconteceu em 1987, dois anos antes da eleição que Lula perdeu para Collor (é…) e da assunção de Ricardo Teixeira ao poder… tem muito a nos dizer sobre o futebol (e o país) de hoje.

É uma história de interesses políticos e comerciais – de enfrentamento entre capitanias hereditárias e um arremedo de capitalismo – que ilustra quão difícil é a construção de um futebol de mercado num país continental. Examinemos, pois, o que plantou essa história sem fim – percebendo como a genuflexão de fatos pode atender este ou aquele freguês. Voltemos pois até 1986, quando começa nossa história.


O monstro de 80 cabeças

Beleza física, eu acreditoEm 1986, a CBF conseguiu (des) organizar o mais bagunçado Campeonato da história (e isso, amigos, é um feito). Era um monstrengo com 80 clubes divididos em 8 grupos de 10 – quatro de elite, quatro menos votados. Classificavam-se para a segunda fase os sete primeiros dos quatro primeiros grupos (28 clubes) e mais os vencedores dos grupos inferiores (4).  E, para  temperar com ácido a feiúra deste rostinho, ali pelo fim da primeira fase uma decisão do STJD (ele já existia) deu ao Joinville pontos de um jogo contra o Sergipe (por causa de doping). O Vasco, eliminado por isso, entrou na justiça comum para cassar a decisão. E conseguiu.

Para evitar uma guerra de liminares, a CBF tentou desclassificar a Portuguesa, por conta de um problema com ingressos. Os clubes paulistas reagiram solidários e ameaçaram boicotar a segunda fase. A entidade máxima, pois, encontrou uma solução salomônico-genial: botar todo mundo pra dentro. A segunda fase passou a ter 33 times. O problema é que com número ímpar de equipes ficou difícil fazer a tabela. A saída foi convidar mais três equipes pela janela – Santa Cruz, Sobradinho e Náutico. Essa vergonhosa zona – no primeiro ano de uma polêmica nova gestão na CBF (a dupla Otávio Pinto Guimarães – Nabi Abi Chedid) – plantou a “revolução” do ano seguinte.  No fim, o São Paulo foi campeão, derrotando o Guarani de Ricardo Rocha em Campinas e nos pênaltis. O América-RJ ficou em terceiro (depois de eliminar o Corinthians) e o Atlético-MG em quarto.

O detalhe a observar:  antes do Campeonato, e por pressão dos clubes, o Conselho Nacional de Desportos (CND) e a CBF acertaram que 1986 seria “classificatório” para 1987. Dos 44 times dos módulos de “cima” do torneio – 24 seriam classificados para a primeira divisão do ano seguinte. A confusão jurídica implodiu essa combinação – e evitou que dois times grandes disputassem a segundona num suposto campeonato de 1987 (Botafogo e Coritiba).


1987, a secessão que não foi

A balbúrdia acima (muito) resumida exacerbou a já antiga revolta com a CBF. Desde 1971, o Campeonato Brasileiro era um cruzamento de bunda-lelê com INPI – todo ano trazia uma patente nova: uma fórmula diferente com um número de clubes variável e injunções políticas de toda sorte. Só uma coisa não mudava: os certames eram cada vez menos rentáveis. Os clubes de maior torcida eram obrigados a disputar inúmeras partidas deficitárias, enfrentando times sem expressão, fazendo viagens longas em meio a receitas mirabolantes (teve campeonato com desempate até por renda). O caos de 1986 foi uma espécie de gota d’água.

O primeiro ato foi da CBF que,  atolada em dívidas, simulou arrego dizendo que não tinha grana para organizar o campeonato de 1987. O simulacro de renúncia recebeu seu golpe no quengo quando o recém-fundado Clube dos 13 –  entidade que unia os 13 maiores clubes do país (os quatro grandes de Rio e São Paulo, os dois grandes de MG e RS e o Bahia) – avisou que organizaria sozinho a competição – e a chamaria de Copa União. A competição teria 16 times (os 13 do clube e os convidados Coritiba, Goiás e Santa Cruz), seria rentável e prometia uma nova era – com estádios cheios e tabela organizada. Pressionada pelas equipes alijadas (Guarani, Sport, América & outros), a CBF voltou atrás – desistiu de desistir – e disse que organizaria sim o campeonato. O Clube dos 13 – que já tinha tabela pronta, patrocínio acertado – não aceitou. A CBF, apoiada pela FIFA (que não pode nem ouvir falar em secessão), ameaçou desfiliar os revoltosos. Vale lembrar que não era uma ameaça vazia: a FIFA, por princípio, sempre ficou do lado das entidades. O impasse estava criado.

Para viabilizar o campeonato, um acordo foi costurado – e assinado pela CBF e pelo Clube dos 13 (signatário Eurico Miranda, então vice-presidente do Vasco e da entidade). Pelo acordo, a Copa União seria o módulo verde de um campeonato com quatro módulos (os outros seriam o amarelo, o azul e o branco). Os módulos verde e amarelo teriam um cruzamento para determinar os campeões brasileiros – algo que, tecnicamente, não fazia sentido nenhum. Aliás, outras coisas não faziam sentido técnico – Guarani e América-RJ, respectivamente vice e terceiro em 1986, jogariam o módulo amarelo.  O América, indignado, recusou o rebaixamento – e o módulo teve apenas 15 equipes.

O Clube dos 13 assinou o acordo – mas combinou internamente que roeria a corda. Pode-se questionar, hoje, a ética do São Paulo ao inserir “penta” ou “hexa único em camisas comemorativas tendo sido um dos signatários do “acordo a não cumpr”ir”. Como pode se questionar a ética de quem assina um papel já sabendo que vai rasgá-lo. Como pontuou certa vez o luminar Caixa D’Água, ou Eduardo Viana, secular presidente da Federação do Rio, representante egrégio do pensamento dirigente nacional:

- Acordo, eu descumpro. Papel, eu rasgo. Opinião pública pra mim deve ser tratada na base da metralhadora.

O acordo foi selado no dia 15 de setembro  - quando a bola da Copa União já havia rolado.  Palmeiras e Cruzeiro abriram a competição numa data que hoje talvez soe profética – 11 de setembro de 1987 – uma sexta-feira. Quatro meses depois, os finalistas do módulo verde cumpriram o que tinham combinado. O Flamengo venceu a Copa União no dia 13/12/87 – botou a faixa e resolveu ignorar solenemente, ao lado do vice Inter, a existência do cruzamento. O módulo amarelo, não por acaso, foi decidido no mesmo dia. O Guarani tinha vencido a primeira partida por 2 a 0 em Campinas e perdeu o jogo da volta, no Recife por 3 a 0. Como o regulamento não previa desempate por saldo de gols – a decisão foi para os penais… e nunca terminou. Ou terminou em 11 a 11 e com os dirigentes dos dois times dividindo o titulo do módulo num clima de casados e solteiros. O Guarani foi citado na súmula por abandono de campo – e abriu mão do título dez dias depois (para evitar uma punição).  Esse é um argumento, aliás, que os torcedores do Sport costumam usar – o titulo do módulo não valia muita coisa.

O que pouca gente recorda é que pouco mais de um mês depois – no dia 15 de janeiro de 1988 – houve uma reunião do Conselho Arbitral, formado pelos clubes, na qual foi proposta oficialmente a modificação do regulamento –para abolir o cruzamento. Nos termos da lei, o regulamento só poderia ser modificado se houvesse unanimidade. Dos 32 times inscritos (16 de cada módulo) – 29 compareceram e votaram. Sport, Guarani, Náutico, Fluminense e Vasco votaram contra a mudança – impedindo-a na teoria. O CND considerou porém que a maioria bastava e proclamou o Flamengo como campeão.

A ópera-bufa não tinha terminado. A CBF ignorou o CND  e marcou as partidas do cruzamento – que era um quadrangular onde todos se enfrentavam. No dia 24 de janeiro, o Sport entrou em campo para enfrentar o Internacional, que nem pensou em ir. Os 11 jogadores do Sport esperaram os 30 minutos regulamentares, assim como o trio de arbitragem – para configurar o W.O.  A partida seguinte, contra o Flamengo, estava marcada para o dia 27. O clube carioca, porém, conseguiu uma liminar na justiça estadual do Rio para não jogar. Os advogados do Sport descobriram que a juíza responsável estava de folga em Angra dos Reis – e estrada estava fechada por causa das chuvas (não é coisa nova). Alugaram um helicóptero e conseguiram convencer a magistrada a cassar a liminar.

Depois de duas vitórias por W.O. para cada– Sport e Guarani se classificaram para a decisão. No primeiro jogo, empate em 1 a 1 em Campinas. No segundo, no dia 7/2/88, vitória do Leão por 1 a 0. A taça das bolinhas foi entregue ao capitão do Sport – Estevam Soares, hoje técnico do Botafogo.  E a CBF indicou Sport e Guarani como representantes do Brasil na Libertadores de 1988.  A proclamação do CND abriu caminho para que o Sport acionasse judicialmente a União – pois o Conselho era um órgão do governo federal.  Três dias depois do resultado em campo, o Sport entrou com uma ação judicial declaratória na décima vara federal de Pernambuco pedindo o reconhecimento do título. Na ação, o Leão acionava a União, o Flamengo, o Inter e a própria CBF.

A sentença do caso – favorável ao Sport – só saiu em 1994. A União apelou e perdeu em segunda instância em 1997. Novo agravo de instrumento subiu para o Superior Tribunal de Justiça – que em 1999 manteve a sentença inicial. Em 2001, venceu o prazo para que o Flamengo (ou qualquer parte) recorresse (para isso seria necessário apresentar alguma evidência nova para reformar a sentença definitiva).  Em suma, é uma sentença transitada em julgado que não pode ser modificada. Muito por isso, a CBF não tomou a salomônica decisão de repartir o titulo de 1987. E, ironia ou não, hoje o Sport é membro do clube dos 13 – e não abre mão de jeito nenhum de ser considerado campeão único do campeonato sem fim.


A paz e os pênaltis

Em 1988, a paz foi selada… e a CBF organizou um campeonato com apenas 24 clubes. Sem o rompimento do clube dos 13 – dificilmente o número de participantes seria reduzido – e continuaríamos patinando em dráculas político-deficitários. Quem elegia o presidente da CBF até então era um colegiado formado apenas pelos presidentes das federações estaduais (isso mudou nos anos 90 com os clubes ganhando voto). E o interesse de cada federação era comer  um pedaço do bolo – mesmo que ele fosse de péssimo sabor.

Em 1988, por causa da revolta do ano anterior, essa camisa-de-força foi enfim rompida – e com algum bom senso. Guarani, Sport e America-RJ foram incluídos na primeira divisão – e o campeonato foi disputado com um número razoável de clubes – 24.  Mas, claro, não poderia faltar uma invenção. O certame começou com um regulamento – que ainda no início foi modificado para acrescentar uma “inovação”: vitória valeria três pontos (antes valia dois). Nas partidas que acabassem empatadas, cada clube levava um ponto, mas haveria um ponto extra a ser decidido nos pênaltis. Isso provocou a abertura gratuita do Maracanã numa tarde de quarta-feira para que Botafogo e Fluminense – que tinham empatado antes da mudança do regulamento – disputassem o pontinho extra nos penais (o Fluminense levou quando Mauro Galvão cobrou… e Ricardo Cruz defendeu).


Parêntesis para Frank Jr

Vem cá, minha nega
Vem cá, minha nega

É importante entender que o Frankenstein de 1987 não foi filho único. Doze anos depois, no fim de 1999, uma outra confusão judicial implodiu a primeira divisão nacional. A zorra começou com a perda de pontos do São Paulo (pela escalação supostamente consciente do “gato” Sandro Hiroshi) contra o Botafogo (num jogo que o time paulista venceu por 6 a 1). Com os pontos ganhos, o Botafogo se salvou do rebaixamento e quem caiu foi o Gama-DF. Tendo como campeão o atual governador do Distrito Federal, José Robertone Arruda (que ironicamente torce pelo Botafogo), o Gama entrou na justiça comum contra o rebaixamento e impediu a CBF de organizar o Brasileiro de 2000.

A CBF, ironicamente, disse para o Clube dos 13: toma que o filho é teu. Organiza esse bichano. Mas os Arrudones do Planalto tinham cancha – e conseguiram forçar um impasse: sem o Gama, não haveria campeonato. O Clube dos 13 teve que se curvar e dar vida ao maior e mais distinto campeonato continental deste país – a Copa João Havelange,. Uma coincidência que pouca gente recorda – o nome do troféu do Módulo Verde de 1987  também era… “João Havelange” (o do módulo amarelo era “Roberto Gomes Pedroza”).

Para acomodar o Gama, seria necessário… acomodar todo mundo –  mais ou menos como em 1986. Nasceu então… Frankenstein Junior, um gigantesco calhau com 116 times… e quatro módulos. Sim… o certame de 1987 não foi o único a ostentar nossos queridíssimos módulos. Em 2000, lá estavam eles, bonitinhos –  um módulo verde, um amarelo, um azul… e um branco. O módulo da elite, desta vez, mudou de cor – ficou azul – com 25 times (entre eles, os “importados” Fluminense e Bahia – que deveriam disputar a Série B – além de Botafogo e Gama).

O regulamento de Frank Jr. era criativo: dos 25 times do módulo azul, 12 se classificavam para as oitavas-de-final. O módulo amarelo fornecia três classificados. O último saía do cruzamento entre os módulos verde e branco. Por conta disso, o Brasil poderia começar o milênio tendo como campeão o Baré (de Roraima). Ou o Genus (de Rondônia). Ou o Tocantinópolis (de Tocantins). Ou o Malutron-PR , vencedor da decisão entre os módulos humildes – que jogou nas oitavas contra o Cruzeiro (e perdeu).

Vale reparar na coincidência: a confusão na justiça desportiva, o pulo para a justiça comum, o envolvimento político, o chamado à FIFA, o princípio do cruzamento. Até o nome do troféu…

Desta vez, porém, o confronto não era entre CBF e Clube dos 13 – e sim entre o Gama – com o establishment político de Brasília por trás – e o Clube dos 13.  Como o módulo azul serviria como prévia da primeira divisão de 2001 – e tudo estava claro – não havia motivo cabível para abortar o cruzamento.  Tanto que um time do módulo amarelo, o São Caetano, chegou à final, na qual foi derrotado pelo Vasco no Maracanã (já em 2001) depois de um polêmico jogo interrompido em São Januário.


Enfim, a questão

Após esse muito breve resumo, que pergunta o humilde, imparcial e isento leitor daria para a pergunta… “Quem é o verdadeiro campeão brasileiro de 1987?”

Alternativas abaixo:

a)    O Flamengo, claro, pois disputou o verdadeiro campeonato, enfrentou os melhores times e avisou desde sempre que não aceitaria o patético cruzamento contra times que enfrentaram babas como CSA, Rio Branco-ES, Bangu e Criciúma. Foi o representante da mudança no futebol brasileiro – que provocou o primeiro avanço em eras, começando a implodir o sistema feudal das federações e marcando uma posição histórica, reconhecida pela grande imprensa na época – que produziu inúmeras manchetes com o “tetra” rubro-negro.

b)   O Sport, claro, pois cumpriu o regulamento acordado com todos os clubes e entrou em campo como previsto para o cruzamento. E foi proclamado campeão pela organizadora do campeonato – disputou a Libertadores no ano seguinte e, mesmo ignorado pela mídia do eixo Rio-São Paulo, foi consagrado por sua torcida e pela imprensa pernambucana. Além disso, que culpa tem o Leão se o adversário preferiu marcar uma suposta posição a cumprir as regras que ele mesmo assinou?


Ao vencedor, as bolinhas

Obviamente, a escolha é livre – e interessa menos. Essa é uma discussão eterna. Mas meramente levantá-la provoca irritação em ambos os campos – o presidente do Sport ameaçou processar quem chamasse o Flamengo de hexa e foi soterrado por manchetes (com as esperadas exceções). Ao torcedor do Leão, vale anotar que, se o titulo fosse do Sport, as manchetes seriam bi – porque elas são leituras do que diz a torcida.

Na época,  a CBF tinha um troféu, a chamada taça das bolinhas – que deveria ser entregue ao primeiro clube que conquistasse cinco vezes o titulo nacional. Ele foi entregue pela última vez em 1992… justamente ao Flamengo, que conquistava ali o que seria seu quinto titulo se contarmos 1987  (a mudança do troféu no ano seguinte não sugere alguma coisa?).

Quando o São Paulo ganhou seu quinto titulo, em 2007, os dirigentes do tricolor paulista pediram a taça. Mas a CBF não deu. Ela continua guardada num cofre da Caixa Econômica Federal. Agora, a CBF pode até fazer duas réplicas – e entregar uma para o São Paulo e outra para o Flamengo (já que oficialmente a entidade considera que o rubro-negro carioca conquistou seu quinto título apenas em 2009).

A torcida aqui, porém, é para que a taça permaneça para sempre neste obscuro escaninho federal – como se fosse uma espécie de Hangar 51 futebolístico. A taça oculta é a arca perdida do futebol brasileiro – e só é assim porque ninguém a possui. Ela é o símbolo do campeonato sem fim – um monumento a tudo aquilo que vencemos aos poucos; e representa todo o atraso que exorcizamos até chegar ao (relativamente) racional presente. Hoje não temos mais campeonatos com centenas de clubes – as Séries A, B e C estão organizadas – e a D começa a existir.  Podemos questionar ou debater se os pontos corridos são sensacionais ou não – mas virada de mesa saiu do dicionário dirigente – o que, pode não parecer, mas é um imenso, imenso avanço.

O objetivo desse texto (ou testamento) não é discutir o mérito da questão de 1987– pois seria inócuo. É até se divertir um pouco com ele – vendo quantas idas e vindas se deram – e quantos enredos (e vilões) de desenho Disney o futebol brasileiro já pôs em circulação.  Só tocar no tema já provocará alguma revolta – especialmente naqueles que julgam masculinamente importante que as vitórias de seu time sejam inquestionáveis.

Em qualquer discussão futebolística citar gregos significará desagradar troianos. A partida maior nunca termina – e ser imparcial joga contra tudo o que o torcedor sente, vive e aprende desde a primeira vez em que entra num estádio.  A multidão liberta nosso roberto jefferson interior – na arquibancada,  são despertados nossos instintos mais primitivos. Queremos trucidar o time adversário – ganhar de muito, pisar – se possível humilhando.

Zé do iPod, herói terráqueo

Dado equilibrado

Imaginemos, pois, que a Terra tenha sido invadida por alienígenas pintosos com a cara do Keanu Reeves – e que o destino da humanidade depende de uma irrefutável prova de honestidade. Se os ETs não acreditarem que o homem vale a pena, Keanu dará uma olhada definitiva para o robô, e a terra será reduzida a pó.  Keanu informa que nosso futuro depende de dois torcedores escolhidos a dedo: Zé do Rádio e o Dado Dolabella.  A maldade: para provar o equilíbrio da raça humana, as camisas serão invertidas. Zé do Rádio terá que argumentar pelo Flamengo. Dado Dolabella defenderá o Sport. Olho no olho. A missão de ambos é chegar a um consenso.

É verdade que os limites da ficção foram estraçalhados quando consideramos a possibilidade do Dado Dolabella argumentar. E que a escolha dos debatedores prejudicou um pouco as chances do mundo. Mas, apressemos o fim da história, apertemos o botão de fast-forward até o momento em que a galera se levanta, Dado quebra o rádio na cabeça do Zé,  grita “Mengão Hexa”, “chupa Terra!” e vemos Keanu balançando a cabeça negativamente… (ou, numa versão mais popular, Keanu olha para o robô e diz “É vala”). Bom, toda essa variação sci-fi-boleira da  célebre fábula do sapo e do escorpião foi uma tentativa (triste) de  ilustrar o óbvio:  o torcedor não pensa – ele sente. E torce. E distorce.

***

Epílogo (ou ufa)

Qual vai ser, vagabundo?
Qual vai ser, vagabundo?

E, dito isso e tudo mais, entremos juntos, eu e você, leitor, na filosófica caverna que encerra esta digressão.  Lá, no escuro, sob uma luz tímida e sentado num banquinho, encontramos o Wagner Moura fantasiado de Hamlet. O que faz Wagner? Ele lê Shakespeare com voz de  Capitão Nascimento. Não há trilha sonora – apenas um eco, um eco do Mercador de Veneza. Qual vai ser, Capitão?

- O diabo, para atingir seus objetivos, cita até as escrituras.

Torcemos para o Super-Homem. Não para Lex Luthor. Não tem jeito.  Que os deuses do futebol abençoem o campeonato infinito.

ATUALIZAÇÃO em 14/04/2010 – Pouco após a conturbada eleição no Clube dos 13, a CBF decidiu  entregar a taça das bolinhas ao São Paulo. O parecer do Departamento Jurídico só reafirmou o discurso oficial da entidade nos últimos 23 anos – o título de 1987 era do Sport. Com isso,  a taça deixará o proverbial Hangar 51… e será entregue ao São Paulo.  Ao amigo leitor que só encontrou o texto nesta data, vale lembrar que ele foi publicado originalmente em janeiro/2010. E que, por conta dos comentários abaixo, escrevi uma espécie de seqüência que você pode encontrar aqui.

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2.526 Comentários para “O campeonato sem fim”

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  1. 2526
    adonal:

    Nao tenho duvida de quem é o verdadeiro campeão de 1987 é o Sport, cumpriu todos os acordos, em 2000 o Sao Caetano Vice-campeão na
    época veio do modulo debaixo, nem assim o Vasco da Gama se recusou de disputar o tiulo! Jogou e foi campeão legitimo, o flamengo se nao
    quis jogar foi com medo de perder ele deveria alem de perder o tiulo ser punido.

  2. 2525
    Marcos Paulo:

    SÉRIE B
    Guarani, Criciúma, Joinville, América-RJ,[83] Inter de Limeira, Portuguesa, Atlético-PR, Rio Branco-ES, Bangu, Treze, Ceará, CSA, Náutico, Atlético-GO, Sport e Vitória.

    Somente a imprensa pernambucana e os boiolas de toga colocam a realidade em dúvida. Deixem acreditar que ganharam algo em 1987, quero ver é ter poster de campeão ou vídeos de jogos contra Cruzeiro, Santos, Palmeiras, Corinthians, São Paulo, TIMES QUE NUNCA FORAM REBAIXADOS.
    Esses vídeos o Flamengo tem, e o IXPORT? Jogou contra as potências: Guarani, Criciúma, Joinville, América-RJ, Inter de Limeira, Portuguesa, Atlético-PR, Rio Branco-ES, Bangu, Treze, Ceará, CSA, Náutico, Atlético-GO, Sport e Vitória. ISSO SIM QUE É PIADA: Ganhe uma Série B e leve de brinde a Série A, basta fazer carinho no juíz

  3. 2524
    Zaitsev:

    A questão não é o Sport, ele tem mais é que espernear por esse campeonato Brasileiro de 1987, afinal cumpriu o regulamento.
    O que surpreende é a falta de ética do São Paulo, porque se o regulamento foi descumprido por parte de Flamengo e Internacional, é porque havia um acordo entre o Clube dos 13 de que não aceitariam o cruzamento, e ainda não se sabia quem seriam os finalistas. Flamengo e Internacional apenas honraram suas palavras. O São Paulo …………

  4. 2523
    Marcus:

    Vinícius, palmeirense do comentário 2520, acho que quem está decadente é o seu Palmeiras, que está “decaindo”. rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs
    Mengoooo

  5. 2522
    Outra versão:

    Acho interessante esse assunto. Vejamos outros especialistas:
    ´Flamengo campeão legítimo de 1987, porque o Brasil inteiro acompanhou a Copa União como o Campeonato Brasileiro. O Sport não pode ser descartado, porque é oficial. E eu preciso contar a história inteira. Por isso, embora eu julgue o Flamengo o campeão legítimo, quando me perguntam, digo: Flamengo e Sport são campeões de 1987. É o único jeito de alimentar a curiosidade e contar a história inteira, como todo mundo merece saber“ PVC, comentarista.

    ´´ Nada tenho contra o Sport, porque só se fosse um imbecil teria alguma coisa contra algum clube. Apenas não reconheço (e isso não deveria ter a menor importância para seus torcedores) uma façanha que não foi façanha e que vivi de perto, em 1987. Façanha foi a do Flamengo e é esta que reconheço.“ Juca Kfouri

  6. 2521
    Tiago:

    Colegas, não estou defendendo nem um nem outro, Mas estamos esquecendo de um detalhe importante, sabido de todos e que consta no texto: “Para viabilizar o campeonato, um acordo foi costurado – e assinado pela CBF e pelo Clube dos 13″.
    A assinatura de uma pessoa/entidade não tem valor? Pode-se discutir se o formato foi justo ou não, mas não a validade de um documento.
    De fato, o Sport cumpriu tudo que estava escrito e assinado, inclusive com a concordancia do flamengo.

  7. 2520
    Vinícius:

    Eu sempre achei essa discussão muito engraçada. Não sou nem flamenguista, nem torço para o Sport ou São Paulo (diga-se de passagem que este é o último que eu torceria por ser palmeirense). Lí todo o tratado acima e, sinceramente, acho que não resta dúvidas acerca do campeão brasileiro de 1987.
    1 – Vejamos: Quando TODOS os times concordaram em participar do campeonato, TODOS eles reconheceram que haveria o cruzamento entre os grupos para a definição do campeão. Uma vez acordado isso, não interessa qualquer tentativa de \’boicote\’ combinado entre dirigentes. Se você se comprometeu, tem que cumprir! Se não fosse assim, o contrato do Adriano com o Flamengo não seria rescindido nunca, era só ele dizer que assinou o contrato mas combinou com uma galera que iria faltar aos treinos.
    Este foi o primeiro ponto. Se o Flamengo assinou e depois resolveu não comparecer, já sabia que estava violando uma cláusula contratual e que, portanto, não poderia ganhar o título.
    2- Se o Flamengo for declarado campeão de 87, surgirá um precedente muito curioso no futebol brasileiro, e porque não dizer mundial! Imaginem o seguinte enrredo: Brasileirão de 2013… o Atlético-MG enfrenta na primeira rodada o Internacional e na segunda rodada o Santos e vence os dois jogos, na terceira rodada o jogo seria contra o Vitória (atual primeiro colocado da série B e que teria subido para a série A em 2013); uma vez que o Vitória tivesse enfrentado o Criciúma ( que também teria subido para a série A em 2013) na primeira rodada e o Figueirense na segunda e, também, tivesse vencido os dois jogos. No jogo da terceira rodada o Atlético simplesmente não vai ao jogo por se considerar vencedor, já que enfrentou times mais dignos!?!
    Agora imaginem isso a nível de Copa do Mundo! Na hora de jogar a final a Espanha não entra em campo pelo fato de o adversário ter enfrentado times mais \"fracos\" e alegaria que a Espanha foi a única que venceu a VERDADEIRA Copa do Mundo!. hauhauhahuahuhauhuha Imaginaram isso? Acho que não haveriam mais jogos de futebol, mas sim, declarações semanais de quais times se declarariam vencedores dos jogos!
    3- Conforme foi mencionado no texto, a CBF indicou o Sport para a Libertadores de 88, o que isso quer dizer caros colegas? Certamente que o Flamengo foi campeão e foi liberado de jogar a libertadores porque os times adversários não eram bons? É OBVIO que NÃO! O Sport jogou porque ganhou, pronto, fim de papo. Mas suponhamos que esses argumentos não sejam suficientes…
    4- O o STJ corroborou a decisão proferida em primeira instância e foi superado, em 2001, o prazo para a interposição de qualquer recurso, por este motívo, transitou em julgado a sentença declaratória que confirmou o Sport como Campeão de 87. Transitou em julgado, acabou. Pra que discutir o que já foi discutido e decidido? Mas Flamenguista também é brasileiro e não desiste nunca, então vamos para o ponto mais crucial de todo o meu ponto de vista…
    5- Em todo o e qualquer esporte, a melhor forma de se definir um campeão, não é por meio de decisões judiciais, mas sim, no jogo!
    Ao meu ver o papel da justiça desportiva não tem que ser decidir um campeão de algum esporte, mas sim, dirimir conflitos de menor relevância relacionados a ele. Se fosse assim o Anderson Silva teria ganho do Sonnen antes mesmo de lutar, ele só teria que mover uma ação penal por injúria e difamação contra o Sonnen. A justiça obviamente daria sentença favorável ao brasileiro e ele seria campeão por ser uma pessoa melhor. QUAL É???? CAMPEÃO se vê em CAMPO!!!! Então me diz, quem ganhou em campo?
    O Flamengo que sequer deu as caras ou o Sport que compareceu? Sem sombra de dúvidas o Sport!!!!
    Aproveito o espaço para destacar minha opinião sobre a atitude do Flamengo. Há tempos esse time está decadente. Não tem consistência nos jogos, não paga os jogadores e anda apelando excessivamente para questões judiciais. Até o R7 pulou fora! Por que motivo um ótimo jogador abandonaria um time da forma que fez o R7? É certo que foi por má conduta do time para com o jogador.
    Ante o relatado acho que não há sequer motivos para se falar em vitória do Flamento em 88… time que joga dois terços do campeonato e grita que é campeão nada mais é do que um oportunista apostando que a bagunça que foi aquele ano resultaria em alguma coisa!
    FUTEBOL SE DECIDE EM CAMPO E NÃO NO BANCO! Não jogou despois de assinar um contrato simplesmente por achar que ia tirar proveito da desordem que comandava… mas infelizmente não colou… PERDEU!
    E Gustavo, parabéns pelo texto. Foi um ótimo resumo da bagunça que foram aqueles anos. Minha única crítica é que achei um tanto quanto tendencioso,,, você é flamenguista? Acho que sua opinião deveria ficar num tópico separado daquele destinado aos fatos. Mas de forma alguma isso tira o mérito do excelente trabalho! Continue escrevendo novelas como essa! Acho que a próxima será do Santos e o Ganso, fica aí a sugestão!

  8. 2519
    Denilson:

    Nunca vi tão exclarecedora a respeito dessa história (ou estória) da malfadada Copa União. Na verdade, é só um veio do todo que é a administração do futebol brasileiro. Não preciso comentar mais nada. Só elogios para o Gustavo Poli. Parabéns.

  9. 2518
    Edson Alves de Souza:

    Eu não aguento mais tanta babaquice, se o Flamengo acha que realmente é o Campeão de 1987 por quer ele não enfrentou o pobre e pequeno time do Sport? Já que como dizem os amigos do site: O Flamengo era um grande time na época e poderia derrotar qualquer time que vinhe-se enfrenta-lo, eu me pergunto por quer o Super time do Flamengo não quiz jogar com o Time do Sport Clube do Recife? Por quer? Teria o Flamengo tido medo? Teria o Flamengo tido pena do pobre time do Sport? Acho que também não. O que eu acho é que o Sport é grande suficiente para enfrentar qualquer time do Brasil em qualquer época a prova disso foi quando o Sport venceu a Copa do Brasil que é o real Campeonato Brasileiro,Campeonato esse que reúne todos os grandes e pequenos times do Brasil. Campeonato esse que o Sport Clube do Recife ganhou com todos os mérito enfrentados grandes equipes como Palmeiras, Internacional, Vasco e Corinthians, e enfrentado o a CBF e as grandes emissoras de TV que davam o Corinthians como Campeão, porém o Sport foi lá e mostrou que está apto para enfrentar qualquer equipe prova disso será em 2012 pois o Papai da cidade voltou e eles que se cuidem pois na Ilha do Retiro quem manda é o Leão da Praça da Bandeira, pelo Sport tudo.

  10. 2517
    André:

    Como o proprio texto, acima diz:
    O detalhe a observar: antes do Campeonato, e por pressão dos clubes, o Conselho Nacional de Desportos (CND) e a CBF acertaram que 1986 seria “classificatório” para 1987. Dos 44 times dos módulos de “cima” do torneio – 24 seriam classificados para a primeira divisão do ano seguinte. A confusão jurídica implodiu essa combinação – e evitou que dois times grandes disputassem a segundona num suposto campeonato de 1987 (Botafogo e Coritiba).
    A bagunça sempre com time carioca aconteceu em 1986, depois no caso de 1999, novamente pra não rebaixar o BOTAFOGO, sem falar das virdas de mesas, FLUMINENSE e a propria COPA JOÃO HAVELANGE DE 2000, EM QUE TEVE O ACIDENTE NO JOGO ENTRE O VASCO E O SÃO CAETANO, OS GRANDES CLUBES SEMPRE ACIMA DO BEM OU DO MAL, PRESIDENTE DO FLAMENGO EM 1987, O DEPUTADO MARCIO BRAGA, PRESIDENTE DO VASCO O DEPUTADO EURICO MIRANDA, ESTA A PROVA DA BAGUNÇA,
    PARABÉNS AO SPORT, LEGITIMO CAMPEÃO DE 1987, POR CUMPRIR O REGULAMENTO QUE ESTAVA SUBORDINADO, O FLAMENGO SEM DÚVIDA SERIA CAMPEÃO FACIL, MAS, NÃO JOGOU, INFELIZMENTE, GRAÇA A SEU PRESIDENTE DA EPOCA….

  11. 2516
    laercio:

    e nosso ese titulo mas eles queren rouba

  12. 2515
    Brandão:

    Nada contra o sport. Está no seu “direito”! A postura do São Paulo é que é MUITO irritante. O Flamnego não jogou contra o timeco do Sport por um acordo com o clube dos 13, presidido pelo presidente do São Paulo. Nem a seleção do Sport de todos os tempos tinha alguma chance contra o Flamengo de 87. FALA SÉRIO!

  13. 2514
    Eduardo:

    Desafio ao Sport,

    Ganhem a série B de 2011 e comemorem como se fosse a série A. Mas não vale ganhar no par ou ímpar como
    no módulo de 87 não…

  14. 2513
    Marcelo Cardoso:

    Muito bonito seu comentário ARMANDO, Mas por Que o flamengo não quiz jogar, se era TÃO GRANDE, MAS COM MEDO DE PERDER NÃO JOGOU!!!!!!! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK ARMANDO VC DEVE SER FLAMENGUISTA …

  15. 2512
    Leo:

    SE O FLAMENGO (MENDIGO DE TITULOS) JÁ ERA PENTA ENTÃO PQ NAO PEGOU A TAÇA LOGO…

  16. 2511
    Armando:

    É vergonhoso um time de SEGUNDA DIVISÃO que só ganhou de times de SEGUNDA DIVISÃO querer se sagrar campeão nacional. Se eu fosse torcedor do Sport teria vergonha de lutar por esse título. É humilhante rastejar assim! Um time pequeno que se se aproveita de uma situação obter um título sem tê-lo conquistado. E mesmo q o Sport ganhe definitivamente o título na justiça, o fato não pode ser alterado: QUEM JOGOU BOLA E DEU SHOW COM UM TIME DE CRAQUES, E QUEM PROVOU DENTRO DO CAMPO QUE TINHA O MELHOR TIME DO BRASIL EM 87, FOI FLAMENGO! Ou estou enganado? O grande vencedor do campeonato de 87 eh o Sport??? O Sport venceu quem pra ser o vencedor?????? Time pequeno é triste! A que ponto pode chegar…
    O pior é q, ao Sport, só resta lutar por esse título na justiça mesmo, pq em campo, TODOS (inclusive os torcedores do Sport) sabem quais são as chances reais deles ganharem (mesmo q daqui há 100 anos) um título REAL da elite do brasileiro, ganho em campo contra os maiores do país!
    O Sport deveria se dar por satisfeito só com a repercussão desse caso, afinal, o Flamengo por sua imponência e grandeza, acabou dando visibilidade ao Sport que, pequeno como é, só se sabe hoje no Brasil (fora de Pernambuco) que ele existe por causa dessa confusão! Coitados!

  17. 2510
    Matheus:

    Em 87 o campeonato Brasileiro era dividido em módulos, não em primeira divisão ou segunda. O clube dos 13, que são os maiores clubes do brasil, INCLUINDO O FLAMENGO, assinaram um termo, concordando com uma final entre o campeão dos dois módulos. Porém o flamengo que foi campeão do modulo verde se negou a jogar contra o Sport (campeão do módulo amarelo). Se ele não concordava com a final entre os campeões dos dois módulos, porque ele jogou o campeonato? Era só ele não assinar o acordo e ficar foda do campeonato. Essa questão é óbvia, até na CBF o Flamengo é apenas Penta Campeão e não Hexa. E se o flamengo é tão grande e naquela época derrotou os \’\'grandes do futebol brasileiro\’\', porque não jogou o que seria apenas um \’\'joguinho\’\’ contra o Sport? O Flamengo só foi correr atras desse titulo depois que percebeu que o São Paulo ja tinha te ultrapassado no número de titulos, O mal do Flamenguista é querer ganhar tudo no grito. O SPORT é o verdadeiro campeão de 87!

  18. 2509
    Roger Abrantes Chaves Medeiros:

    A CBF em fevereiro, se não me engano, DIVIDIU essa merda de campeonato…
    Reconhecendo o Flamengo e Sport campeões de 87..

    O sport recorreu,,,
    VTC Sport…
    tú é campeão de qualquer jeito…

    existe um video publicado no Youtube que Eurico Mirando diz que Flamengo era campeão de 87.
    É só colocar :
    Eurico Miranda: “Flamengo é o legítimo campeão de 87″

    E outra coisa…

    O Flamengo pode até não ser campeão brasileiro (campeonato brasileiro) de 87..
    Mas eles tem 6 título brasileiros…

  19. 2508
    Olhar cronico:

    Quem defende o sport, basea-se em algo que foi escrito e portanto deve ser justo. Entretanto como considerar justo algo que não foi meritorio? Como um torcedor pode bater no peito e dizer eu sou o CAMPEÃO BRASILEIRO, SEM ENFRENTAR ADVERSÁRIOS DIGNOS? A justiça contratual muda, evolui, se transforma, mais a justiça moral, aquela que está dentro da consciencia de todos sabe que só pode ser considerado o VERDADEIRO CAMPEÃO BRASILEIRO (O MELHOR TIME DO BRASIL), AQUELE QUE VENCE OS OUTROS MELHORES SUBSEQUENTES!

    Como alguem pode ser nomeado campeao, sem haver uma disputa? Se não houve o jogos, entre os principais times contra o suposto campeão, no minimo o titulo não deveria ser homologado, deveria estar travado, até q houvesse os jogos.

    Outro fato é o seguinte, seriam supostos dois jogos no cruzamento dos dois times, e o FLA tinha a base da seleção brasileira que disputou a Copa do Mundo, e o Sport tinha quem? Existe algum ser q eu sã consciencia se arriscaria a dizer que o Fla não ganharia pelo menos um jogo que seja, depois de ter enfrentado jogos muito mais complicados? Não, definitivamente Não!

  20. 2507
    peter:

    QUEM É CAMPEÃO É O BRASIL… OS ATORES DO ESPETÁCULO DO FUTEBOL ARTE E CIRCO.

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